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RUMO A 2012: CAEM OS DITADORES? A VEZ DO "MUNDO" ÁRABE

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fadinha
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Mensagem  fadinha Dom 13 Mar 2011 - 12:49

OLá amigos

É impressionante como o mundo assiste de braços cruzados o massacre que o ditador Khadafi prepara contra a população desarmada frente às armas poderosas que ele tem empregado.
Muita covardia!
Enquanto os acontecimentos ocorrem céleres e vidas e vidas são ceifadas, ficam se fazendo perquirições metafísicas com medo de algo que não consigo perceber...da revanche árabe? de perder um bom aliado nos negócios? de perder o dinheiro sujo de sangue?
É preciso fazer algo urgente, não se pode postergar mais nenhuma medida que ajude essa população.
Agora, segundo as notícias, a população foge apavorada dos ataques por terra e ar que estão preparando com armas pesadas, ataques indiscriminados contra todos.
Mas o que é isso? não adianta depois processar o Khadafi e aí, sim, usar de toda a humanidade que se vê usada para criminosos e bandidos em toda parte, esquecidos das vítimas.
Sabemos que ele diz que será martir da revolução.
Pois é, mas essa é a fala de covardes bem protegidos. Queria ver se ele não imploraria por sua vida. Dos seus filhos? duvido. Esse homem nem sabe o que é amor.
Minha posição não é política.
Vejo que é necessário os poderosos do mundo, os que tem condições de brigar com ele nas mesmas condições, tomarem alguma atitude para parar esse derramamento de sangue.
Vejo acontecimentos brutais no Japão.
Porém tem diferença.
Ali é a força da natureza agindo. Não é o ódio que move a natureza.
Porém sabíamos que a Nova Terra se fará e não sem alguma dor.

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Mensagem  fadinha Ter 15 Mar 2011 - 10:20


Mensagem de Mãe Maria

Amados Filhos,

Que as bênçãos do amor tragam paz aos vossos corpos, mentes e corações.

Orai amados, o mundo precisa de vossas orações.

É preciso dizer um basta à violência que tem permeado tantos recantos de vossa Mãe Terra neste tempo.

O fosso que separa dirigentes e povos têm dado lugar a tanta dor, tanta incompreensão, tanta violência, tantas lutas pelo poder temporal que alguns ainda entendem como sua propriedade e, assim sendo, defendem pela força das armas e pelo poder da coerção.

Não, amados! É preciso dar um basta a esse torvelinho que tem varrido povos e nações, Filhos da Luz como vós, e vossas orações podem ajudar muito para transformar essa escuridão em luz.

Sabeis já que para derrotar a escuridão só existe um caminho, o caminho do coração onde todos exercitam só amor. Sem amor não há luz, sem amor só existe caos.

Permiti, pois, que o meu amor chegue a todos os recantos, através de cada um de vós, para que a dor se dissolva e a paz se imponha.

Orai, amados, colocando todo o amor que permeia vossos corações em cada palavra de vossas orações enquanto visualizais povos e nações, dirigentes e líderes envoltos no mais puro rosa cristal, a freqüência que ilumina mentes e dissolve preconceitos, a freqüência que faz desabrochar a linguagem do coração.

Uni forças, amados, convocando vossos amigos e entes queridos para convosco também orar, com a certeza de que cada irmão que engrossa as fileiras da oração multiplica muitas e muitas vezes o poder que ela contém.

Esse é o exército que vai vencer a escuridão, esse é o exército que vai varrer deste planeta as guerras e toda forma de devastação, esse é o exército que vai construir a tão acalentada paz planeta.

Clamai por paz, clamai por compreensão, clamai por justiça divina, clamai por compaixão.

A compaixão é o ponto de partida para transformar o caos em luz.

A compaixão se revela na compreensão, no esforço de entender a posição do outro sem julgamento, no acolhimento em um mesmo cálice dos vitoriosos e derrotados.

O exercício da compaixão exige enxergar com os olhos do coração, para perceber a igualdade que existe entre todos os Filhos da Terra.

Compaixão é reconhecer que cada irmão escolheu um caminho, cada irmão se encontra em um estágio de evolução e que muitos ainda precisam ser auxiliados no seu despertar.

Bem amados, que vossas orações possam se transformar em um mar de luz cujas ondas se estendam até o infinito, para com elas purificar povos e nações, dirigentes e líderes, vitoriosos e derrotados. É só isso que vos peço pelos próximos 15 dias, muita oração.

Bem amados, que possais sentir em vossas orações, e no vosso dia a dia, a minha presença e o meu amor, eis que estou cada vez mais próxima de todos vós, todos os meus filhos amados que permitem e aceitam a minha proximidade e a minha luz.

Bem amados, Eu vos deixo agora derramando sobre todos vós as minhas bênçãos e envolvendo a todos no meu manto de proteção, porque Eu Sou Maria, Vossa Mãe.

SP- 22/02/2011- Mensagem de Mãe Maria-04-2011 canalizada por Jane M. Ribeiro

http://br.groups.yahoo.com/group/maemaria/

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Mensagem  fadinha Qua 16 Mar 2011 - 15:38

Então,

Salusa, o mundo espera ansiosamente por uma boa notícia...

fadinha

SaLuSa 4-Março-2011


1.As forças da Luz estão a fazer tudo o que podem, nas dimensões mais altas, para dar um final rápido à situação na Líbia. Não queremos ver mortes nem derramamento de sangue desnecessário e a mudança de regime não pode ser impedida. Tudo muda continuamente e chegou a altura de muitos países seguirem em frente. Em todo o mundo as pessoas estão a acordar para o que estão a experienciar, e só agora estão a compreender como foram amordaçados e como os seus direitos lhes foram negados. O velho padrão permitiu o controlo e a separação mas a Luz entrou agora plenamente em equilíbrio, e está a desmantelar a garra que as forças das trevas usaram contra elas. Isso irá fazer com que as mudanças se processem com muito mais facilidade se as pessoas certas forem colocadas para colocar o povo em primeiro lugar. Isto está a ser feito, e as mudanças são necessárias mesmo nos países que parecem mais estáveis. Não tenham dúvida que essas pessoas estão à espera de um sinal, e isso foi planeado em conformidade. O desejo do povo e as energias positivas que eles estão a exprimir, são a vossa certeza de que o que necessitais está à mão para conseguir uma conclusão bem sucedida.


2. Não será necessário dizer que, de modo prioritário, a Federação Galáctica está a ter parte activa nos acontecimentos que estão a ocorrer precisamente agora. Temos de esperar a nossa ocasião durante algum tempo, porque a proverbial expressão “a ocasião certa” é muito importante para nós. Terão de acontecer algumas mudanças, se também desejais ver um fim eficiente e positivo dos conflitos que estão a acontecer em vários países. Sede confiantes e continuai a enviar a vossa Luz para onde vedes que é necessário. É certo que podeis dar crédito ao que já foi alcançado, e houve sempre a intenção de que devíeis tomar parte activa nas mudanças. Somos uma equipa, quer vocês compreendam isso ou não, e estaremos ainda muito mais unidos logo que possamos trabalhar abertamente convosco. Sabemos que muitos de vós estão desejosos de fazer parte dos esforços conjuntos que irão acontecer, e podeis estar certos que a nossa perícia e o nosso conhecimento irão ser usados. Nunca pretendemos que a limpeza da Terra fosse apenas da nossa conta, mas tendes necessidade das nossas tecnologias para ter o trabalho feito o mais rápido possível.


