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JESUS E OS ESSÊNIOS

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Mensagem  Convidad Sáb 1 Jun 2013 - 13:29

O tema dos Essênios sempre me despertou curiosidade. Eu já tinha lido antes este livro excelente - Maria de Nazaré - vida da mãe de Jesus, romance pelo Espírito Miramez, psicografia do João Nunes Maia. Resolvi transcrever na integra as passagens de mensagens de ensinamentos de Jesus aos essênios. O Livro fala muito do tema essênios. José frequentava a comunidade dos essênios antes de conhecer Maria, que também já tinha visitado uma das comunidades assim que saiu da escola do templo de Jerusalém, sempre em companhia de seus pais. A conclusão é que Jesus não somente lecionou sua doutrina aos essênios, como eles foram de fundamental importância na divulgação da doutrina de Jesus. Eles foram na realidade os primeiros divulgadores - de forma restrita entre eles - preparando a multiplicação dos conhecimentos que surgiram mais tarde, após Jesus selecionar seu discípulos e abrir os conhecimentos ao público geral. Isto ajudou a propagar com velocidade e em várias distâncias e direções. Devem ter ajudado aos discípulos na semeadura inicial. Eram a internet da época! Seguem passagens importantes, aonde Jesus transmite ensinamentos aos essênios, na narrativa romanceada de Miramez!




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Mensagem  Convidad Sáb 1 Jun 2013 - 13:34

Pág. 417 Maria de Nazaré – Psicografia Espírito Miramez Médium João Nunes Maia, Editora Fonte Viva

Cap.19 Jesus dos Doze aos Vinte e Nove

3ª parte

No outro dia, tomaram o caminho para Nazaré e muitos acompanharam a família privilegiada, com entusiasmo e louvor. Daí a poucos dias, Jesus se encontrava no Monte Carmelo, na Faternidade dos Essênios, para ficar uns tempos meditando no grande ministério e ensinando ao grande colégio essênico muitos segredos da vida que eles desconheciam. Vieram muitos representantes de outros templos da Fraternidade, para conhecerem o Messias e ouvirem a sua palavra, como sendo a palavra de Deus.
Essa ida de Jesus para o seio dos essênios ocorreu de forma discreta, pois a multidão em Nazaré não o deixava sossegar, ainda mais quando tiveram notícias de outras curas por ele operadas. Procuraram e indagaram para onde ele tinha ido; no entanto, os essênios sabiam escondê-lo e, se fosse preciso, trocariam de lugar quantas vezes fossem necessárias. O Mestre tinha necessidade de ambiente tranquilo, onde pudesse operar nos seus grandes ideais. Não desejava ficar escondido, pois veio para os sofredores e oprimidos; porém, esperava a hora para sair à luta, com destemor e obediência a Deus!...
Passados alguns anos, Jesus desejou falar aos essênios das diversas escolas, conscientizando aqueles homens de Deus do seu trabalho, cientificando-os da vontade divina e da evolução das mudanças que deveriam ser operadas no mundo,por variados meios. Como ocorre hoje nos congressos, foram apresentados temas para serem desenvolvidos, onde se destacavam o bem e o futuro da humanidade. Ele já estivera em muitos templos da Fraternidade, falando com muitos homens. Havia enviado diversos companheiros, mesmo para países distantes, com a finalidade de preparar o terreno para os futuros discípulos, que deveriam ser chamados para o ministério do amor.
A Palestina estava agitada pela política e pela religião. O Messias antes anunciado desaparecera, sem que a notícia dos caçadores de milagres denunciasse o lugar onde ele estava. Os sacerdotes conservadores estavam empenhados em descobrir aquele a quem chamavam falso profeta, ou falso Messias. Desejavam desmascará-lo de público. As curas que foram feitas estavam esquecidas pelos detratores, que sempre esquecem o bem que se faz, mas procuram o mal que não existe, para difamar quem deseja ardentemente a paz para todas as criaturas do mundo...
Tal comportamento das criaturas se repete até os dias atuais e deverá repetir-se por muitos anos, até que o evangelho seja vivido por todas as criaturas da Terra e dos planos espirituais.
Marcaram a data para o grande conclave. Mais de quinhentas pessoas altamente conscientes da verdade e certas de que iriam ouvir, pela boca de Jesus, as palavras de Deus. Isso se deu ao lado do Mar Morto, no Monte Nebo, um pouco distante de Nazaré, o que era necessário, para ficarem mais distantes da massa humana – enfermos de todos os tipos, problemáticos de toda ordem, políticos de vários países e sacerdotes de variados lugares – que não desistia de procurá-lo. Roma estava sempre atenta aos acontecimentos na Judéia e ouvia falar do Messias receosa de que ele pudesse tomar o bastão de comando de possíveis reações contra o domínio da Águia usurpadora.
Os essênios do Monte Nebo irradiavam alegria, preparando lugares e cantando hinos de gratidão a Deus todos os dias. Dormiam em conjunto em grandes salões, onde dominava a simplicidade. A vida simples daqueles homens e a sua alimentação comedida não exigiam grandes esforços para os moradores do Monte Nebo. Tudo estava preparado para a grande festa, com o encontro daqueles homens de Deus, onde a fraternidade era a finalidade de todos os corações e, ainda mais, a presença do divino Amigo de todos, que deveria traçar deveres e mostrar roteiros a serem seguidos por eles, os pioneiros da felicidade humana.
Conforme combinado, para que a reunião fosse secreta, pequenos grupos chegavam diariamente. O Monte Nebo estava rodeado por falanges de Espíritos elevados que se movimentavam em trabalhos diversos.
Os Seareiros do Bem Já haviam feito a limpeza espiritual no ambiente, para que os contraditores desencarnados não atrapalhassem o movimento da fraternidade. Quem tivesse olhos para ver, pensaria que as estrelas tinham baixado à Terra, por ordem de Deus e em favor do Cristo!...
Maria, mãe de Jesus, acompanhou seu filho nessa grande missão de reunir suas primeiras ovelhas. José, mesmo adoentado, não deixou de participar do que podia, em favor da harmonia de todos.
A emoção era coletiva, a expectativa chegou às raias do êxtase, de maneira a se confundir encarnados com desencarnados, todos na mesma função de preparar a atmosfera da Terra, para fazer conhecida a mensagem de Deus, por intermédio de Jesus. O tempo urgia, o próprio ar estava carregado de esperança, de ânimo e alegria.
Os espíritos da natureza faziam um cerco em torno do Monte Nebo, por ordem de seus superiores, que ali se encontravam com todas as possibilidades de defesa, caso isso fosse preciso. Todos os reinos da criação estavam representados, com os seus comandos em verdadeira festa de alegria e de trabalho, para que a Terra recebesse a luz!...
O Monte Nebo era como que reflexo das esferas superiores. Cada criatura, como parte da Fraternidade Essência, queria servir melhor. Não se notavam idéias negativas no seio daquela comunidade de amor. O ambiente de respeito dominava todos os corações e a emotividade educada lhes mostrava um campo fértil de muito entendimento. Os salões se interligavam e estavam cheios de criaturas silenciosas, esperando a palavra do divino mestre.
Jesus já havia dominado toda a atenção para a sua fala. Espíritos de alta categoria espiritual estavam ali reunidos e vestidos do manto de carne, com a sagrada missão de levar a palavra do Senhor aonde fosse determinado. Todos os essênios se encontravam sentados em largas esteiras tecidas pela comunidade e que serviam, em casos como aquele, de camas. Jesus foi levado para uma saliência que fizeram na própria pedra, forrada por tecidos, de onde ele poderia ser visto por todos, como também alcançar as suas ovelhas em um relance de olhar. Havia muitos anotadores, na função de escribas, para que nada do que o nazareno falasse fosse perdido.
De porte esbelto, manso e de olhar firme, o moço demonstrava profunda serenidade em sua feição e grande esperança irradiava de seus olhos. A sua presença era uma segurança para quem o contemplasse! Jesus passou a discorrer, na harmonia da sua fala:


- Que o senhor nos abençoe e instrua! Desta hora em diante, a minha boca
passa a servir ao verbo de Deus, na plenitude da sua vontade santa e
sábia e que corresponde às necessidades gerais. Eis que estais reunidos
por compromissos, aliança poderosa, que sempre une os iguais de
sentimentos, para que seja beneficiada a humanidade toda.
O dever de cada um é não esquecer o que deve ouvir e falar e viver os
preceitos que irão escutar, nesta casa que nos é dada pela natureza. Uma
das condições mais sérias de que não deveis vos esquecer em momento
algum, junto ao povo, é a humildade. Ela apaga muitos impulsos
inferiores na criatura e abre o caminho da amizade, mesmo junto àqueles
que se declaram nossos inimigos. Não deveis interpretar humildade como
sendo apoio às extravagâncias das inferioridades humanas e, sim, aquela
que abranda a violência, mas que não deixa de falar quando é preciso. A
verdadeira humildade cativa todos os irmãos a caminho, predispondo-os a
compreenderam muitas outras coisas de utilidade para a vida e os coloca
como bons semeadores da verdade.
Sede humildes, mas perseverantes no bem. Não recueis no serviço da
fraternidade legítima! Quanto aos obstáculos, eles surgem para testar o discípulo que pediu o aprendizado.
Procurai, por todos os meios possíveis, entender os que
choram, levando aos seus corações a esperança e aos seus sentimentos em
flor, a certeza de que Deus existe e de ninguém se esquece, neste mundo
de duras provações. Os que choram estão às portas do arrependimento.
Ajudai-os a se fortificarem nos caminhos da Luz! Ao encontrardes os
mansos, não vos esqueçais de dotá-los de mais energia, sem que esta
passe para a feição de violência; a mansidão com Deus é benção para
muitas alegrias...
Certamente encontrareis os famintos de justiça por onde
andardes e os sedentos da verdade por onde quer que seja. Não passeis ao
largo, ao encontrardes esses companheiros sofredores, porque vós bem
sabeis como fazer diante deles e o que fazer para consolá-los!
Eu sou o pão que desceu do céu! Eu sou a verdade entre os
homens da Terra! O que falo é alimento para a vida eterna, porque só
falo o que ouvi por parte de meu Pai que está nos céus! Asseguro-vos que
aquele que me seguir não andará em trevas, mas terá um sol a guiá-lo,
maior e mais perfeito do que este que marca o dia e nos aquece! Quem
guarda as minhas palavras, guarda no coração um tesouro eterno e sente
alegria para viver, passando a entender o amor como necessidade maior.
Serão considerados bem-aventurados os misericordiosos e
alcançarão a misericórdia! Serão bem-aventurados os limpos de coração,
porque terão limpas as consciências, de modo a sentir os céus dentro de
si! Sede todos pacificadores aonde fordes chamados a servir! Vede o
exemplo do arroio, estendendo-se em várias glebas, no silêncio da noite
ou no turbilhão do dia, nas campinas tranqüilas ou nas agitadas
comunidades, sempre ajudando a todas as criaturas, na mais profunda
pacificação... E todos amam as águas!
Procurai ajudar os perseguidos por causa da justiça e
ajudai-os a entender melhor a justiça universal, a respeitar os direitos
de cada um que foi chamado à vinha do Senhor. Bem-aventurados series
todos vós, quando perseguidos por meu nome, quando injuriados na
disseminação da verdade e injustiçados quando salientarem o amor, aquele
que ilumina como as estrelas. Não vos esqueçais de que os profetas que
vieram antes de vós foram todos perseguidos, injuriados e, por vezes,
mortos, por causa da verdade que estavam anunciando aos homens e ao
mundo. Regozijai-vos ao sofrerdes pela verdade, que serão recompensados
pela paz no coração e na consciência.
Não procureis na Terra a recompensa, pois esta é falsa e
cheia de exigências! Vós sois a luz do mundo e a cada passo que derdes
comigo, acender-vos-á a luz da vida e entendereis a vida em Deus. Hoje
estamos reunidos com grandes alegrias a palpitar nos corações; amanhã o
inverno pode chegar para testemunhar os nossos corações. Ainda assim, o
nosso ânimo não deve ser abatido. Alimentai a fé, que ela ajudar-vos á a
seguir caminhos sem temor, porque a fé nos traz esperança. Se
permanecerdes em mim, estarei com todos e nunca sereis esquecidos!...
Quantos séculos estivestes no mundo a minha espera?... E
aqui estou convosco; não percais a oportunidade! Eu vim da parte de Deus
trazer aos sofredores o alívio, para que entendam como meu Pai os ama e
confia neles. E Ele os enviou a mim, para reunir no meu redil todas as
ovelhas perdidas e eu as abençôo com o que posso fazer para a salvação
de todas elas! Sou, na Terra, a fonte de água pura, para que todos vós
bebais a água da vida! Sou o pão para que possais saciar a fome! Sou a
justiça para que possais ser esperançosos nas promessas a que se referem
os profetas e as escrituras!... Vós sois o sal da Terra, para que haja
equilíbrio entre os homens...
Parece-vos que o filho do homem veio revogar as leis e fazer
desaparecer os profetas, destruir os templos e ocupar os lugares dos
sábios, fazendo guerra com os políticos? Não, isso não!... Eu vim dar
cumprimentos a todas as leis, para que os homens possam compreendê-las
na sua feição divina, bem como relembrar os profetas que foram enviados
antes de mim, limpando as veredas e estimulando a esperança na vida
eterna, procurando plantar a crença em um Deus verdadeiro e justo!
Não devo ser a destruição dos templos, que são casa de Deus,
como os sacerdotes são seus ministros; entretanto, se os templos são
casas de Deus, devem ser respeitados como tais, o que não ocorre. Os
sacerdotes são necessários para guiarem as ovelhas do Senhor, mas haverá
um modo pelo qual se proceda ante os sofredores e as almas transviadas!
Não é destruir; é mudar de procedimento perante a coletividade
sofredora, dando-lhe esperanças para uma vida melhor e mais justa!
Não quero os lugares dos sábios! Eles devem permanecer nos
lugares que ocupam; porém, devem apresentar uma conduta condizente com
aquilo que ensinam aos outros, para que não venham a cair nos erros que
enxergam nos outros!
A política no mundo é indispensável, no entanto, ela deve
tomar outras diretrizes. Os caminhos que usa são cheios de serpentes e
lobos vestidos de ovelhas, exigindo do povo o que não merece, oprimindo
os fracos e fazendo sofrer os desesperados. Essa política deve tomar
outros rumos, para que o mundo tenha paz e as criaturas tenham mais
confiança, norteando seus passos para a luz da verdade.
Certamente que não vim para a guerra, mas devo lutar contra
a ignorância, mesmo a dos sofredores. A vossa luta há de ser diferente,
usando as armas do bem na direção do amor! A violência deixa marcas por
onde passa, com terríveis conquistas transitórias. Estes são ideais
humanos, cheios de intrigas e ódio, estribados na inveja e no ciúme, por
lhes faltarem olhos para ver e ouvidos para ouvir a palavra de Deus.
Devo ensinar aos homens coisas excelentes e uma delas, a
maior de todas, é o amor. O legislador hebreu deixou, nas tábuas da lei,
mandamentos sublimes, como “amar a Deus”. É isso que quero que aconteça,
porque quem ama a Deus não pode se esquecer de amar ao próximo e é desse
próximo que falo, para que haja respeito, pelo menos, a seu favor. O que
vemos na atualidade é diferente! É tamanho o desejo de bens materiais,
que o saque em estado de guerra tornou-se lei e acontece mesmo na paz. E
vemos um povo civilizado torcer a lei divina, querendo desculpar-se como
sendo natural, na vida do vencedor. Ai deles, que deverão pagar ceitil
por ceitil, todas essas artimanhas de guerra, porque o Pai que está nos
céus a tudo vê a sabe onde estão sendo geradas essas contradições da
harmonia!
Quero que avanceis em todas as direções como milicianos de
Deus, mas tendo como clima a ordem como necessidade, o progresso. Por
que esquecer o próximo, se ele nos ajuda a viver e precisamos dele para
que possamos ser felizes? Se todos viemos de Deus e somos seus filhos,
nós somos o próximo e o próximo é nós próprios, mesmo que estejamos em
posições diferentes. Observai a prática da justiça em todos os vossos
atos, de instante a instante, porque sem ela não haverá paz, nem alegria
nos corações, mas nunca deveis fazer justiça com as próprias mãos, como
acontece na interpretação do “olho por olho e dente por dente!” A
justiça pertence a Deus. A justiça de que vos falo é aquela que não
esquece o amor e a caridade, que não julga conforme o interesse humano,
mas que examina com a intuição divina. O justo a ninguém prejudica e
tudo faz dentro da ordem e da sinceridade.
Quando derdes esmolas àqueles que baterem às vossas portas,
não o façais esperando recompensa e não é conveniente que alardeeis o
que fizerdes de bem aos outros. Procurai servir sem o estímulo da
vaidade e ajudar sem a pretensão de serdes glorificados pelos homens. O
que a mão direita faz, a esquerda não deve saber. Devemos sair das
exigências humanas temporais para a esperança das coisas divinas, mas
tudo o que fizerdes, deveis fazer por amor!
Jesus silenciou, como que esperando as sementes da verdade se aprofundarem mais no no terreno das consciências dos essênios. O silêncio, quando bem compreendido e respeitado, é um adubo grandioso, que gera a oportunidade elevada para o novo nascimento da criatura.
Os essênios já entendiam muita coisa, quanto àquelas verdades, pois vieram ao mundo com o compromisso de limpar as veredas para a grande mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo. No entanto, precisavam de mais alguns toques do mesmo Senhor, a fim de darem novas provas de fidelidade à grande causa do bem na Terra!
O moço nazareno, na sua posição de Mestre daqueles que ali se encontravam, parecia um sol. As três colunas que sempre o seguiam, não não se afastavam da sua atmosfera e, mais adiante, se encontravam muitos cooperadores invisíveis trabalhando em difíceis operações que os homens desconhecem, para manter a tranquilidade em todos e facilitar o aprendizado aos ouvintes da verdade.
Na região do Monte Nebo, a natureza se mostrava encantadora. Luzes riscavam o espaço em todas as direções, em apoio e defesa da grande festa que se realizava nos dois planos da vida. Os ouvintes não se sentiam cansados; pelo contrário, estavam ansiosos para ouvir de novo a voz límpida e convincente do Pastor Inconfundível. O ar que circulava no ambiente estava carregado de fluidos renovadores, elevando as vibrações mesmo do campo fisiológico, dando à mente de cada ser ali postado, uma amplidão de raciocínio e uma intuição cada vez mais elevada dos assuntos referidos.
O Mestre olhava para cada um com profunda serenidade. De seus olhos partiam chamas de vida, mescladas com o mais elevado respeito e carinho aos companheiros, senão discípulos, na eternidade. Confiava naqueles homens simples! Ele estava como uma ave de luz e a assembléia, como filhos ligados a ele pelos fios de ternura do seu generoso coração.
Jesus tomou, nova posição onde se encontrava e retomou o fio da palavra, com grande empenho em servir. E o seu verbo estalou no ar como sons da mais alta harmonia que se podia ouvir:



- Irmãos diletos!... Sei do entusiasmo que se acende em vossos
corações, para levar a palavra de Deus aos quatro cantos do mundo e
espero que isto aconteça e que o Pai vos abençoe! Entretanto, devo vos
falar que todo entusiasmo costuma esfriar nos momentos de dificuldade,
mas, para essas horas, nesses árduos momentos, o grande recurso usado
pelos filhos de Deus deve ser a força da oração.
Os filhos não devem esquecer-se do Pai que os criou e sabe
como proteger. Se alguns de vós que me ouvis já sabem orar, que
continuem e aquele que ainda não despertou para tal, não se esqueça de
aprender, porque uma conversa íntima com o Pai nos dá ânimo e nos ajuda
a compreender o motivo de tamanhas contradições no mundo, mesmo com
aqueles que somente se dedicam ao bem da humanidade. A prece é a nossa
espada de luta e a fé, nossa defesa natural contra todos os inimigos do
bem comum.
Não deveis desconsiderar a importância do jejum; os nossos
instintos precisam ser disciplinados, para que o alimento não se torne
um vício que nos leve à preguiça. Deveis comer apenas para viver.
Quem estiver disposto às conquistas, que as faça, porém, que fique
sabendo que o conquistador premiado por Deus é aquele que vence a si
mesmo. Os tesouros incomparáveis que podeis ajuntar são aqueles que o
tempo não pode destruir: são todas as virtudes que estão acompanhadas
pelo amor.
Todos os que desejarem ser meus discípulos devem negar seus
instintos inferiores, corrigir os impulsos inadequados aos seus
mandatos, porque todos estão em um ministério de Deus. Quem abandonar a
cruz no caminho responderá pelas conseqüências, na extensão grandiosa da
vida.
Quando alguém vos ferir, não deveis fazer o mesmo; quando vos
injuriarem, não revides o gesto impensado; quando apedrejados, não
apedrejei; quando julgados, não façais o mesmo, para não vos tornardes
iguais aos ofensores. A vida do homem de Deus deve ser um puro exemplo
de amor a todas as criaturas. Deveis passar pela porta estreita, porque
larga é a porta da perdição. Não estais aqui para copiardes as atitudes
dos homens, mas, sim, para aprenderdes com Deus os caminhos certos,
através de seu Filho!
Se quereis saber o que é a verdade, eu sou a verdade! Se quereis saber o
que é a vida, eu sou a vida! Se quereis saber qual é o caminho, eu sou o
caminho de todos os que aqui se encontram!... Quem me seguir não errará
as diretrizes para Deus! Comungai comigo nesta luz que o meu e vosso Pai
nos oferta, que queremos todos glorificados nele e Ele em nós.
Estamos reunidos na Terra por afeição, momento esse que deveis
aproveitar, por ser de difícil repetição; é a voz do comando que vos
fala, para que possais tomar atitudes certas, mesmo no meio de muita
coisa que se faz equivocadamente. O vosso dever mais urgente é edificar
a vossa casa na rocha, para que se cumpra o vosso dever ante os vossos
compromissos para com Deus e a consciência. Arregimentai a força que
existe dentro de vós, que por vezes desconheceis que é filha da fé! A fé
levanta caídos, dá vista aos cegos e faz acender a luz no coração de
quem não tem esperanças; é o suprimento da própria vida. Quem não a
conhece já se encontra morto, mesmo vivendo!
A fé humana pode nascer de muitas atitudes humanas, mas a de que falamos
e a fé divina, que deve acordar todos os sentimentos espirituais e fazer
florir o amor, em todas as suas nuances. Eu confio em meu Pai que me
enviou e todos vós deveis confiar nele e em mim, porque nunca vos
abandonarei e estarei convosco até a consumação dos séculos. Não
duvideis das minhas palavras, porque elas são espírito e vida e já as
conheceis bem, pelo que falo e faço e que já podeis comprovar. Todos
querem alcançar o reino dos céus, como prêmio de todos os esforços
reunidos e aprovados na Terra; no entanto, eu vos digo que esse reino
surgirá dentro dos vossos corações. Somente encontramos por fora aquilo
que construímos por dentro. A luz para vos guiar, deve partir de dentro
dos vossos corações e, se quereis servir a Deus com eficiência, não
deveis vos esquecer do perdão a todas as ofensas. E se não quiserdes
perdoar, também não vos sintais ofendidos. Aquele que guarda a mágoa das
ofensas carrega no peito o lixo da incompreensão e o sumo fétido da
distorção das leis.
Que nenhum dos que me ouvem se deixe ser dominado pela preguiça, porque
meu Pai trabalha constantemente e eu não deixo de operar em todos os
momentos. Não viestes para cruzar os braços, quando existem tamanhos
deveres que os chamam a servir! O trabalho é o primeiro movimento da
Luz, que abre os nossos olhos para a grandeza de Deus. Tudo o que se
manifesta na grandeza divina e humana se alicerça no labor, primeiro
degrau da escada da Terra para o céu. Vejamos as árvores: elas trabalham
constantemente, visível e invisivelmente, alimentando-nos por meios que
desconhecemos. E o que dá para ver é maravilhoso, pois nos alimentamos
pelos seus esforços, por bondade de Deus nosso Pai.
Com tudo que já falei, deveis guardar no coração o respeito pelas
autoridades constituídas. Elas não se encontram nesses postos por acaso.
Ao invés de ajuizardes mal delas no que deve ser feito, ajudai-as, para
que compreendam melhor os seus deveres na arte de administrar. Mas não
deveis aplaudir os deslizes públicos. Ensinai o certo sem apontar o
errado, porque quem erra deve constatar por si próprio o que está fazendo.
Podeis falar a verdade a qualquer um, sem ofender nem agredir, pois quem
agride, bebe na mesma vasilha o líquido deteriorado. O ministro de Deus
deve ensinar mais pelo exemplo; a palavra é um complemento do que se
comunica, garantindo, assim, a força do bem, na luz da eternidade.



