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POPULISMO VERDE : SACOLAS DE SUPERMERCADO

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Mensagem  fadinha Qua 15 Fev 2012 - 12:02

Saco plástico causa menos danos que ecobags, diz relatório
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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma pesquisa inédita do governo britânico indica que sacolas de plástico, odiadas por ambientalistas e rejeitadas por consumidores, podem não ser vilãs ecológicas.

Um relatório da Agência do Meio Ambiente britânica, obtido pelo jornal britânico "The Independent" no último domingo (27), descobriu que PEAD (polietileno de alta densidade) utilizado nas sacolas causa menos impacto ambiental do que as matérias-primas das ecobags.

Os sacos de polietileno são, a cada utilização, quase 200 vezes menos prejudiciais ao clima do que as sacolas de algodão. Além disso, emitem um terço do CO§2§ em comparação às sacolas de papel oferecidas pelos varejistas.

Os resultados do relatório indicam que, para equilibrar o pequeno impacto de cada saquinho, os consumidores teriam que usar a mesma sacola de algodão em todos os dias úteis do ano, ou sacolas de papel.

A maioria dos sacos de papel são utilizados apenas uma vez e o estudo levantou que sacos de algodão são usados apenas 51 vezes antes de serem descartados, tornando-se --de acordo com o novo relatório-- piores que as sacolas plásticas usadas apenas uma vez.

Apesar de ter sido encomendada em 2005 e programada para publicação em 2007, a pesquisa ainda não tinha sido divulgada ao público.

Oficialmente, a Agência do Meio Ambiente disse que o relatório --"Life Cycle Assessment of Supermarket Carrier Bags", de Chris Edwards e Meyhoff Jonna Fry-- ainda está sendo revisado. No entanto, foi submetido ao processo de revisão há mais de um ano.

A agência não tem a data da publicação, mas declarou que será em breve.

O relatório queria descobrir qual dos sete tipos de sacos têm o menor impacto ambiental na poluição causada pela extração das matérias-primas, produção, transporte e eliminação.

Segundo os pesquisadores, '" PEAD teve o menor impacto ambiental entre as opções de uso individual em nove das dez categorias. A sacola de algodão teve um bom desempenho porque foi considerada a mais leve".

Seis bilhões de sacolas plásticas são utilizadas em todo o Reino Unido por ano e não há dúvida de que causam problemas ambientais, como lixo e poluição marinha, utilizando petróleo. Limitar o uso e reutilizá-las reduz os danos.

QUE SACO DEVO USAR?

Todos os sacos causam impacto. A melhor solução seria utilizar um saco de algodão centenas de vezes, provavelmente por anos. Para usar poucas vezes, a melhor opção é o plástico, segundo o estudo.


fadinha

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Mensagem  fadinha Qua 15 Fev 2012 - 12:10

Em 17/6/2011 às 20:02
Lei das Sacolinhas ainda causa polêmica
Oswaldo e Odair Dias mostram posições contrários sobre o projeto

Divulgação/Câmara de Americana/Arquivo

Odair afirma que lei não foi revogada e proibição pode se retomada a qualquer momento

A proibição do uso de sacolinhas plásticas nos estabelecimenmtos de Americana voltou a causar polêmica na sessão de Câmara de ontem. Mesmo porque o Tribunal de Justiça de São Paulo barrou a proibição. Os comerciantes podem distribuir as sacolas sem correr o risco de ser multados ou punidos pela lei municipal que entrou em vigor em 5 de junho.

NOGUEIRA

Contrário a proibição, o vereador Oswaldo Nogueira (DEM) disse que a lei aprovada pela Câmara é inconstitucional porque não cabe aos municípios legislar nesse sentido, uma vez que existe na Constitucional Federal uma política nacional de resíduos sólidos, que trata desse ordenamento jurídico que regula a questão dos resíduos, como da destinação das sacolinhas.