3. No momento presente está a ser realizado o jogo da espera mas quanto mais tempo continuar, mais pressão iremos sobre esses bloqueios do progresso, através dos nossos aliados. Podeis dizer que os assuntos estão num ponto de rotura, pois o fluxo da energia da mudança não pode ser contido por muito mais tempo. Irão decorrer alguns meses antes que certos assuntos sejam destacados, e é tudo o que podemos dizer neste momento. A nossa presença nos vossos céus está a aumentar e a divulgação é apenas uma mera formalidade, porque a nossa existência já não pode ser negada. É mais uma questão de que governos e as autoridades do mundo se sintam mais felizes por admitir isso. No entanto, estão assustados com a reacção que irá resultar de certas perguntas pertinentes a que preferem não dar resposta, mas a verdade tem de ser revelada. A desculpa da sonegação devido à “Segurança Nacional” não será válida por muito mais tempo porque será posto um fim a todas as guerras, e as tropas retiradas dos países estrangeiros. A soberania do povo tem de ser reposta, e como representantes do Criador, temos de exercer a nossa autoridade para que isso seja cumprido.




4. A Ascensão está cada vez mais perto e as energias necessárias para que isso aconteça estão a ser enviadas para a Terra. Foi tudo cuidadosamente planeado para que não sejais demasiado sobrecarregados de uma só vez, e sabemos que muitos de vós estão a sentir o seu benefício. Dizendo de outra maneira, o crescimento é poderoso a fim de assegurar que a consciência da massa seja erguida para o nível desejado. Muitos estão a sentir as mudanças dentro deles e apenas isso deve convencer-vos que estais no caminho para a Ascensão. O sentimento de paz interior e ser um com tudo o resto, irá erguer-vos para uma posição em que sereis capazes de navegar através de todas as adversidades, porque elas somente vos irão afectar se assim permitirdes. É a Idade Dourada no fim do arco-íris que vos está a aproximar da Ascensão e, finalmente, ireis estar preparados para ela. Dizemos apenas, vão com a corrente e confiem na orientação do vosso Ser Superior, e dos vossos guias que estão sempre presentes.


5. Tentai viver como imaginais que um ser ascendido o faça e focai a vossa vida em acções e palavras de amor. Quanto mais fizerdes isso, mais preparados estais para entrar nas dimensões mais altas. Sobretudo recordai que sois Seres de Luz e que, finalmente, ireis tornar-vos seres de níveis de consciência superiores. Por isso o que estais a fazer agora deve ser uma preparação do fim do tempo, e o descartar de quaisquer energias de vibração mais baixa. O que permanecer deste tempo em particular, irá manter-se para ser limpo mesmo que sejam pensamentos que sejam um legado de uma época diferente da vossa vida. Desde que lhe não dêem energia para continuar a existir, irão perder o poder de perturbar a vossa consciência que está a acordar. Além disso, muitas almas responderam ao seu ego que foi alimentado com sentimentos de grandeza e de auto-importância. Isso irá mudar quando considerardes em primeiro lugar outras almas antes de vós e trabalhardes para o amor incondicional. Imaginem como seria uma sociedade responsável se esse nível de consciência fosse atingido.


6. Ter dinheiro suficiente para as vossas despesas pode ser necessário mas uma vez que se apercebam como ele é uma fonte de divisões, cessa de ser o vosso deus e a ganância nunca é uma opção. A riqueza é uma escolha que deu a volta à cabeça de muitas pessoas, que esqueceram que a aquisição dela é a negação do direito de outros. Por isso é que a riqueza irá ser distribuída com justiça, porque na totalidade há mais do que suficiente para assegurar que cada pessoa viva sem carência. O plano deliberado dos Illuminti é manter as pessoas na pobreza, muitas vezes sem as necessidades básicas da vida preenchidas, afim de as tornar dependentes de outros para conseguir o seu bem estar. Isso muitas vezes está associado à falta de educação, que também lhes impede de alcançar um nível de vida satisfatório. Qualquer alma deve ter direito a oportunidades iguais, mas a elite empenhou-se em que o fosso entre os pobres e os ricos fosse mantido.


7.Eu sou SaLuSa, de Sírio, e espantado por todos terem tido tantas vidas, e terem experimentado todos os aspectos da vida na Terra. Mesmo assim nunca vacilastes, e encontrastes forças para vos tornardes uma Luz rodeada das trevas que ensombravam o mundo. Sois verdadeiramente seres maravilhosos que alegram os nossos corações, e consideramo-nos privilegiados por vos termos como associados e amigos nos dias finais deste ciclo. O nosso amor acompanha-vos e dele podeis extrair a nossa força.


Obrigado SaLuSa.


Mike Quinsey.


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Mensagem  fadinha Sáb 19 Mar 2011 - 10:26

Amigos...


de repente me deu uma vergonha de ser brasileira...eu nunca fui de ficar em cima do muro...penso que em horas cruciais temos que ter uma opinião, uma decisão firme mesmo que no futuro seja um erro. Mas isso é para quem tem cérebro, frequentou boas escolas, não compra as pessoas e não tem medo de contrariar. Acredito que hoje devemos pensar de forma global, no mundo, na Terra como um todo e estarmos prontos para tomar uma decisão difícil na defesa do mais fraco, mesmo que contrarie os "companheiros" e amigos de ex presidentes... certos ditadores sobejamente conhecidos como sanguinários, vai saber de onde sairam, já ouvi uma conversa que são satânicos, mas foi só uma conversa, não posso afirmar isso.
Hoje estou com vergonha de ser brasileira. Acho que sou uma brasileira-paraguaia com orgulho.
Será que foi ingenuidade propor nessas alturas dos acontecimentos uma "negociação amigável?"

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Mensagem  fadinha Sáb 19 Mar 2011 - 12:37

Ora...


tudo tem explicação...
somos parceiros...
a Líbia deixa de investir no próprio país para investir no nosso!
Que legal! afinal precisamos mais que eles!
No PAC? e de graça? como são bonzinhos!
Eles só querem administrar o sistema.

fadinha

19/03/2011 - 11h02
Governo de Gaddafi planeja investimento em obra do PAC na Bahia
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MATHEUS MAGENTA
DE SALVADOR

O governo da Líbia estuda investir em um projeto de irrigação em um afluente do rio São Francisco, na Bahia. A obra integra o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal.

O projeto Baixio do Irecê, que terá cerca de 100 km de canais de irrigação, já teve a primeira etapa concluída. Segundo o Ministério do Planejamento, o projeto está orçado em R$ 880 milhões, sendo R$ 547 milhões do PAC.

A Lafico (fundo soberano da Líbia), controlada pelo ditador Muammar Gaddafi, realizou estudos sobre o projeto em parceria com a Codeverde (empresa liderada pelo grupo Odebrecht).

O objetivo é completar a obra numa PPP (Parceria Público-Privada). A construção foi dividida em nove etapas.

Os líbios poderão construir uma parte do projeto e, com a conclusão da obra, até participar de uma licitação para administrar o sistema.

O estudo foi enviado para o Ministério da Integração e para o Banco Mundial, onde aguarda aprovação final --indispensável para a concretização do negócio.

O interesse da Líbia na região surgiu em 2003, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma visita oficial ao país. Na comitiva, seguiu um documento sobre o potencial de investimento em irrigação no Brasil.

Em 2009, o então ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, se reuniu com o vice-primeiro-ministro da Líbia, Imbarek Ashamikh, para discutir o assunto.