4ª parte

Lá fora, as estrelas começavam a desaparecer, pois o astro-rei despontava no horizonte em todo o seu fulgor, espraiando luzes em todas as direções, no silêncio da criação, sem nada exigir dos que dele se beneficiavam.
A assembléia era uma festa e não havia cansaço entre os essênios. Alguém quebrou o silêncio, por não suportar tamanha felicidade e passou a conversar com o companheiro ao lado, sobre o que ouvira e entendera. E quase todos fizeram o mesmo. Jesus estava com os olhos cerrados em profunda meditação, agradecendo a Deus pela reunião da família. Abriu, em seguida, os olhos iluminados pela força do amor, sentindo todos como sendo seus filhos gerados na eternidade e disse com brandura:

-Depois que o céu veio a nós, não podemos esquecer a gratidão!...
E voltando-se para o dirigente da comunidade local, com um gesto fraternal, recomendou-lhe que conduzisse a oração, ao que a respeitável personalidade atendeu comovido:

-Senhor de todos os mundos!...
Agradecemos-vos, Divina luz, por nos reunirmos neste salão natureza, que nos acolhe como filhos da vossa graça! Cabe-nos entender e praticar as vossas leis, que vigoram em nós e em tudo. Queremos dizer-vos da nossa alegria, que bem sabeis antes mesmo que a manisfestássemos, mas a gratidão nos estimula a falar convosco pelos recursos da palavra e pelo proceder que nos ensinastes!
Quantos, Senhor, nos acompanham nesta promessa à humanidade! Peço-vos, meu Pai, que deis a todos o necessário, para que a luz não fique escondida, como aconteceu em todas as épocas da humanidade. Que a vossa mensagem seja qual o sol do meio-dia, iluminando a todos e despertando em cada um aquele amor que nos ensinastes, no correr dos séculos e milênios incontáveis.
Como a felicidade nos visita pela vossa bondade e misericórdia! E a nossa alegria é ver e sentir que essa felicidade pode cobrir todos os seres e morar nos corações de todos os homens. Senhor, daqui sairemos para dar o testemunho da verdade em todos os lugares a que possamos chegar, em vosso nome. Somos as ovelhas deste rebanho e que nenhum de nós se perca, por ser esta a vossa vontade. Abançoai-nos a todos, nas claridades do vosso amor e fazei com que sejamos uno, na força da vida, para a vivência da verdade.
Sabemos o que nos aguarda no futuro, em se falando das lides no meio dos homens, mas estamos preparados para os testemunhos de toda ordem! Abençoai-nos em nossos propósitos e despedi-nos na vossa paz.


O respeitado condutor da comunidade silenciou-se emocionado e Jesus, soberano e esplendente na sua grandeza, concluiu com suavidade e ternura:

-Vós ficareis sem o pastor por um pouco e sentireis necessidade de um guia, porém, pela misericórdia do Pai, nascerei em vossos corações como o Cristo interno e ficarei convosco para sempre!

Os três sóis divinos entrelaçaram-se em torno de Jesus, que se iluminava como o próprio sol. Maria chorava de emoção, ao ver o cumprimento das profecias e daquilo que ouvira por parte do anjo do Senhor. A Fraternidade estava consciente do seu dever ante o Messias prometido, que se encontrava na Terra.
Todos saíram acompanhando o Mestre no seu porte de beleza incomparável. As saídas no Monte Nebo eram muitas e a visão da luz solar espraiada na Terra parecia a resposta de Deus àquelas criaturas que se preparavam para a semeadura da verdade, como operários do Senhor.
Na época, a dificuldade de higiene era grande e os remédios escassos, o que favorecia a proliferação de doenças de pele. O asseio não era, como hoje, de primeira necessidade para a criatura. As cidades, tanto quanto os grandes centros civilizados, tinham focos perigosos de contaminação, pela sujeira das ruas e monturos de coisas imprestáveis. Entre os essênios também havia muita enfermidades e irritações cutâneas e mesmo feridas incuráveis. Os terapeutas trabalhavam para curar todas as doenças, porém, nem sempre venciam a batalha. Dentre aqueles que ali se reuniam com Jesus, havia dezenas deles em condições lamentáveis, entretanto, tão empenhados estavam em trabalhar na divulgação da Boa Nova do Reino que, por vezes, nem se lembravam das enfermidades. Todavia, ao terminar a reunião com o divino Mestre, um deles, ao verificar que sua enfermidade havia desaparecido, deu o alarme. A alegria foi geral, envolvendo a todos. Quando a notícia correu, aqueles homens de Deus cantaram um hino de gratidão ao Deus Todo Poderoso, pelos recursos que enviou aos seus filhos, na presença do jovem de Nazaré.
Foi uma sustentação de grande fé e entusiasmo para o trabalho idealizado e a que foi dado início pelo Cristo de Deus. Ficaram estáticos, olhando para Jesus, que disse com firmeza:

-Confiai no que digo, porque o Senhor fala por mim! A seara é grande! Ide trabalhar, que estarei convosco, curando enfermos, levantando caídos e matando a sede dos sedentos, consolando os tristes e levando paz aos desesperados. Aquele que crer em Deus e em mim, será ajudado!...

Fim do capítulo.

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JESUS E OS ESSÊNIOS Empty Re: JESUS E OS ESSÊNIOS

Mensagem  Convidad Sáb 1 Jun 2013 - 13:38

Pág. 433 Maria de Nazaré – Psicografia Espírito Miramez Médium João Nunes Maia, Editora Fonte Viva

Cap.20 A Nova Dinâmica da Vida

1ª parte

Jesus, com a idade de treze anos, mudou de vida, passando de uma vivência amena e tranquila do seu lar, para as comunidades dos essênios, nos montes onde eram instalados os templos. Consciente da sua engenhosa missão, encontrava forças que correspondiam às suas necessidades. No Monte Nebo, deu provas de que era verdadeiramente o Cristo, pelo que falava e pelo que fez. O seu timbre de voz, embora suave, era incisivo e quando ressoava no ambiente, penetrava nos corações como por encanto, sem que pessoa alguma se esquecesse das suas idéias e dos seus gestos harmoniosos.
Depois do conclave no Monte Nebo, os essênios que dele participaram sentiam com mais nitidez a grandeza espiritual de Jesus, ainda mais depois das curas operadas. O respeito e a admiração à sua personalidade se expressavam em todas as comunidades essênicas.
O Messias prometido e confirmado pelas escrituras e pelos seus discípulos não tinha pouso certo. Passava de templo a templo, ensinando a deixando que a sua presença irradiasse o amor ainda desconhecido dos homens, aquele que restabelece todos os desequilíbrios físicos e espirituais. Os mestres da Fraternidade se reuniam de vez em quando, buscando meios mais lógicos e caminhos mais adequados, para que o moço de Nazaré pudesse desempenhar sua função divina, no divino preparo da humanidade.
Além da sua missão de trazer a mensagem de renovação das criaturas, a sua palavra era força poderosa, de sorte a escrever na mente e nas coisas, a sua própria vida, reclamando dos homens, pelos processos do amor, a vivência das leis, para que fosse instalada a paz na Terra, pelos processos do trabalho e a harmonia, pelos meios da justiça.
Maria sentia a necessidade da presença de seu filho, de ouvi-lo, de vê-lo. A sua presença era uma alegria que o próprio ar manifestava; a sua palavra, uma canção que a harmonia dignificava e propunha uma esperança excelente. Contudo, compreendeu perfeitamente a sua necessidade de ficar junto a comunidade dos Essênios, certificando-se de que o amor, quando fica entre quatro paredes, vira egoísmo e deixa de servir à coletividade - objetivo único da sua expressão na Terra.
Muitas mães idealizam seus filhos como missionários e, por vezes pedem isso a Deus antes de concebê-los. Porém, se esquecem de que as grandes almas não podem ser retidas nos próprios ninhos onde nasceram: são patrimônio da coletividade, são filhos de Deus na verdadeira expressão da palavra; são luzes que têm de brilhar para todos. Maria de Nazaré compreendeu isso cedo e seu coração acostumou-se com a distância do seu filho amado, por saber que ele era o verdadeiro Messias escolhido por Deus.