"Infelizmente, alguns políticos acreditam que é mais fácil proibir as sacolas plásticas do que implementar política eficiente de coleta seletiva, a questão dos resíduos. Esse é o ponto que tem de ser discutido", defende Nogueira.

Ainda explica que a sacola plástica é inodora, não tem nenhuma contraindicação no sentido de higiene, ao contrário das caixas de papelão usadas para embalar as compras. Inclusive mostrou no plenário as caixas utilizadas pelos supermercados para os consumidores levarem os produtos para casa e algumas delas apresentavam alto risco de contaminação, segundo o parlamentar. Comentou que caixas de papelão usadas para armazenar desinfetante, sabão e amaciante de roupa são reaproveitadas para embalar alimentos, o poderia contaminar os produtos.

Segundo o democrata, a proibição do uso da sacola atende exclusivamente os supermercados, porque a distribuição das sacolas representa um custo de 3% e o varejista tem que interromper a gratuidade do fornecimento das sacolas, para eliminar do custo. Para Oswaldo, a lei prejudica outros comerciantes que veem na sacolas plásticas a possibilidade dar uma cortesia ao cliente para levar os produtos para casa.

Na opinião de Nogueira, se deixar de utilizar a sacola plástica, o consumidor vai usar sacos de lixo, feitos com a mesma matéria prima à base de petróleo. "Então não há nenhuma questão ambiental envolvida nisso. É apenas um aspecto econômico ", reforça Nogueira.

PERDER

O autor do projeto, Odair Dias (PV), disse que a determinação de suspensão da lei é temporária e espera que a Justiça, o mais rápido possível, volte a proibição das sacolas. Alega que a sociedade se preparou para esse momento, como a maior parte do comércio e da indústria. Alega que é necessário fazer o melhor para a sociedade.

E explicar Dias que a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) suspende a lei, não a revoga e pode cair a qualquer momento. E se a liminar for derrubada, imediatamente a lei volta a vigorar, disse. Por isso não recomenda ao comerciante comprar as sacolas porque corre risco de perder.

Disse o autor da lei que dá para evitar as sacolas plásticas. Pediu para as pessoas tomarem atitudes conscientes e deixar as sacolas de lado. Disse que a sacola plástica é apenas a ponta do iceberg e que tem outros projetos de leis contundentes a ser protocolados para preservar o meio ambiente e garantir qualidade de vida.


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Mensagem  fadinha Qua 15 Fev 2012 - 12:15

30/01/2012 23:55:56
TJ julga hoje Lei da Sacolinhas
Ação foi impetrada pelo promotor de justiça José Alfredo Sant´Anna

Ant1 de 1ZoomProxSACOLINHAS - Sant’Anna, promotor de Justiça - Foto: Arquivo
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) deve julgar hoje a ação impetrada pelo 2º promotor de Justiça, José Alfredo de Araújo Sant’Anna que busca inconstitucionalidade na Lei das Sacolinhas, em vigor desde 1 º de janeiro.

“Estou esperando a decisão do tribunal, defendo os consumidores. Se os estabelecimentos distribuírem sacolas retornáveis aos clientes não teria entrado com processo”, explica Sant´Anna.

O supervisor de atendimento do Procon, Guilherme Moraes, um dos integrantes da campanha Marília Mais Verde, afirma que está confiante quanto a constitucionalidade da lei, pois acredita que não há problema que prejudique o consumidor. “A lei teve boa adesão da população. Antes a diferença é que o preço das sacolas era embutido no preço da mercadoria, agora o consumidor tem conhecimento do valor. A ação já foi negada em Marília espero que o TJ também mantenha a mesma decisão”, afirma Moraes.


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Mensagem  fadinha Qua 15 Fev 2012 - 12:20

Sacolas plásticas

Já está em vigor em São Paulo (SP) a lei municipal nº 15.374/2011, que proíbe a distribuição gratuita ou venda de sacolas plásticas a consumidores em todos os estabelecimentos comerciais do município. A lei fixa prazo até 31 de dezembro para adaptação às novas regras.