CRISE

A crise enfrentada por Gaddafi levou incerteza aos investimentos do país espalhados pelo mundo, como o no clube italiano Juventus.

Países da União Europeia cogitaram ampliar sanções econômicas contra o regime e congelar os ativos do fundo da Líbia e de outras instituições do país.

Segundo a Codeverde, a parceria com o fundo líbio "limitou-se à realização do estudo de viabilidade" e a empresa "mantém seu interesse no projeto".

O Baixio do Irecê prevê a montagem da infraestrutura de irrigação, o arrendamento de lotes de terras a pequenos, médios e grandes produtores e a operação do o sistema de fornecimento de água.

O contrato de concessão, avaliado em cerca de R$ 1,5 bilhão, terá duração de 35 anos. A licitação deve ser lançada no próximo semestre.

O projeto atingirá uma área de 59 mil hectares (o equivalente a 39% da área da cidade de São Paulo), entre os municípios baianos Itaguaçu e Xique-Xique (570 km de Salvador).

O objetivo do governo é apoiar a produção de frutas e álcool. Estima-se que sejam criados 180 mil empregos diretos e indiretos na região.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/891071-governo-de-gaddafi-planeja-investimento-em-obra-do-pac-na-bahia.shtml

Será por isso que o ex-presidente não vai ao almoço oferecido ao presidente Obama?

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Mensagem  fadinha Dom 20 Mar 2011 - 20:44

Olá amigos...

admiro quem decide: ou pelo sim ou pelo não. Ficar em cima do muro...mas aqui ele, o Presidente Obama, cheio de charme, lembra que a Presidenta Dilma também já pegou em armas para defender a liberdade no tempo da ditadura, lembra que esse movimento foi liderado por jovens que não viam futuro pela frente e que ninguém tinha liberdade no Brasil. Modo delicado de "retribuir" o apoio brasileiro.


http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/?hashId=obama-justifica-ataque-a-libia-e-fala-sobre-dilma-integra-0402993170D0C97327&mediaId=9794813#salvar_favorito

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Mensagem  fadinha Seg 22 Ago 2011 - 12:28

Amigos...

não era ele que ia lutar até a morte? foi o primeiro que fugiu e deixou que o povo lute no lugar dele? ainda bem que parece ser o fim dos conflitos.

fadinha

Paradeiro de Khadafi permance incerto

BBC Brasil

Enquanto os combates se desenrolam em torno do quartel-general do coronel Muamar Khadafi, em Tripoli, o paradeiro do próprio líder líbio permanece um mistério.

Não havia informações sobre se Khadafi estava no local, ou sobre qual seria seu paradeiro.

Uma fonte diplomática disse à agência de notícias AFP que Khadafi poderia estar no QG, mas a informação não foi confirmada.

Nesta segunda-feira, especulações de que a África do Sul teria enviado um avião para retirar o líder líbio de Trípoli foram rebatidas pelo governo sul-africano.

'O paradeiro de Khadafi? Não sabemos o paradeiro de Khadafi. Imaginamos que ainda está na Líbia', disse a ministra das Relações e Cooperação Internacionais, Maite Nkoana-Mashabane.

'Será que deveríamos especular sobre se ele virá pedir asilo na África do Sul? Não, não vamos, porque sabemos, com certeza, que ele não pedirá para vir para cá.'

Ao pedir asilo na Itália, o ex-número dois do regime líbio, Abdessalem Jalloud, que abandonou o governo, disse não acreditar que Khadafi vá se render ou cometer o suicídio diante do avanço rebelde.

'Ele não tem como sair de Trípoli. Todas as rotas estão bloqueadas. Ele só pode sair a partir de um acordo internacional e acho que essa porta já está fechada', afirmou Jalloud.

Família

Khadafi não é visto em público desde maio, apesar de ter divulgado desde então, com frequência, mensagens em áudio e vídeo de locais não divulgados.

A mais recente mensagem foi na noite do domingo. No áudio transmitido pela TV estatal, Khadafi exortou moradores da capital a 'salvar Trípoli' dos rebeldes.

Mais de 80% da capital já está nas mãos dos rebeldes e três filhos de Khadafi foram presos, incluindo o que vinha sendo apontado como o sucessor no regime líbio, Saif al-islam.

A prisão de Al-Islam foi confirmada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda, para onde o filho de Khadafi pode ser extraditado.

Os rebeldes afirmam ainda que um outro filho de Khadafi - Mohammed - teria se rendido, assim como a guarda pessoal do líder líbio.

O presidente do Conselho Nacional de Transição, a coalizão rebelde, Mustafa Mohammed Abdul Jalil, disse que os rebeldes poriam fim à sua ofensiva se Khadafi anunciasse sua saída.

Ele acrescentou que as forças rebeldes garantiriam ao líder líbio e a seus filhos uma saída segura do país.


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Mensagem  Luiz Seg 22 Ago 2011 - 14:49

MATÉRIA ESCRITA NA TRIBUNA DA IMPRENSA PELO JORNALISTA CARLOS NEWTON ( o qual esteve pessoalmente na Libia).

RECOMENDO A LEITURA DA MATÉRIA E DESDE JÁ ESCLAREÇO AOS LEITORES DO FÓRUM QUE APENAS ESTOU REPASSANDO E QUE NÃO TENHO OPINIÃO FORMADA SOBRE A MATÉRIA, AINDA
.

( GRIFEI PARA QUE NÃO HAJA DÚVIDAS OU QUESTIONAMENTOS A MINHA PESSOA ACERCA DE MATÉRIA A QUAL NÃO TENHO OPINIÃO FORMADA POR ENQUANTO. OBRIGADO)

TRIBUNA DA IMPRENSA segunda-feira, 22 de agosto de 2011 | 11:02

Sem Kadafi, a Líbia será uma democracia? É possível, mas improvável. Pode se transformar num novo Vietnã? É possível e até provável.

Carlos Newton

As televisões matraqueiam que a rebelião na Líbia está saindo vitoriosa e o ditador Kadafi não tarda a ser derrubado. Na maioria das vezes, essa espécie de notícia é dada sempre com grande satisfação pelos apresentadores dos telejornais, que parecem torcer desesperadamente contra Kadafi. Nenhum deles indaga o que será da Líbia sem Kadafi.

Como diz o jornalista Scott Taylor, do jornal canadense The Chronicle Herald, a revolta na Líbia sempre foi mais criação da mídia do que confronto armado em grande escala. Ele explica que, nos primeiros dias, os rebeldes realmente tomaram alguns tanques e armas das tropas do governo. Por isso, houve escaramuças entre rebeldes e soldados do exército líbio ao longo da rodovia que acompanha o litoral.

Entre 15 de fevereiro, quando começou o levante, e 19 de março, quando o Conselho de Segurança da ONU autorizou intervenção internacional, a vasta maioria dos trabalhadores estrangeiros que viviam na Líbia abandonou o país.

Para impedir que Kadafi impusesse qualquer tipo de retaliação contra os rebeldes, a ONU então autorizou a OTAN a implantar uma zona aérea de exclusão sobre a Líbia, a pretexto de impedir que civis desarmados fossem atacados.

Scott Taylot lembra que, naqueles dias de caos, o Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha chegou a noticiar que o presidente Muamar Kadafi havia fugido para a Venezuela. Parecia que os rebeldes teriam vitória fácil e rápida. Mas Kadafi nem viajou nem viajaria. “Em pouco tempo seus seguidores se recompuseram e, então sim, começaram uma efetiva luta de resistência contra os rebeldes”, assinala Taylor.