2ª parte

Diante da notícia de que Jesus tinha desaparecido e do silêncio de seus familiares, pessoas de mente fértil e que adoravam mistérios, inventaram que o Messias voltara em um carro de fogo, qual Eliseu, para o céu. Não suportando o ambiente da Terra, fugira da luta antes de começar! E vários foram os boatos sobre o desaparecimento de Jesus... Nunca faltaram, em época alguma os falsos profetas. Na verdade, o Messias desaparecera de junto ao povo para ressurgir no momento que Deus achasse conveniente. Ele somente fazia a vontade do Pai e o seu trabalho valioso estava sendo no meio dos essênios e de várias outras comunidades que se aliaram a eles, preparando homens para uma luta intensa junto à humanidade, falando do reino de Deus e vivendo os preceitos enunciados.
Eram centenas de homens que deveriam ser preparados para anunciar o Evangelho e que ficariam provisoriamente resumidos em doze, que seriam os apóstolos, criaturas selecionadas no seio do povo, decididas, conhecedoras da verdade e que, se preciso fosse – como aconteceu – dariam a própria vida para exemplificar o amor e dizer, no silêncio, que se ninguém morre e que Deus é realidade criadora, nos mínimos gestos da vida.
A primeira regra da Comunidade dos Essênios era o trabalho, aquele que refletisse o amor e que nunca fosse conduzido pela usura, mantendo-se acima das conveniências temporais. O maior empenho dos homens da Fraternidade era o de se instruírem, vendo na disciplina uma porta para a educação. Nada faltava para eles, porque davam muito em favor dos semelhantes, sem exigir reconhecimento. Compreendiam que toda riqueza provém de Deus e que nada falta àquele que confia no Senhor. A necessidade de um era a de todos e uma comunidade sempre socorria a outra, quando necessário. Esse ato era um dever, senão uma alegria, sem o menor alarde.
Os essênios se comprometeram com Jesus a voltar ao planeta quantas vezes fossem necessárias, vestindo novos corpos, a colherem e replantarem novas sementes nos corações dos homens, até que o evangelho fosse conhecido e vivenciado em todo o mundo, até que fosse conhecido o fenômeno de um só rebanho e um só Pastor.
Maria, ao invés de estar triste, possuía uma alma que cantava de contentamento, por saber que seu filho movimentava grande massa de homens de bem, para a felicidade de todos. Ela também movimentava, sob a influência benfazeja dos Seareiros do Bem, muitas famílias para o trabalho da caridade e mesmo o serviço diário era feito com alegria. As economias que sobravam, eram divididas com os doentes e velhos, como se fosse um dever, como se fosse para os próprios filhos. As cidades vizinhas que essas pessoas podiam visitar, eram influenciadas para esse mesmo gesto de caridade e desprendimento.
Os essênios guardavam segredo absoluto, ainda mais quanto à falange de Espíritos nobres que acompanhava o Senhor e o guardava, para que o silêncio fosse a meta principal, até que o Senhor Deus o chamasse, para anunciar a sua missão.
O conclave do Monte Nebo teve resultado esplêndido! Traçaram caminhos e movimentaram diretrizes para nova dinâmica da propagação da Boa Nova do Reino de Deus. Todos exultavam pelo trabalho, alimentando a certeza de que Deus estaria à frente, limpando as veredas e inspirando os homens em todos os seus ideais, para o bem da comunidade terrena. O silêncio ainda era a tônica da movimentação, por não ter chegado a hora de anunciar a palavra de Deus, à luz do dia.
Nova reunião daqueles homens sérios e cumpridores de seus deveres foi marcada e desta vez, seria no Monte Moab. Ali deveriam se reunir outros que não estiveram no Monte Nebo e que estavam ansiosos para ouvir as verdades, pela palavra do Messias. O entusiasmo era tamanho, que se sentia nova vida no seio da Fraternidade dos Essênios. O ocorrido naquela reunião permitiria que se começasse a compreender o engenhoso trabalho de Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os homens pudessem conhecer a verdade e sentir a esperança de um céu onde reina a justiça e amor.
O santuário do Monte Moab, famoso sob vários aspectos, era de grande dimensões e ali se reuniam os anciãos mais respeitáveis da comunidade. Os essênios chegavam de todas as direções, para a tão propalada reunião com Jesus, naquele lugar sagrado, onde já haviam falado outros profetas famosos.
Ali reinava, verdadeiramente, a fraternidade, confirmando que a casa de Deus era a casa de todos. Já naquela época, os essênios haviam resolvido o problema que hoje nenhuma nação do mundo conseguiu resolver: a abundância de tudo e a eliminação de todos os problemas, porque no seio da Fraternidade se desconhecia o orgulho, o egoísmo e a vaidade. Dedicavam-se ao trabalho e ao amor e, vivendo do trabalho e do amor, desconheciam as guerras. Guerrear por quê e para quê? Não eram homens de posses, não possuíam bens terrenos! Nos tempos belicosos, sempre colocaram a serviço seu esquadrão de soldados de Deus, para tratar dos feridos, sem especular a sua posição e a sua procedência. Em muitos casos, davam assistência ao vencido e ao vencedor, com a mesma disposição, como se estivessem atuando no seu próprio lar: era a força do amor, que nada exige.
Nunca lhes faltou condição para viverem e a consciência estava tranquila. O que escraviza as criaturas humanas é o apego aos bens terrenos e a falta de entendimento sobre as leis de Deus, que Jesus veio revelar, tornando conhecida a verdade, para a libertação dos homens. Naquela época, já trabalhavam num sistema social comunitário, para onde hoje caminha a humanidade e onde o evangelho será a fonte de todas as inspirações, no comando do progresso com Deus. Nada falta no mundo, pois quem o fez é a Suprema Inteligência, é a infinita capacidade de amar. Quando a humanidade acompanhar Jesus, não perderá o objetivo da felicidade.
No monte Moab, encontrava-se uma multidão de encarnados e desencarnados em grande preparação para uma nova assembléia, para que pudessem sair a semear no terreno dos corações humanos. Era uma plano milenar dos engenheiros siderais, sob o comando do Cristo de Deus. À noite, viam-se dezenas de candeias acesas a iluminarem grandes salões, onde milhares de essênios já se postavam assentados em mantas de peles de carneiro e de camelos, ou em esteiras trançadas, de fibras vegetais, para se encontrarem com o divino Mestre de todos os mestres.
No momento aprazado, Jesus de Nazaré se postou em uma saliência estruturada na rocha por mãos a que não faltou o amor na execução da obra, nem a harmonia nas linhas, evidenciando que a beleza agrada a todas as criaturas.