Essa lei não se aplica aos seguintes casos: embalagens originais das mercadorias, embalagens de produtos alimentícios vendidos a granel e de produtos alimentícios que vertam água.

A medida ainda impede os fabricantes, distribuidores e comerciantes de imprimir nas sacolas plásticas qualquer tipo de rótulo – como oxibiodegradável e biodegradável – que indique suposta vantagem ecológica e, consequentemente, estimule o consumidor a preferir as sacolinhas ao invés de ecobags e caixas de papelão.

Os estabelecimentos que não se adaptarem à Lei – que acaba de ser publicada no Diário Oficial de São Paulo – até 31 de dezembro poderão pagar multa que varia de R$ 50 a R$ 50 milhões. Na falta dessa embalagem, o consumidor deverá comprar sacos de lixo, o que irá gerar custo adicional às famílias, em especial às de baixa renda.

A lei é uma gota no oceano. Menos de 20% de todo o lixo produzido são constituídos por resíduos plásticos. As sacolinhas representam apenas 2% do volume de garrafas PET e embalagens longa-vida jogadas no lixo.

O problema não reside nelas, mas no desperdício que gera o descarte incorreto, piorado pela inexistência de sistemas de coleta seletiva de lixo, mesmo sendo um material que apresenta as propriedades ideais para reciclagem e reúso. Por demorar mais de uma centena de anos para se decompor, é que pode ser usado e transformado muitas vezes. A embalagem de shampoo pode ser a sacola plástica de amanhã e o saco de lixo de depois de amanhã, o que não seria possível se o material fosse biodegradável. As sacolas recicladas não podem ser utilizadas nos mercados por causa das normas de saúde estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Um aumento súbito no uso de ecobags sem uma campanha de educação pode aumentar a contaminação cruzada e trazer riscos para a saúde pública, por serem foco de bactérias como E.coli. Para serem seguras, exigem uso separado e exclusivo para transportar alimentos crus, outras para carnes, outras para produtos secos, roupas e livros (fonte de bactérias como a Staphylococcus aureus). Exigem a higienização semanal na máquina de lavar roupa ou à mão, com sabão, e não podem ficar por muito tempo dentro do porta-malas, pois o calor favorece a proliferação das bactérias: apenas duas horas no porta-malas e o número de micro-organismos se multiplica por dez.

Todo material orgânico produz toxinas quando se degrada. Desenvolve bactérias, fungos, reduz oxigênio disponível nesses meios e gera subprodutos indesejados. Pode poluir os rios e o lençol freático e também contribuir para a emissão de GEE, quando resulta na produção de metano e CO2. Já o plástico, que não se degrada em alta velocidade, é um material inerte, que praticamente não produz toxinas no ambiente.

O plástico nacional verde é feito com uma resina produzida a partir da cana-de-açúcar. O etanol da cana é desidratado e passa por um processo industrial para se transformar em eteno, que é, então, polimerizado. É um plástico de origem vegetal 100% renovável. Mas não é necessariamente um plástico biodegradável. A energia consumida na produção das sacolas de PHA (bioplástico feito a partir do amido de milho) é 69% maior do que a energia gasta na fabricação das sacolas de polietileno.

Para a Agência Britânica de Meio Ambiente, as sacolas plásticas poluem menos que sacos de papel ou bolsas retornáveis. Isso ocorre porque as sacolas de polietileno de alta densidade (PEAD), material utilizado para a produção da maioria das embalagens plásticas, agridem a natureza quase 200 vezes menos se comparadas às sacolas feitas de algodão, pela emissão comparada de GEE.

Igualmente, a reciclagem do papel é muito menos eficiente que a do material plástico: consome mais energia e é mais poluente que a indústria de resinas, gerando resíduos orgânicos, como o licor negro.