Os rebeldes, que não são tropa profissional, logo iniciaram um movimento de retirada de volta para o único ponto que realmente controlavam no território, na cidade de Benghazi. Muito estranhamente, a resolução da ONU nada dizia sobre não atacar civis desarmados que vivem nos setores controlados por Kadafi. Ante essa estranha omissão, a coalizão OTAN-EUA-Canadá iniciou imediatamente os bombardeios contra alvos do governo líbio, como se não existisse a população civil.

Já há mais de cinco meses, os aviões da OTAN apoiam os rebeldes, e navios de guerra da OTAN mantêm um embargo de armas unilateral contra o exército de Kadafi. Todos os fundos financeiros líbios foram congelados, o que tornou virtualmente impossível para a Líbia comprar material bélico ou, sequer, prover as necessidades básicas do país, por exemplo, em termos de combustível.

Com todas essas medidas, então por que os rebeldes continuavam tendo dificuldades para conseguir derrubar o ditador? “Em viagem que fiz a Trípoli, para levantar fatos, diplomatas que continuam em Trípoli confirmaram que, desde que começou o bombardeio pela OTAN, o apoio da população e a aprovação ao governo Kadafi subiram à estratosfera e estão hoje em torno de 85%”, afirma o repórter canadense.

Das 2.335 tribos que há na Líbia, mais de 2.000 mantêm-se fiel ao presidente atacado pela OTAN. Hoje, as principais dificuldades que os líbios enfrentam são relacionadas ao racionamento de combustível e à falta de energia elétrica, resultado das bombas da OTAN que são causa das mais terríveis dificuldades que os líbios enfrentam nos setores controlados por Kadafi.

A população, evidentemente, culpa a OTAN – não Kadafi – pelos racionamentos. Em esforço para combater esse sentimento popular e estimular a população a levantar-se contra Kadafi, os aviões da OTAN têm lançado latas contendo panfletos sobre Trípoli. Infelizmente para os planejadores da OTAN, as latas são pesadas demais e têm causado ferimentos e quebrado telhados pela cidade, lançadas, como são, de grande altura.

Quanto ao texto das mensagens, algumas já eram piada entre os líbios, que riam das traduções às vezes ininteligíveis, às vezes cômicas. Num dos panfletos, por exemplo, no qual quem redigiu supunha que tivesse escrito que os civis devem “unir-se” aos rebeldes, está escrito, de fato, que os civis líbios devem “copular” com os rebeldes.

Outra das missivas da OTAN aconselhava que os que vivam em áreas controladas por Kadafi façam as malas e mudem-se para o território ocupado pelos rebeldes. Aí se lê que os cidadãos devem mudar-se imediatamente para o setor “dos possuídos” (como “possuídos pelo diabo”) da Líbia.

Agora, com o embargo, a falta de combustível e a destruição dos prédios públicos e de serviços acabaram por criar uma crise humanitária muito grave na Líbia, tão grave que não reste outra alternativa aos líbios salvo se render aos rebeldes. Mas ficará uma grande dúvida sobre o que será a Líbia sem Kadafi.

Virará uma democracia? É possível, mas improvável. Pode se transformar num novo Vietnã? É possível e até provável, porque o Ocidente destruiu um país que estava se tornando rico e que tinha o melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da África, com assistência médico-hospitalar e educação gratuitas, além de uma série de benefícios sociais, em termos de habitação, alimentação e oportunidades de trabalho. E tudo isso foi destruído pelo Ocidente, com incentivo da própria ONU, em nome do Deus Petróleo.
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Mensagem  fadinha Qua 24 Ago 2011 - 12:12

Olá...

Acredito que nem sempre a democracia é a resposta certa para o governo de um povo amplamente reprimido por longos 42 anos. Porém foi pela liberdade que o povo se insurgiu e a liberdade é o nosso bem mais precioso...pelo menos um pouco de liberdade para escolher o destino aqui na Terra que já é um planeta prisão. Certamente saber~]ao encontrar, com alguns ensaios e erros o melhor caminho para eles.
A lamentar mesmo foi a postura da diplomacia brasileira como diz no Estadão... precisou consultar países muito bem posicionados na política mundial como a Russia e a China...

fadinha

A Líbia após a derrubada de Kadafi O Estado de S. Paulo -

24/08/2011



É impossível desvendar de forma exata os horizontes que se abrirão à Líbia após a derrubada do ditador Muamar Kadafi. A missão do Conselho Nacional de Transição, constituído como governo transitório, é a de construir instituições políticas que possam expressar as aspirações democráticas da insurreição iniciada em 15 de fevereiro. Sabe-se que há correntes conflitantes entre os grupos insurrectos, daí o desafio de conciliá-las para fundar poder único e estável.

Mas não fica apenas aí a complexidade do arranjo político pacificador. A população do país é composta por grande maioria sunita e pequena minoria ibadita. Em ambos os lados, contudo, militam fundamentalistas, que permaneceram quietos ante o punho truculento de Kadafi. Agora, há dúvidas sobre se não arrastarão a partilha do poder ao fogo de resistências temerárias.

O panorama se torna mais crítico quando se sabe que inexistem na Líbia organizações civis, como partidos políticos, sindicatos, frentes sociais e outras do gênero. Não há, portanto, interlocutores aos quais se possa confiar, sem receio, a mudança pacífica para o pluralismo democrático. Além de tudo, Kadafi, inexcedível cultor da personalidade e repressor furioso, não permitiu que, no país, cintilasse outra liderança.

Trata-se de complicador que coloca em cena o risco de vácuo do poder. Sociedade organizada em tribos, os líderes tribais reassumiriam, ante eventual fragilidade da autoridade central, as regiões que dominavam antes do regime tirânico de Kadafi. Seria rebelião equivalente a acender o pavio para a deflagração de guerra civil.

Todavia, reconhecido como o poder legítimo da Líbia pelas principais potências ocidentais, à frente Estados Unidos, França, Alemanha, Itália e Reino Unido, o Conselho Nacional de Transição conta com vigoroso apoio externo. Mas precisa de mais intensa cooperação internacional de tais países e da ONU, para abortar a conspiração de fatores adversos que tem pela frente. Não terá de nada valido a ofensiva aérea da Otan para abrir caminho ao êxito da rebelião se a Líbia se converter em novo Iraque.

A lamentar que a visão oblíqua da diplomacia brasileira, inspirada em ideologia caduca, tenha levado o país a não reconhecer, desde logo, o Conselho Nacional de Transição. Pior, não reconheceu e explicou que precisava consultar a China, a Índia, a África do Sul e a Rússia para saber que decisão adotar. Em suma, submeteu-se ao escrutínio de outros países para praticar ato inserto nos atributos da soberania nacional. Expôs-se, acrescente-se, à censura da consciência democrática das nações civilizadas.


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Mensagem  fadinha Dom 28 Ago 2011 - 23:14

Olá amigos!

Estava lendo o blog do Atama Moriya e resolvi colar aqui o que ele escreveu porque eu não escreveria melhor. Foi muito bom ver a alegria daquele povo comemorandpo a liberdade. Que Deus os abençõe porque eles merecem. Espero que os novos governantes tenham juízo. O Atama colaborava no fórum do Nominato também, lembram?

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24 AGO 11

– FIM DA REVOLUÇÃO NA LIBYA – Há um novo governo!
Publicado em 24 agosto, 11 por Atama Moriya
Há todo um simbolismo na conquista de Trípoli pelo CNT – Conselho Nacional de Transição – embora Gaddafi não tenha sido capturado ainda.