- Filhos de Deus! Que o Senhor vos abençoe. Não deveis pensar que estais
cruzando, neste momento, a porta para a felicidade, do modo que a
entendem os homens. Aqui, na verdade, a porta se abre e compete a vós
dar o primeiro passo para adentrar a arena do mundo, no combate às feras
que desejam interromper o vosso caminhar!
A felicidade é conquista que sempre se irradia da consciência, depois do
dever cumprido. Podeis ser felizes, sofrendo e, em muitos casos, o
próprio sofrimento vos dará prazer. Quando a vossa luta for para o
bem-estar coletivo, a tranqüilidade de consciência desatará muitos
valores dentro de vós que, esplendendo, libertarão mais a consciência.
Estamos todos a serviço de Deus e ele sabe o que deveremos fazer... Há
quanto tempo esta Fraternidade semeia o amor? Há muitos evos... Pois ele
é uma semente e, por excelência divina, frutifica com abundância em
todas as direções da vida!... Estou junto a vós e aqueles que crerem em
mim e me acompanharem, nunca errarão o caminho e nunca faltarão alimento
e luz para as suas vidas. Trago-vos a palavra de Deus! A minha boca é
como se fosse a dele, o meu coração é como se fosse o seu coração; a
minha inteligência é a inteligência dele! Quem estiver comigo, estará
com ele!
Estamos vivendo momentos de decisão: de renunciar a tudo em favor da
harmonia, de renunciar, se preciso, à própria vida terrena, para ganhar,
sem pensar em ganho, a vida eterna, na luz dos sóis da eternidade! Na
postura de todos que me cercam, vejo e sinto a boa vontade; entretanto,
estamos ainda na palavra, que é necessária, porém, teórica. Compete-vos,
encontrar a resistência íntima para viver o que estais idealizando neste
ninho de amor e de fraternidade, entregar-vos, sem objeção, à luta, pela
forma que o amor possa vos conduzir, pois, verdadeiramente, quem ama
desconhece obstáculos e nunca esmorece nos caminhos.
Sou o Pastor de todas as ovelhas da Terra! Sou o Mestre e vós, os
discípulos! Em mim achareis guarida para sempre e paz para os vossos
corações... Sou a fonte onde beberei a água da vida! Estais vos
aprontando para lutar e a batalha maior inicia-se dentro de vós, para
que possais compreender os inimigos de fora, vencendo primeiro a vós
mesmos...

Jesus silenciou por instantes. Soprava leve brisa no santuário da natureza. Parecia que o ar estava procurando aquele comunidade de homens limpos de coração, para abençoar-lhes com a vida... O Monte Moab estava iluminado por fora e por dentro. Centenas de irmãos daquela comunidade e de outras ali representadas, em busca da água da vida, estavam conhecendo o Cristo, antes que ele fosse anunciado pelos discípulos, antes mesmo que os doze fossem escolhidos. Era uma plataforma de trabalho de iluminação das criaturas.
Espiritualmente, ouviam-se vozes cantando suaves melodias, dando glórias a Deus por aquele encontro de luz, onde Jesus expressava o próprio Senhor. Um perfume exalava como por encanto, em todas as dependências do santuário. Do lado de fora do Monte Moab, muitas falanges de Espíritos superiores permaneciam em ocupações difíceis, que somente eles compreendiam; em torno de Jesus, se encontravam três colunas do mais elevado porte espiritual. O Mestre estava dentro de um campo de força, que ostentava a sua grandeza espiritual e protegia as suas mais altas condições de Filho da Luz. O seu corpo tinha algo diferenciado do lugar comum, porque o Espírito era dotado de outra dinâmica vibratória. Todos os essênios oravam em silêncio, numa harmonia que somente o participante poderia entender. Poder-se-ia dizer que, ao invés de ar, o que a comunidade respirava dentro do santuário era luz, enriquecida de amor em profusão.
Jesus endireitou seu esbelto corpo no assento de pedra e disse com carinho:



- Filhos diletos! Que o Senhor vele por todos, todos vós, sempre e sempre!
Devemos começar hoje com a virtude mãe, aquela que gerou todas as outras
no ambiente de Deus! Não poderemos existir sem ela: o dom da fala nela
foi gerado, o dom da visão é filho do seu carinho, e a vida é fruto do
seu aconchego... Vou falar-vos do amor!
Se não temos condições para qualificar o vosso Pai que está nos céus,
para não diminuí-lo tanto, vamos chamá-lo de amor, mesmo sendo ele bem
maior que esse amor, por ter sido ele quem o criou. Estamos nas
condições de buscar o amor porque, sem ele, nada podereis fazer. O amor
deve ser o alicerce de todos os vossos ideais! Ele é toda a vossa
defesa, a vossa alegria, a vossa felicidade!
Tudo o que fizerdes, fazei com amor, para garantia da paz! Quando
pensardes, não vos esqueçais do amor; quando falardes, lembrai-vos dele;
a caminho com alguém seja ele lembrado; em família, alimentai esta
idéia, porque o amor para todos vós deve ser de mais utilidade do que o
ar, a água e o alimento para o corpo.
Mesmo quando o silêncio for o vosso ambiente para ouvirdes alguém,
pensai no amor, que ele, pelos canais estabelecidos por Deus, visitará a
quem vos fala, pondo no seu coração a vontade e os sentimentos da
caridade, o clima do perdão e a fé consubstanciada na esperança.
A lei enviada por Deus a Moisés não foi outra senão a lei do amor. Sem
ele, nada podeis fazer. Onde quer que estejais, amai do modo que estamos
indicando, sem barreiras de sentimentos, sem condições e sem apego às
coisas perecíveis. Essa é a virtude por excelência, é o beijo de Deus a
sustentar a vida da humanidade.
Se disserdes que amais e julgardes o vosso irmão em caminho, estareis
mentindo diante da maior força dos céus, que é o amor. Se vos alegrardes
com as injúrias aos injuriados, verdadeiramente não amais. Se a vossa boca
for motivo de escândalo, ela se esqueceu de amar, porque ele é reto na
sua estrutura divina e visita os homens na sua pureza espiritual.
Desejamos que antes de dardes os primeiros passos para levardes aos
homens a Boa Nova de Reino de Deus e a sua justiça, não vos esqueçais de
amar, na profundidade que ele pede e na pureza de sentimentos que ele
merece. O amor é Deus nos visitando, pelos canais da nossa inspiração.
Peço-vos que ameis aos vossos semelhantes como a vós mesmos, que sereis
abençoados pela consciência, trono majestoso do nosso Pai que está nos
céus. Se quereis uma prova mais evidente do amor na Terra, na verdade
vos digo: Eu sou o amor! Aquele que me seguir será o amor comigo,
unificando-nos em Deus! E se quereis saber mais sobre o amor, começai a
amar que a inspiração divina dar-vos-á o que faltar em todos os caminhos
das vossas atividades.
Não vos esqueçais da justiça. Ela é a força do equilíbrio, ela traz a
paz e desperta as mentes para os caminhos do bem. Quem não sentiu o
clima da justiça não pode dizer que ama: mente para a própria
consciência e responde sacrificando a própria paz. A justiça faz amizade
a acaba com os ressentimentos, alivia a tensão e é garantia para o justo
em todas as suas aspirações.
O justo viverá por fé e pela fé que tem nas leis de Deus, que vibram e
dirigem toda a criação. Todos vós sois os chamados e escolhidos para o
Reino de Deus. Em vós estará morrendo a ignorância e nascendo os
sentimentos altruísticos, liberando a fraternidade, força que sustenta
as casas de meu Pai que está nos céus...
A minha palavra é semente espiritual que estou lançando nos vossos
corações e desejo que elas cresçam, criando vida e manifestando
felicidade, na força que podeis chamar de libertação...
Está para soar a hora de falar à luz do sol, mas desejo que
vades à frente divulgar o que estais ouvindo de minha boca, que o Senhor
fala por ela das suas próprias leis, que ele criou para a nossa
felicidade e para o bem-estar de todos os povos.
Eu sou a luz, porque não ando em trevas e vós sois como meus
filhos, porque vos escolhi no coração e vos sustento com a minha paz,
que vos dou, não do modo como o mundo a dá, mas a paz de que meu coração
desfruta. Eu abençôo a todos e peço que nada temais, pois estarei
convosco até a consumação dos séculos!
Caro filho deve procurar vida simples. A simplicidade
desafoga a consciência e não exige os sacrifícios do próximo. Deveis
adorar a Deus pelos meios mais convenientes e, sempre que possível no
templo da natureza, que é o seu mais puro santuário.
O tempo que os homens gastam com a imagem de escultura, que
não pensa nem fala, que não sente nem ouve, estarei adorando ao Senhor
em espírito e verdade. No entanto, não deveis julgar quem o faça, pois
os meios de amar a Deus são diversos, de acordo com a evolução de cada
criatura.
Vós já permaneceis em mim e eu em vós, de maneira que somos
todos uma unidade em Deus, para que a luz brilhe em todas as direções,
na dignificação da vida. Não precisais de tantas vestes para trabalhar
na vinha do Senhor. Não façais como algumas classes de pessoas que
ostentam longas túnicas de finíssimo linho e capas do mais refinado
tecido, para mostrarem aos outros a posição que ocupam. Não deve ser do
vosso costume ajuntar ouro e prata para viagens, pois, cada dia tem a
assistência dos anjos, em favor do trabalhador do bem. A confiança será
a vossa maior segurança para a vida.
Não procureis andar apenas em ricos veículos, pois eles
podem representar o ponto escolhido dos que desrespeitam a lei da
economia e vivem à custa dos outros. Não opteis preferencialmente pelas
casas dos abastados para vos hospedar, pois a maioria deles está ocupada
com as suas próprias mazelas e apegada aos seus afazeres quase sempre de
pouca importância. O coração está sempre ligado ao que derdes maior
valor. Abri os ouvidos aos que sofrem e falai com eles do Reino de Deus
e da sua justiça.
Não deixeis de lembrar aos que sofrem a esperança que se
consubstancia com a fé e que o Pai é sempre bom e justo em todas as
circunstâncias. Modificai o ambiente de blasfêmia em qualquer lugar que
o encontrardes para a compreensão e a certeza de que ninguém recebe o
que não merece e que Deus é sempre amor e justiça. Observai todos vós as
leis que cantam na natureza e vos guiam para a serenidade: vede os
pássaros e as flores, as águas e os ventos, as árvores e os animais,
para que possais compreender os vossos iguais. E em todas essas
atividades, a oração deve ser lembrada constantemente, pois é pelos fios
do pensamento, em prece, que o Pai conversa conosco e nos ajuda no que
devemos fazer. Quem se esquece de orar, deixa passar despercebida a
própria vida.
Não devei complicar todas as horas do dia com coisas vãs;
apurai a qualidade do que fazeis, para que a consciência vos deixe em
paz. O céu está dentro de vós, como também existem recantos de luz no
vosso exterior, mas, na verdade vos dizemos que o céu no coração é mais
difícil de ser encontrado, do que fora do nosso ser. O exterior é
reflexo da realidade interior.
O mundo se mostra um turbilhão em desequilíbrio e, para ser
reajustado, é preciso que alguém se entregue ao trabalho, para a luz
desse conhecimento; e para isso aqui estamos todos juntos, sob as
bênçãos de Deus: para que a luz se faça nas trevas da Terra e liberte
todas as criaturas. Os que desconhecem a verdade são justificados nos
aspectos em que se encontram, onde puderam chegar pelo conhecimento;
entretanto, os que aqui estão não devem ser desculpados, porque já
conhecem a verdade e já sentiram o prazer do amor. Se errardes, sereis
agredidos pela consciência e disciplinados pelas leis que nos governam a
todos. Para isso fostes chamados: para levardes a luz, exemplificando o
amor. A vida justa e reta é caminho de Deus.
Eu vim trazer a paz, mesmo sendo preciso usar a espada da
palavra. Há momentos em que a energia é força preponderante do amor. Não
deveis agredir as consciências em formação, porquanto elas pedem amparo
através do exemplo e pedem exemplos pelos meios do amparo constante. É
certo que sobre todos nós Deus derrama a misericórdia, mas quando não há
abuso da liberdade, nem displicência dos valores morais.
Deveis respeitar todas as criaturas, na altura em que elas
se encontram e nunca violentardes os direitos alheios. Compadecei-vos
dos que sofrem, ajudando-os a compreender os motivos dos sofrimentos.
Não deveis gastar o tempo com quem não deseja aprender, mas dar toda a
atenção àqueles que estão com sede de paz e fome de amor.
Não deveis andar muito juntos, para que o excesso de
intimidade não crie confusão com as próprias idéias. Dividi-vos e buscai
os meios mais simples de conversar com os outros, deixando sempre os
traços da simplicidade em tudo o que fizerdes.
Não vos esqueçais do perdão quando ofendidos e, se puderdes,
ainda devereis orar pelos que vos perseguirem, maltratarem, caluniarem e
desprezarem.
Não penseis muito no que quer comer no dia de amanhã, porque
Deus alimenta até os pássaros, quanto mais os homens, seus filhos, no
serviço do bem da coletividade. Quando semeardes, não vos preocupeis com
os frutos, porque eles pertencem ao Senhor, que sabe cuidar da sua vinha
desde antes de existirmos. Servi e passai! E passai servindo nos lugares
a que fordes chamados, sem exigências que desfigurem a bondade e a alegria.
Estamos reunidos como construtores do bem, como água que não
deve se esgotar para os sedentos, como pão que desceu do céu para
aqueles que têm fome. Estou entregando aos vossos corações a Boa Nova de
Deus, para que ela seja vivida, de forma que todos herdem essa luz, na
luz das vossas vidas.
Cumpri vossos deveres, pois o dever cumprido é força que
mantém a paz de consciência. Ajudai a quem quiser ser ajudado e fazei
luz para quem queira sair das trevas... Daí a quem pedir e semeai onde
pode frutificar! Compadecei-vos dos arrependidos, que o arrependimento é
luz nascendo no coração. Tende paciência com os que desejam aprender e
mostrai o trabalho às mãos que o desconhecem. Ensinai que aprenderei
mais! Amai que sereis amados pela própria vida em expansão, em todas as
latitudes!
Filhos meus! Sinto, pelo silêncio profundo, que escutais com
os sentimentos também. Isso muito me alegra, por saber que esta mensagem
vai se propagar em todas as direções da Terra, em nome de Deus, pela
direção dos anjos!...

Jesus fez pequeno intervalo na fala. Passou os olhos como duas fontes de luz por todos os presentes e prosseguiu com brandura:

- Todos que aqui estão já foram despertados e convém à
consciência que andeis na luz do entendimento. É justo que useis os
nossos dons no serviço de Deus, sem fazer mal algum aos semelhantes;
todo mal que fizerdes aos outros é plantio de espinhos na vossa própria
carne. O homem que já acordou para Deus precisa nascer de novo, das suas
velhas conclusões. A transformação é característica de ascensão e
modificar os atos arraigados na vida é iluminar o coração nas diretrizes
do bem e harmonizar com a harmonia celestial.
A vida é um plano eterno e a criação, uma lavoura
imensurável; o Senhor trabalha sempre e nós outros devemos operar com
ele permanentemente. Quem esmorece, morre, e quem morre para o bem,
deixa de existir para si mesmo. Sede zelosos para com as coisas de Deus
e não deixeis que as tribulações vos causem aborrecimentos. Compreendei
o irmão em caminho que ele, amanhã, pela força do vosso exemplo,
tornar-se-á um soldado na propagação do amor e no exercício da caridade.
Vejo-vos como a uma lavoura, onde não paro de lançar as
sementes. Não poderemos ficar todos juntos por muito tempo, porque a lei
não concorda com que a luz fique em um só lugar; a escuridão está
estendida em toda a criação, para que possamos fazer claridade em todos
os rumos. Esse é o nosso trabalho; devemos encontrar nele alegria e, na
alegria, o bem-estar dos nossos corações.
Nunca deveis revidar os insultos, nem ferir aos que vos
insultarem, querendo ou pensando em justiça. Somente o Pai pode
julgar!... Eu a ninguém julgo e vos peço o mesmo procedimento para com
todos os semelhantes. Não façais aos outros, aquilo que não quereis para
vós; o perdão é o molde divino a orientar o coração humano. As próprias
leis encarregar-se-ão da justiça, sem que o ofendido pense nisso, para
não complicar a consciência. Se quereis ser fortes, fortalecei-vos na
bondade e no amor! Se quereis vos engrandecer, educai os impulsos e
disciplinai a vida nas regras do bom senso. O mundo é uma escola, o
professor mais velho é o tempo e a programação do tempo veio de Deus.
Não vos esqueçais das crianças e dai as mãos aos velhos,
porque fostes meninos e no amanhã sereis idosos. Trabalhai por amor à
vida e amai a quem desconhece as leis. A Terra, no futuro, será um
paraíso, mas, para tanto, deveis começar os primeiros plantios no clima
da fraternidade. Tende tolerância para com os fracos na fé, que eles
também crescem e da mesma maneira que forem ajudados, ajudarão a muitos.
Não vos irriteis com os ofensores, porque eles já sofrem da mais
terrível doença do mundo: a ignorância e o remédio para a ignorância é o
saber, é o conhecimento das coisas de Deus. Tende sempre uma boa
conversa para os tristes e uma palavra amiga para os desesperados, que
sereis recompensados pela paz de consciência.
Desejo e vos peço, com o carinho que o meu coração pode
ofertar, que andeis unidos no ideal. Mesmo distantes, procurai a unidade
de sentimentos, porque, para o bem, o amor e a caridade, não existem
distâncias que possam separar os trabalhadores de Deus e de mim. Eu vos
rogo que me ouçais com atenção: Necessário se faz que as ovelhas
aprendam a andar sozinhas e vivam com as próprias forças. Todavia, tende
fé, porque voltarei, ficarei eternamente convosco. Estou dizendo coisas
para homens de entendimento, para almas que já compreendem a minha voz e
sabem escolher os caminhos que devem ser percorridos! Quando faltar
entendimento na solução de alguns problemas e estando eu ausente,
recorrei à oração que, pelos fios da prece, estaremos juntos e Deus conosco.
Meus amados! Deveis comer o pão com o suor do rosto! Se
somos pastores, como colocarmos as ovelhas para trabalhar para nós? Se o
que falamos não fazemos, elas seguirão nosso exemplo. Quem sente alegria
no trabalho lícito é alma de bem que sempre ilumina e desperta no
conhecimento da verdade. Espero que todos os que me ouvem vivam no meio
da guerra semeando a paz, caminhem com os ociosos trabalhando, respirem
com os maledicentes respeitando os direitos alheios, comunguem com os
ofensores ensinando a benevolência e abençoando os que alimentam o ódio,
para que eles aprendam a amar.
Respeitai a família! Ela é o alicerce da sociedade e a
sociedade, o reflexo dos próprios homens: construí o vosso próprio
destino! Respeitai a economia dos valores imortais da vida; o que
desperdiçardes, por isso respondereis. Fazei circular o que está
sobrando para vós e para a comunidade, pois, se algum dia todos fizerem
o mesmo, nada faltará e notar-se á abundância em todos os reinos. Deus
não é deus de medidas; tudo existe com fartura nas linhas do amor!
Uma coisa vos falo para que não vos esqueçais e sempre
repito para que guardeis nos corações: instruí-vos! Compreendei que
sereis iluminados por fora e pro dentro, pela luz de Deus. Tende sempre
um sorriso nas saudações e não vos esqueçais de ofertar a paz a quem
encontrardes. Esse gesto é uma doação de Deus pela boca dos homens...
A minha paz vos dou e nessa mesma paz vos deixo...

Todos estavam acesos no entendimento. Além de ouvirem as palavras do divino Senhor, eram tomados por forças desconhecidas, de modo a modificarem o íntimo, crescendo no amor e fortalecendo-se na fortaleza do bem. Em torno de Jesus pairava um círculo de luz de variadas cores e sobre a sua cabeça tecia-se como que uma coroa de estrelas. O ambiente estava perfumado como de costume e a alegria irradiava-se no silêncio, como sendo nascida dos corações, vinda do coração de Deus.

Fim do capítulo.

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JESUS E OS ESSÊNIOS Empty Re: JESUS E OS ESSÊNIOS

Mensagem  Miguel Arcangelo Faccio Sáb 8 Jun 2013 - 20:24

Os essênios eram os guardiões das Escolas Iniciáticas dos judeus. Eles detinham sob sua guarda todo o conhecimento deste povo. Jesus foi buscar todo este conhecimento. Depois partiu na busca de outras Escolas Iniciáticas na busca do conhecimento espalhado pelo mundo. Numa mensagem ditada por Jesus anexa ao “LIVRO ALQUÍMICO DE SAINT GERMAIN, no capítulo XXVII, Véspera de Natal” cuja cópia de um trecho está abaixo.
O endereço eletrônico no final é do LIVRO ALQUÍMICO DE SAINT GERMAIN em pdf

Infelizmente, algumas das afirmações bíblicas foram veladas pelo conceito humano;
de qualquer modo, estou muito grato porque muitas delas permaneceram inalteradas. 279
Outra afirmação que usei constantemente, por mais de três anos, foi: "EU SOU sempre o
Majestoso Poder do Amor Puro que transcende todo conceito humano e me abre a
porta à Luz dentro de Seu Coração". Soube depois que isto intensificou muito Minha
Verdadeira Visão Interna. Em resposta ao desejo ansioso dentro
de vosso coração, quero dizer-vos que durante os anos em que a Bíblia parecia
ignorar Minha atividade Eu ia de lugar em lugar, em busca da explicação da Luz e da
Presença que Eu sentia dentro de Mim, e vos asseguro, amados estudantes, não foi com a
facilidade e a velocidade com as quais vós podeis buscá-la hoje. Naquele tempo; todos
os que estudavam a Verdade estavam muito contentes por receber a sabedoria das
experiências ainda não escritas; por serem de natureza fora do comum, foi considerado
pouco prudente apresentá-los à multidão.
Eu passei algum tempo na Arábia, Pérsia e Tibet e encerrei Minha
peregrinação na Índia, onde conheci Meu Amado Mestre, que já havia feito a Ascensão,
ainda que Eu não soubesse na ocasião. Através do Poder de sua Radiação, revelação
após revelação chegaram a Mim, através das quais Me eram dados decretos e afirmações
que Me ajudaram a manter tranqüila a atividade externa de Minha mente, até que
esta não tivesse mais o poder de Me molestar e retardar Meu avanço.
Foi quando me foi revelada toda a Glória de Minha Missão e o Eterno Registro Cósmico
que Eu haveria de deixar, o qual devia ser instituído naquele tempo para bênção e
iluminação da humanidade que viria. Talvez estejais interessados em saber que este se
converteu em um Registro Cósmico Ativo, muito diferente de todos os registros então
feitos, pois contém dentro dele o desejo ou 281 impulso empreendedor que faz da mente
humana um ímã. Isto explica porque os decretos e afirmações que Eu emiti estão se tornando
mais vivos através dos séculos, e com o impulso empreendedor desta Atividade,
assistida pela Radiação de outros Raios Poderosos enfocados sobre a Terra, será
possível a uma grande parte da humanidade ancorar-se de tal modo na Verdade e sua
aplicação consciente, que uma vitória transcendente se alcançará com êxito.
Nenhum passo tem tanta importância vital como o de pôr, ante a humanidade, a
sabedoria do "'EU SOU" - a origem da Vida e Seu Poder Transcendente - que pode ser
trazido ao uso consciente do indivíduo. Será assombroso ver como esta simples, mas
Todo-Poderosa Verdade se estenderá_ rapidamente entre a humanidade. Assim,
todos os que pensarem Nela, praticarem sua Presença, e dirigirem conscientemente Sua
energia através do poder do Amor Divino, encontrarão um novo mundo de Paz, Amor,
Saúde e Prosperidade aberto ante eles.


http://www.museumaconicoparanaense.com/MMPRaiz/Biblioteca/1952_O%20livro%20alquimico%20de%20ouro%20de%20Saint%20Germain.pdf

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Mensagem  Miguel Arcangelo Faccio Sáb 8 Jun 2013 - 20:30

http://www.museumaconicoparanaense.com/MMPRaiz/Biblioteca/1952_O%20livro%20alquimico%20de%20ouro%20de%20Saint%20Germain.pdf


O endereço completo do LIVRO ALQUÍMICO DE SAINT GERMAIN

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