O caminho não é o combate à sacolinha plástica, mas ao desperdício. Biodegradáveis ou não, elas ainda vão parar nos bueiros, na rede de esgotos, no mar, etc. Precisamos de uma política pública de reciclagem abrangente para: i) cada vez mais destinarmos menos produtos aos aterros, por meio da reutilização e reciclagem; e ii) aplicação do princípio da responsabilidade compartilhada: indústria, varejo, população e governo fazendo cada um a sua parte para adequar a questão do consumo e do descarte.

http://blog.nei.com.br/index.php/2011/06/23/populismo-verde-ouca-o-silencio-4-sacolas-plasticas/

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Mensagem  fadinha Qua 15 Fev 2012 - 12:27

Tribunal derruba lei que proíbe sacolinha de plástico
20/01/2012

por Jocelito Paganelli


O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ) julgou inconstitucional a Lei das Sacolinhas (lei municipal 10.574), do vereador Jorge Abdanur (PSDB), que obriga supermercados de Rio Preto a substituir as sacolinhas plásticas por embalagens retornáveis ou biodegradáveis. O desembargador Walter de Almeida Guilherme, relator do processo, confirmou a decisão liminar do próprio TJ que havia sido concedida ao Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado de São Paulo e agora suspendeu definitivamente os efeitos da Lei das Sacolinhas.

Para o desembargador, as câmara municipais e as prefeituras não têm competência para legislar sobre temas ligados ao meio ambiente. “No que concerne à proteção do meio ambiente, a competência legislativa é concorrente, tendo sido atribuía à União e aos Estados, com exclusão, todavia, dos municípios. Pode, todavia, o município legislar sobre proteção do meio ambiente de forma a suplementar a lei federal e a estadual no que couber”, destacou o desembargador ao comentar a Constituição Federal na sentença da ação contra a Lei das Sacolinhas.

De acordo com Guilherme, a lei de Abdanur “tratou de matéria que escapa à sua competência legislativa, tal como prescreve a Constituição Federal”.

Para sustentar a inconstitucionalidade da Lei das Sacolinhas, o desembargador citou do decisão do TJ que também julgou inconstitucional lei semelhante que estava em vigor no município de São Vicente. Ele também citou decisão, ainda em caráter liminar, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu os efeitos de uma lei aprovada pelaAssembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que impede o uso das sacolinhas plásticas pelos supermercados daquele Estado.

Na ação que tramita no STF, a Associação Brasileira da Indústria de Material Plástico defende que o tipo de embalagem a ser utilizada pelos estabelecimentos comerciais constitui matéria de interesse nacional, “onde a competência é exclusiva da união”.

Debate Abdanur disse que já esperava a sentença de inconstitucionalidade. “O mais importante que a proposta desencadeou o debate sobre o uso das sacolas plásticas e, com isso, o governo do Estado e Associação dos Supermercados selaram um acordo para abolir as sacolinhas dos supermercados”,afirmou o vereador. Os supermercados de Rio Preto lançaram campanha para incentivar o uso de sacolas retornáveis pelos clientes.

Fonte: Diário da Região – São José do Rio Preto – 20/1/2012


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Mensagem  fadinha Sáb 10 Mar 2012 - 18:38

Uma trégua...

Mais de 60% das capitais brasileiras proíbem uso de sacolas plásticas em supermercados

Priscilla Mazenotti
Da Agência Brasil, em Brasília

10Mais de 60% das capitais brasileiras – 17 das 27 capitais - aprovaram leis que proíbem ou que regulam o uso de sacolas plásticas em supermercados e outros estabelecimentos comerciais. Em pelo menos três capitais – Manaus, Fortaleza e Curitiba – há projetos tramitando na Câmara Municipal sobre o assunto. Entretanto, aprovar a lei não significa colocá-la em prática. Em diversas cidades há ações na Justiça para suspender a aplicação da norma.

Em Recife, a Justiça considerou inconstitucional a lei que obriga o fornecimento, por parte dos comerciantes, de sacolas oxi-biodegradáveis (que contém um aditivo que causa degradação mais rápida). O argumento é que o município não pode legislar sobre matéria de meio ambiente. Essa competência, segundo a Constituição, cabe à União, aos estados e ao Distrito Federal.