GAME OVER GADDAFI

A conquista do bunker do ditador no dia de ontem, após uma batalha de cinco horas foi a ultima grande batalha.

Alguns outros confrontos devem continuar a ocorrer, mas serão confrontos isolados contra os apoiadores de Gaddafi, que por sinal, estão morrendo por um ditador que está foragido.

As autoridades estão vasculhando Trípoli para encontrá-lo, Gaddafi e sua família.

Mas isto agora é de menos importância, ou importância secundária, eis que o Governo de Transição já está assumindo oficialmente o país e tem várias reuniões agendadas com líderes do mundo todo.

Há o reconhecimento já de mais de cinquenta países, entre eles os da Europa, EUA, Turquia, Liga Árabe, vários Africanos, Argentina, Japão e até mesmo a China.

Somente o Brasil que não apoiou a invasão americana e OTAN continua “calado”, esperando segundo Antonio Patriota, um reconhecimento da ONU. Que bobagem. E quanta perda de pontos junto ao novo governo. Certamente com esta estratégia várias empresas brasileiras com negócios na Libya serão prejudicados nos novos contratos.

Enfim, viva a nova Lybia que conforme alertou Obama, terá um longo e difícil caminho para trilhar até a conquista da democracia fortalecida e robusta para o século XXI.

Tenham certeza que o exemplo do povo líbio que disse “não” doa ditador, que disse não ao massacre em fevereiro do povo pacífico na Pça. dos Martíres (novo nome) em Trípoli conquistou o direito de poder escolher os seus caminhos através do seu livre-arbítrio democrático do povo.

Por Atama Moriya, em 24-agosto-2011.



Related articles
You: For Libyan rebels, conquest of Gaddafi’s compound is a moment to savor (washingtonpost.com)
Gaddafi running scared (radioadelaidebreakfast.wordpress.com)
Libya: Gaddafi on run as rebels storm his Tripoli HQ (mirror.co.uk)
Leading article: When smoke clears, rebels must become nation-builders (independent.co.uk)


http://atamamoriya.wordpress.com/2011/08/24/24-ago-11-fim-da-revolucao-na-libya-ha-um-novo-governo/


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Mensagem  Convidad Seg 29 Ago 2011 - 16:24

Devíamos ter a coragem de levar ajuda humanitária - falta tudo lá agora! Mais tarde será tarde...a diplomacia brasileira precisa ser mais independente e realizar os anseios da nação que representa e seus valores, e não ser instrumento político de barganhas e coisas do tipo. Mas aqui também vai nascer um novo Brasil - isto vai! O povo quer! A hora está chegando e vamos ver! Abraços,

Convidad
Convidado


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Mensagem  fadinha Ter 30 Ago 2011 - 22:11

Olá...

sabe o que me pareceu, Farpa? que eles lá na Líbia não são destituidos de tudo e parecem ter uma energia, uma vontade de melhorar suas vidas que é contagiosa. Eles tem educação formal. Diferente de um Iraque, por exemplo onde só aparece um povo deprimido, maltratado, fora de sua época e com vontade de só brigar. Parece que na Líbia eles tem uma idéia mais centrada, sabem o que querem e onde querem chegar e principalmente mostraram o que não querem... uma vontade que vem da esperança.
Que Deus os abençõe e encontrem o caminho. Tenho certeza que outros ditadores ali não terão vez.
Concordo com você, precisam de ajuda humanitária agora! depois vão se virar muito bem.
Citei o Iraque pela imagem que passam, não sei se éverdadeira. Um país no Golfo de Áden....


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Mensagem  fadinha Qui 1 Set 2011 - 22:46

Qui, 01 de Setembro de 2011 Escrito por Veja.com


Povo líbio pode comemorar o início do 1º ano nas últimas quatro décadas sem o tirano, enquanto a Conferência dos Amigos da Líbia oficializa o fim do regime


Rebeldes fizeram um espantalho com antigas roupas de Kadafi (Francois Mori/AP)

http://www.portaldonordeste.com/images/stories/Libia-Rebeldes-fizeram-um-espantalho-com-antigas-roupas-de-Kadafi-size-598.jpg

Há exatos 43 anos, no dia 1º de setembro de 1969, o jovem capitão Muamar Kadafi ascendia ao poder, após liderar uma rebelião que derrubou o rei Idris I, autoproclamando-se "líder irmão" da Líbia. Hoje, quase seis meses após o início de uma revolta popular que clamava por sua renúncia, o coronel Muamar Kadafi terá de celebrar a data sem festa, sem poder e praticamente sem aliados. Por outro lado, o restante do país pode comemorar o início do primeiro ano nas últimas quatro décadas sem o tirano e com a esperança da democratização, enquanto a Conferência dos Amigos da Líbia, organizada pelo governo francês com o apoio de mais de 60 delegações e a ONU, oficializa o fim do regime. Com mais de 95% da capital Líbia tomada pelos rebeldes, parte de sua família refugiada na Argélia e a maioria de seus apoiadores presos, executados ou acuados, Kadafi vê a história se repetir - com ele no papel de rei Idris I.


"O regime de Kadafi acabou. Ele não comanda mais a Líbia e não é sequer possível imaginar que ele seja capaz de reconquistar esse papel", atesta Wendy Pearlman, professora da Universidade de Northwestern e autora de best-sellers sobre política no mundo islâmico. "Ainda há bolsões de resistência e o paradeiro de Kadafi é desconhecido. Mas isso não quer dizer que seu regime não tenha entrado em colapso", enfatiza.

Entretanto, como admitiram os próprios rebeldes, seria ingênuo afirmar que o agora ex-ditador não representa mais uma ameaça à nova ordem no país. Isso porque Kadafi ainda controla alguns instrumentos de poder, como forças militares e grupos políticos, além de contar com o suporte de alguns setores da sociedade, como tribos simpatizantes e outros grupos que gozaram de privilégio durante o tempo em que permaneceu no poder.

Colocar um ponto final definitivo no poder do coronel dependerá muito mais de os insurgentes promoverem a estabilidade da nova Líbia do que de capturarem o tirano, concordam analistas ouvidos pelo site de VEJA. "Enquanto Kadafi estiver à solta e os rebeldes não estiverem devidamente organizados, haverá sempre um risco pairando no ar", reforça Sarah Leah Whitson, diretora da Divisão de Oriente Médio e Norte da África do Human Rights Watch. E o Conselho Nacional de Transição (CNT) parece saber bem disso.

Antes mesmo da tomada da capital Trípoli e do quartel-general de Kadafi, na semana passada, representantes rebeldes já viajavam o mundo em busca de reconhecimento internacional de sua liderança como a legítima representante do povo líbio. Nesta batalha diplomática, conquistaram algumas das mais importantes vitórias do conflito, o apoio de potências como França, Estados Unidos e Grã-Bretanha.

Enquanto os tiros na capital nem sequer haviam cessado, os insurgentes já começavam a transferência de seus ministérios a Trípoli, recolhiam armas da população, retomavam o policiamento das ruas e, claro, começavam a planeja a reativação da produção de petróleo do país. "Hoje, o principal problema não é mais se Kadafi será capturado, mas saber como as facções rebeldes vão se articular", comenta Creomar Lima Carvalho de Souza, professor de relações internacionais da faculdade Ibmec. "Eles estabelecerão um governo ou cada um tentará construir seu próprio feudo de domínio? Este último caso seria o mais favorável a Kadafi, que continuaria sendo um símbolo de poder." Ou seja, quanto mais organizado estiver o novo governo - que, para isso, precisa resolver seus próprios conflitos internos, que não são poucos -, menor será o risco representado pelo ex-ditador.

Já a captura (ou morte) de Kadafi passa a ser mais um fator de importância simbólica para os rebeldes - que ofereceram uma recompensa equivalente a 2,5 milhões de reais pela cabeça do ditador. Esta não é mais uma questão emergencial e muito menos essencial para dar início e legitimidade ao governo rebelde, salientam os analistas. "Não seria a primeira vez que um ditador demora a ser encontrado", lembra a diretora do Human Rights Watch. "Os Estados Unidos levaram algum tempo antes de por as mãos em Saddam Hussein, mas o Iraque começou a se reorganizar mesmo sem esse 'marco'".

Mas o exemplo iraquiano termina aí. No caminho rumo à democracia, os líbios vão precisar livrar-se de vez da figura do tirano no passado para começar a caminhar com as próprias pernas para o futuro que desejam.


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Mensagem  fadinha Sex 2 Set 2011 - 10:34

Gente boa, mesmo.

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02/09/2011 - 10h05
Babá etíope relata tortura nas mãos de nora de Gaddafi; leia depoimento

SAMY ADGHIRNI
ENVIADO ESPECIAL A TRÍPOLI

As imagens da babá etíope Shweyga Mullah, 30, desfigurada com água fervente jogada por uma nora do ditador líbio Muammar Gaddafi, chocaram o mundo. Ela foi encontrada por rebeldes depois de os patrões fugirem ao saber que Trípoli havia sido tomada. Em recuperação, a babá sussurrou à Folha parte de seu sofrimento, enquanto lágrimas escorriam sobre as feridas.

http://f.i.uol.com.br/folha/mundo/images/11245180.jpeg

Leia o depoimento de Mullah à Folha:

Apu Gomes/Folhapress

Shwygar Mullah, 30, babá de dois netos de Gaddafi, internada na ala de queimados do Hospital Geral de Tripoli

Há cerca de um ano, saí de Adis Abeba, na Etiópia, para trabalhar como babá na casa de Hannibal Gaddafi e sua mulher [a modelo libanesa Aline Skaf]. Eu cuidava dos dois filhos pequenos.

Sempre foi muito difícil. Nunca recebi salário, nem um tostão sequer ao longo do ano que passei na residência do casal. Trabalhava noite e dia em troca de comida e de um lugar para dormir quando dava tempo. Minha vida era só trabalho. Não existia nada além disso.

Um dia torturaram o empregado encarregado de lavar a roupa e os jogos de cama da residência, um sudanês chamado Mohamed. Ele foi queimado com água fervente jogada no corpo.

TORTURA

Uns três meses atrás foi a minha vez. Eu me recusei a bater na filha do casal, que não parava de chorar, e a mulher de Hannibal ficou descontrolada de nervosa.

Ela amarrou minhas mãos atrás das minhas costas e me levou até um banheiro. Lá, ela mesma despejou água fervente na minha cabeça e nas minhas costas.

Depois disso, ela me deixou trancada no banheiro por um dia inteiro e me proibiu de sair de casa. Após dez dias, um dos guarda-costas me levou ao hospital sem que a mulher de Hannibal soubesse.

Não pude ficar muito tempo recebendo tratamento, e o segurança me levou de volta para a casa. A patroa acabou descobrindo e ele foi colocado na cadeia.

Continuei trabalhando, mesmo sofrendo com queimaduras graves que estavam infeccionadas por todo o meu corpo.

RESGATE

O casal fugiu quando os rebeldes começaram a entrar em Trípoli. Não tenho ideia de onde eles podem ter ido. Fiquei em casa, com outro funcionário. Dois dias depois da saída de Hannibal e de sua mulher, combatentes rebeldes entraram na residência e nos acharam. Foram eles que me levaram ao hospital.

Eu só quero voltar para a Etiópia e ficar ao lado da minha mãe, de quem tenho muita saudade. Queria tanto ao menos poder ligar para ela, que nem deve saber o que aconteceu. Mas não posso, porque onde ela mora não há telefone. Algumas pessoas me perguntam se eu quero ficar na Líbia caso eu consiga algum outro emprego, mas eu respondo que não.

Sei que há muitos líbios bons, mas sofri demais nesse país. Agora, tudo o que eu quero é ir embora daqui. Só depois disso é que poderei pensar em fazer planos para a minha vida. Juro que não entendo como alguém pode cometer tanta maldade. Por que fizeram isso comigo?

Essa mulher me impôs tanto sofrimento que eu quero que ela também sofra do jeito que eu sofri. Se for da vontade de Deus, serei vingada por tudo que passei.

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Mensagem  fadinha Seg 5 Set 2011 - 11:54

Vejam só quem apoia...

o amigo do nosso ex-presidente e do Fidel, da mesma escola.
Será que ele vem para cá também?

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Chávez incentiva Kadafi a resistir aos ataques de rebeldes

O presidente venezuelano Hugo Chávez afirmou nesta segunda-feira que o coronel Muamar Kadafi não deixou a Líbia e o incentivou a resistir aos ataques rebeldes.

"Ninguém sabe por onde anda Kadafi, mas estou seguro de que está muito longe de pensar em deixar a Líbia", declarou Chávez em entrevista ao canal VTV.

"O que ele tem que fazer é resistir e tomara que esta resistência permita que se busque o caminho da paz e se derrote o caminho da guerra", acrescentou.

Chávez, principal aliado de Kadafi na América Latina, defendeu o ex-líder líbio desde o início das revoltas em fevereiro passado, e se opôs às sanções econômicas e à intervenção da Otan.

Líbia: da guerra entre Kadafi e rebeldes à batalha por Trípoli
Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque. Na dia 23 de agosto, os rebeldes invadiram e tomaram o complexo de Bab al-Aziziya, em que acreditava-se que Kadafi e seus filhos estariam se refugiando, mas não encontraram sinais de seu paradeiro. De acordo com o CNT, mais de 20 mil pessoas morreram desde o início da insurreição.

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5331162-EI17839,00-Chavez+incentiva+Kadafi+a+resistir+aos+ataques+de+rebeldes.html


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Mensagem  Luiz Ter 13 Set 2011 - 0:53

NOTICIA VEICULADA HOJE PELA BBC Brasil ( apenas repassando)

Críticas da Anistia
A Anistia Internacional pediu nesta segunda-feira que o CNT tome medidas para prevenir a violação dos direitos humanos por parte das forças contrárias a Khadafi. Os combatentes leais ao CNT também estão envolvidos em casos de tortura e execuções.

Da parte dos opositores do regime do coronel, o relatório denuncia o linchamento de africanos negros suspeitos de ser mercenários a favor de Khadafi, assassinatos por vingança e tortura de soldados inimigos capturados.

Mohammed al-Alagi, considerado ministro da Justiça do CNT, admite que as forças de oposição a Khadafi cometeram erros: "Eles não são as forças armadas, são apenas pessoas comuns", disse Al-Alagi à agência Associated Pres.


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Mensagem  Zero Seg 31 Out 2011 - 9:17

Síria adverte que intervenção estrangeira provocará um terremoto no Oriente Médio






Foto: AP
O presidente da Síria, Bashar Al-Assad, em reunião em Damasco (17/08)
O presidente da Síria, Bashar al-Assad, disse em entrevista publicada neste domingo que uma intervenção de potências ocidentais no seu país provocaria um "terremoto" em todo o Oriente Médio.