O município de Recife recorreu da decisão. Se o pedido de recurso for acatado pelo Tribunal de Justiça local, a matéria seguirá para decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Enquanto isso, a ação fica suspensa.

Na maior cidade do país, São Paulo, a Justiça também considerou a lei inconstitucional. Entretanto, foi assinado um acordo com a Associação Paulista de Supermercados para que, até 3 de abril, os estabelecimentos forneçam caixas de papelão gratuitamente ou sacolas biodegradáveis por R$ 0,19 e ecobags por R$ 1,80. A partir de 4 de abril, os consumidores deverão transportar suas compras em sacolas próprias.

O ideal, segundo o presidente do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), Miguel Bahiense, é o uso racional das sacolas plásticas. Ele destacou que estudos mostram que sacolas plásticas têm melhor desempenho, inclusive no acondicionamento de lixo, do que outras embalagens.

“Num aterro sanitário 0,2% é sacola plástica, 65% são material orgânico. A saída é ter incineração, reciclagem energética. Dizer que as sacolas abarrotam os aterros sanitários é uma mentira deslavada”, disse. “É preciso ter sacolas resistentes e que seu uso envolva preservação ambiental e uso consciente”, completou.

Para a fundadora da Fundação Verde (Funverde), Ana Domingues, a solução é acabar as sacolas plásticas e educar o consumidor a usar engradados ou sacolas retornáveis. Caixa de papelão, segundo ela, deve ser a última opção. “Já passou da hora de banir as sacolas. Não tem lógica usar um segundo pra fabricar um produto, usar por meia hora e demorar 500 anos para tirar do meio ambiente”, comentou.

Abandonar a sacola plástica tem sido a decisão de muitos consumidores, mesmo antes de leis regularem o assunto. A dona de casa Maria do Carmo Santos, por exemplo, diz que as sacolas retornáveis oferecem maior resistência, durabilidade e segurança para as suas compras. “Eu já abandonei o uso das sacolinhas de plástico há muito tempo. Elas poluem demais e sujam nossa casa. Eu até faço coleção dessas sacolas ecológicas que são lindas, práticas e duram muito mais do que as de plástico”, disse.

A dona de casa Graciana Maria de Jesus tem a mesma opinião. Para ela, as sacolas plásticas oferecidas no mercado não são de boa qualidade. “Essas sacolinhas de mercado não valem nada! Além de a gente passar raiva, porque rasgam com facilidade e nem para colocar no lixo servem. Comprei essa bolsa (ecobag) que dá pra colocar mais produtos e para carregar


pois então, e o lixo vai para a rua como? desembalado? em sacos de lixo ditos biodegradáveis mas que não são de verdade? em caixas de papelão? será que não sabem que o papel se torna mais poluente que o plástico? no supermercado Pão de Açúcar os sacos de lixo chegam a custar 36,oo reais...
Vamos ter o aumento de baratas, ratos e pernilongos e outros bichinhos mais?
Onde será que a sra da reportagem, extremamente esclarecida e consciente embala o lixo? nas sacolas de pano que também poluem mais que o plástico?
gente...que abuso!

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Mensagem  fadinha Sáb 10 Mar 2012 - 18:44

[color=blue]09/03/2012 - 15h29

Conar suspende campanha da Apas contra as sacolas plásticas

30SÃO PAULO - O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) decidiu que a Apas (Associação Paulista de Supermercados) deverá suspender imediatamente sua campanha publicitária contra as sacolas plásticas.

A decisão unânime aconteceu em resposta à representação feita pela Plastivida Instituto Socioambiental dos Plásticos. A acusação contra a campanha se baseou no Código Brasileiro de Autorregulação Publicitária, que trata de “Apelos de Sustentabilidade” na publicidade no Brasil. “Os princípios éticos exigidos no Anexo U não foram respeitados pela campanha, intitulada Vamos Tirar o Planeta do Sufoco”, explica o advogado da Plativida, Jorge Kaimoti.