Em rara entrevista concedida ao jornal britânico Sunday Telegraph, Assad disse que uma eventual ação ocidental poderia transformar a Síria em um "novo Afeganistão", em referência ao país que foi invadido por tropas lideradas pelos Estados Unidos e segue em conflito uma década depois da ocupação.


"A Síria é o centro desta região. É a fratura geológica, e se você brinca com o chão, você vai provocar um terremoto", disse Assad ao jornal. "Qualquer problema na Síria queimará toda a região. Se o plano (do Ocidente) é dividir a Síria, isso é dividir a região inteira. Você quer ver mais um Afeganistão, ou dezenas de 'Afeganistões'?"
Apelo

As Nações Unidas voltaram a fazer um apelo nesse final de semana pelo fim da repressão na Síria e por reformas profundas. Pelo menos 50 civis e integrantes das forças de segurança do país morreram no sábado, segundo fontes de ambos os lados.
Ativistas dizem que 21 civis morreram em um bombardeio no distrito histórico de Homs, na região central do país. Já o governo afirmou que 20 soldados morreram em Homs, e outros 10 integrantes das forças de segurança foram mortos em uma emboscada na província de Idlib.
Os confrontos entre o governo e os manifestantes desde março, quando começou uma série de protestos no país, deixaram mais de 3 mil mortos, segundo a ONU.
Ao Sunday Telegraph, Assad disse prever que os países ocidentais "vão aumentar a pressão (contra o seu governo), definitivamente". O presidente sírio reconheceu que foram cometidos "muitos erros" pelas suas forças de segurança no começo dos protestos, mas ele afirma que agora "apenas terroristas" estão sendo atacados.
Assad também disse que não seguiu o mesmo rumo tomado por outros líderes da região diante da Primavera Árabe. "Nós não seguimos o rumo do governo teimoso. Seis dias depois (do início dos protestos), eu dei início a reformas", afirmou Assad.
O presidente sírio descreveu as manifestações na região como uma "batalha entre o islamismo e o pan-arabismo". "Nós estamos lutando contra a irmandade muçulmana desde os anos 1950, e nós ainda estamos lutando contra eles", afirmou Assad.
A Liga Árabe disse no sábado que enviou uma "mensagem urgente" ao regime sírio de que a "matança contínua de civis" em protestos contra o governo precisa acabar.
Fonte: Ultimo Segundo do portal Ig
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Mensagem  fadinha Sáb 17 Dez 2011 - 20:31

Primavera Árabe: uma nova mensagem para uma nova década

08 de dezembro de 2011

Felipe Schroeder Franke

Entre os eventos mais esperados de 2011 estava o aniversário dos 10 anos dos atentados de 11 de setembro. Era a data para lembrar o pior atentado da história contemporânea, responsável por renovar um milenar choque de civilizações e despejar sobre as mentes ocidentais contemporâneas um caldeirão de dúvidas, medos e preconceitos sobre o Islã e os árabes.

Tal como esperado, 2011 provou-se um ano marcado pelo mundo árabe. O modo como isso ocorreu, no entanto, talvez não tenha sido previsto por ninguém. Muito mais que um ano para relembrar o horror da Al-Qaeda nos Estados Unidos, 2011 foi um ano de revolução no Norte da África e no Oriente Médio, área que concentra a maior parte dos fiéis muçulmanos de todo globo.

Foi perto dali, entre a Arábia Saudita e o Afeganistão, que Osama bin Laden orquestrou o ataque a Nova York, em 2001. E foi também ali - mas em uma área muito mais ampla e significativa, desde o Marrocos até as fronteiras do Irã - que 2011 acompanhou perplexo, enérgico e curioso a uma cadeia colossal e desafiadora de protestos e confrontos por uma nova ordem política e social em uma região que, ao longo da última década, havia se tornado sinônimo de terrorismo e fundamentalismo.

A semente improvável da Primavera Árabe foi plantada na virada de 2010 para 2011, no interior da Tunísia, quando Mohammed Bouazizi, um jovem desempregado, imolou-se em protesto contra a situação social do país. Bouazizi morreu no dia 4 de janeiro. Num amálgama entre a emoção da morte e a racionalidade da legitimidade do seu protesto, os tunisianos foram às ruas para manter o espírito inflamado pelo jovem. A pressão montava de cidade em cidade, os protestos se seguiam, a violência crescia, até que, 10 dias depois, em 14 de janeiro, o presidente Zine el-Abdine Ben Ali renunciou, dando fim a um governo que já durava 23 anos.

Os milhares de quilômetros de deserto que separam a Tunísia do Egito não foram suficientes para que a mensagem se perdesse. Cerca de duas semanas depois, o mesmo movimento gestado em Túnis começou a se formar no Cairo e em demais cidades do Egito. O exército saiu às ruas, mas os egípcios não afogaram e começaram, aos poucos, a sitiar a Midan al-Tahrir, a Praça da Liberdade, no coração da capital. Foram 18 dias de protestos, confrontos e persistência, até que, no dia 11 de fevereiro, Muhammad Hosni Said Mubarak renunciou após 29 anos na presidência.

Neste momento, diversos países árabes começavam a registrar levantes similares, como Omã, Bahrein e Argélia. Mas foi na improvável Líbia que começou a escrever o terceiro e, até agora, mais complexo capítulo mais desta primavera. O início foi nos moldes conhecidos: protestos nas ruas. Mas a realidade líbia logo mostrou-se diferente, à medida que as forças leais ao líder Muammar Kadafi, havia 42 anos no poder, ameaçavam os insatisfeitos com bombardeios. A solução, alienígena a tunisianos e egípcios, foi uma intervenção ocidental sob o comando da Otan. Foi esta mão ocidental, que para muitos manchou a Primavera Árabe, que possibilitou que rebeldes, após meses de guerra civil e estimados 30 mil mortos, encerrassem a era Kadafi, este morto após capturado, em 22 de outubro.

Dois outros capítulos da Primavera Árabe também já estão sendo escritos.

Aquele cuja redação parece mais adiantada é o do Iêmen, onde, após meses de protestos, repressão e atentados, o presidente Ali Abdullah Saleh aceitou assinar um acordo que negocia sua transição com a oposição. No momento, Saleh, que governa o Iêmen há 32 anos, é meramente o presidente honorário. Um novo governo deve ser convocado no início de 2012.

Muito mais em branco, no entanto, estão as linhas da Síria. Com uma convulsão proporcional à egípcia e uma repressão similar à líbia, o regime de Bashar al-Assad encontra-se em um xeque que resiste em tornar-se mate. Desafiada pela oposição - pouco conhecida mas já organizada em um Conselho Nacional de Transição - e pressionada pelos vizinhos árabes e pelas potências ocidentais, a Síria, este país fundamental para o balanço geopolítico do Oriente Médio, não tem futuro certo.

Outras primaveras

A Primavera Árabe, vale lembrar, não é a primeira onda de revolução que varre o mundo árabe, tal qual o conhecemos hoje. No início do século XX, grandes partes do Norte da África e do Oriente Médio, então sob domínio do Império Otomano (1922-1922), foram substituídos por monarquias e governos instaurados por França e Reino Unido, as potências vencedoras da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
É desta época que datam o Reino do Egito sob as mãos do Reino Unido (1922), a colônia italiana na Líbia (1911), a independência do Iêmen sob os auspícios da família Hamidaddin (1918), e a divisão da Síria sobre áreas de influências francesa e britânica (1920). Somente a Tunísia remete sua independência ao final do século XIX, ocupada desde 1883 pelos franceses.

No entanto, foram somente necessárias algumas décadas para que esta ordem do início do século fosse invertida por uma série de revoltas de elites locais contra a intrusão de governos ocidentais. No entorno do caos provocado pela Segunda Guerra Mundial, emergiu no mundo árabe uma nova ordem política.

Em 1956, a Tunísia obteve sua independência da França e elegeu seu primeiro presidente. Em 1953, o Egito libertou-se da longeva presença britânica para tornar-se uma República. Em 1951, a Líbia tornou-se independente da Itália, assumindo a forma de uma monarquia. Na década de 1960, o Iêmen (então dividido entre norte e sul), extinguiu a monarquia e tornou-se uma República. Em 1946, as últimas tropas francesas deixam a Síria.

Os episódios do início do século XX ergueram novos reinos sobre as cinzas otomanas, e as reformas dos anos 40 a 60 deram uma face nova e mais nacional a estes países árabes.

Agora, massas de jovens saem às ruas e conseguem a renúncia de presidentes. Líderes ocidentais saúdam os novos governos, embora ainda pouco conhecidos. E partidos islâmicos vencem eleições para redigir novas constituições.

Surgem dúvidas: quem são eles? O que pensam? O que entendem pelo famigerado conceito de democracia? Nascerá uma nova leva de governos de orientação islâmica? Se sim, qual o impacto disso? E qual o papel do Ocidente nesse novo século XXI, que, agora parece claro novamente, oferece muito mais (e melhor) que terrorismo e extremismo?

"Toda esta certeza que eu vivi desaparece /
Todas estas tochas de meus desejos se desvanecem /
Tudo que havia entre mim e a existência /
luminosa na minha Hégira se desvanece /
Agora começo desde o princípio...",

escreve o poeta sírio contemporâneo Adônis, como que um convite ao futuro em curso e em aberto.
"A realidade /
em que se converteram os caminhos da derrota /
é a única /
que conduz aos caminhos da liberdade",
convida ele para a Primavera Árabe, que seguirá em 2012.

(Livre tradução de trechos dos poemas "Desertos" e "Celebração da realidade", traduzidos do árabe para o espanhol por Maria Luisa Prieto e disponíveis em http://www.poesiaarabe.com/)



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Mensagem  fadinha Qua 26 Jun 2013 - 12:24

Quem diria?

A Primavera Árabe chegou aqui no Brasil!
Que traga os ventos da renovação!
Que traga a esperança de um tempo melhor!
É chegada a hora...


O poder no divã

por Flávio Bastos - flaviolgb@terra.com.br

"O poder é a doença que mais se apega".(Crescenzo)

Tudo começou com a primavera árabe, onde o poder foi sacudido por intensas manifestações públicas de insatisfação contra um "estado de coisas" que insistia em perpetuar o seu domínio sobre tudo e todos.

Atualmente, a Turquia e o Brasil encontram-se envolvidos por protestos e manifestações de rua. Reivindicações distintas mas que revelam nos seus bastidores um descontentamento com as estruturas do poder, independentemente de siglas partidárias.

No Brasil, questiona-se por que investir rios de dinheiro na Copa do Mundo e nas Olimpíadas, se o país encontra-se com seríssimas dificuldades em solucionar problemas internos ligados à saúde, à educação e à segurança.

A primavera árabe sopra a sua brisa de renovação para outros continentes, cujos povos começam a questionar o caráter de seus representantes e a demonstrar a sua força de reação diante de situações consideradas injustas e opressoras.

No âmbito do poder mundial, já não interessam as ideologias de direita, esquerda ou centro. Os partidos políticos perdem a sua representatividade junto as masssas populares, que voltam-se para interesses que contemplem o bem comum. O povo, cansado de ser ludibriado e explorado, sai às ruas para protestar contra aquilo que está sendo sonegado e que é muito mais valioso que um estádio de futebol, ou seja, a qualidade de vida.

A quem interessa a construção de mega estádios ou o aumento de passagens de ônibus ou de impostos? É claro, aos grandes construtores e suas equipes. Aos empresários de grandes frotas de ônibus e ao sistema que recolhe as taxas pagas pelos contribuintes.

Portanto, a inquietação mundial nada mais é que o sopro de renovação da Nova Era, que iniciou nos países árabes e alcançou a Europa, a Ásia e a América do Sul. É o "sacudir de poeira" de um poder com íntimas ligações a egos inflados e interesses escusos que não servem mais como modelo na construção de sociedades que caminham para a Era de Cristal. Sinal dos tempos de transformações previstas para o homem que passa por questionamentos, dúvidas e decisões a respeito de si mesmo inserido no contexto planetário e universal.

O poder constituído por interesses mesquinhos que facilita o surgimento de mecanismos perversos ligados à corrupção, ao cerceamento da liberdade individual e ao egoísmo que satisfaz uma ínfima minoria em detrimento de uma maioria de pessoas, é o que representam as comemorações e protestos de rua que unem neste momento, Irã, Turquia e Brasil com um mesmo objetivo: o progresso da humanidade.

O poder do homem, historicamente construído a ferro, fogo e sangue, entra em colapso provocado pelo alvorecer da Era da Sensibilidade, que com a sua luz, ilumina o novo caminho a ser percorrido pela humanidade. Caminho que faz o indivíduo dotado de inteligência reavaliar escolhas e atitudes a partir de um significado maior para a sua vida: o bem comum.

O poder no "divã" clama por reciclagem, pois começa a sentir a pressão dos novos tempos de transparência que abre caminhos para o acesso de valores esquecidos, não bem entendidos ou desconhecidos de uma maioria de humanos ainda cativos de processos obsessivos ligados ao materialismo.

São a maioria jovens -o que não poderia ser diferente- que estão dando os primeiros passos rumo à quebra de paradigma que acompanha as sociedades mundiais desde há muito tempo. Cultura que reproduz geração após geração um estado de coisas que passa a ser questionado neste início de milênio. Condicionamentos que alimentam as velhas engrenagens do poder fundamentado no ego e seus principais "derivados": egocentrismo, egoísmo e orgulho.

Neste contexto, as novas gerações clamam por dignidade dos governantes e transparência de seus atos em prol do bem coletivo. A mensagem das ruas é clara neste sentido, e acompanha a tendência do século vinte e um que é transparecer o que está camuflado no obscurantismo dos fatos não revelados à luz da verdade. Desta forma, a Nova Era depura, através de mentes e corações humanos, os resquícios da perversidade que atingiu o seu auge na Idade Média e, cujos valores, se mantém nos dias atuais, disseminados pela cultura materialista impregnada de segundas e terceiras intenções.

Fase de transição que vivenciamos e que não será fácil ou tranquila para as sociedades mundiais, porque toda mudança estrutural traz na sua esteira o seu preço, que é a reflexão, a dúvida, o empenho, a escolha, a ação e a luta por dias melhores para o homem e o seu lindo planeta.

Definitivamente, o poder dos homens está no divã, à espera de um tratamento que o faça conscientizar-se de que a verdade faz bem à saúde e à democracia.




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fadinha

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RUMO A 2012: CAEM OS DITADORES? A VEZ DO "MUNDO" ÁRABE - Página 2 Empty Re: RUMO A 2012: CAEM OS DITADORES? A VEZ DO "MUNDO" ÁRABE

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