De acordo com o advogado, a decisão é a prova de que não houve respeito ao consumidor. “Por meio desta iniciativa e considerando o resultado unânime obtido no julgamento, mostramos à sociedade que a publicidade da Apas em questão não respeita o cidadão, caracterizando uma tentativa de propaganda enganosa”, afirma.

Processo
Segundo a ação movida pela Plastivida, o conteúdo da campanha contraria oito itens da ética publicitária no que se refere à sustentabilidade. Além disso, a empresa afirma que, durante o processo no Conar, a Apas não apresentou qualquer dado científico que embase os apelos ambientais citados na campanha. “A campanha não se mostrou verídica, não apresentou informações com exatidão e clareza, não apresentou fontes científicas para comprovar suas posições, ou seja, deixou a concretude, exigida no código”, comenta o presidente da Plastivida, Miguel Bahiense.

Outro ponto abordado pela Plastivida se refere ao fato de que, em momento algum da campanha, a Associação informou ao cidadão que os custos das sacolas já estão embutidos no preço dos produtos e que, apesar de deixar de distribuí-las, estas continuam a ser cobradas indiretamente, caracterizando claro prejuízo econômico ao consumidor, sem qualquer vantagem.

Apas
A Associação informou, por meio de nota, que sua área jurídica aguarda a intimação para conhecer na íntegra as razões que levaram o Conar a decidir pela suspensão da campanha "Vamos Tirar o Planeta do Sufoco". "Somente após tomar conhecimento formal, a Apas irá se manifestar acerca da decisão e das medidas a serem tomadas", informa a nota.[/color


É necessário fornecer as fontes científicas!
O consumidor está sendo enganado!
As sacolinhas biodegradáveis não são biodegradáveis de verdade, transformam-se em pequenos pedaços de plásticos e não há degradação biológica!
Vamos salvar o planeta mas com inteligência, sabedoria e não com enganação!

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Mensagem  fadinha Ter 3 Abr 2012 - 23:29

Olá amigos!

Eles não desistem! querem vender a todo custo as sacolinhas biodegradáveis (não tão biodegradáveis assim, também são feitas de plástico!) ou comuns para os consumidores cujo preço já está incluso na compra.

A notícia:

Sacolas plásticas deixam de ser distribuídas em São Paulo na quarta-feira

Do UOL, em São PauloComentários

63LEIA MAIS

Veja opções para carregar as compras
Os consumidores de São Paulo vão deixar de receber sacolas plásticas gratuitas nos supermercados a partir desta quarta-feira (4). Para levar as compras para casa, o consumidor terá de pagar por sacolas biodegradáveis ou retornáveis, entre outras opções oferecidas pelos supermercados.

O fim da distribuição das sacolinhas é uma iniciativa da Apas (Associação Paulista dos Supermercados) em parceria com a Prefeitura de São Paulo e com o governo do Estado. Segundo a Apas, 95% dos 1.200 associados aderiram à campanha.

Inicialmente, a distribuição deixaria de ser feita em 25 de janeiro. A medida chegou a entrar em vigor, mas em fevereiro um acordo assinado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, Procon-SP e Apas determinou que as sacolas continuassem a ser distribuídas até esta terça (2). O objetivo foi dar mais tempo de adaptação aos consumidores.

Associação diz que 1,7 milhão de sacolas deixarão de ser distribuídas
A expectativa da Apas é que os supermercados deixem de distribuir juntos, em São Paulo, 1,7 bilhão de sacolas plásticas por ano. Segundo o presidente da Associação, João Galassi, a sacola plástica tradicional demora de 100 a 400 anos para se decompor no meio ambiente.

A sacola que estará à venda nos supermercados demora cerca de seis meses para se decompor se for levada a uma usina de compostagem (que decompõe o lixo orgânico) e, fora da usina, dois anos.

Vou colocar alguns dos 63 comentários:

Flávio Rodrigues
ontem
É um absurdo os argumentos da Apas.
1-Sempre pagamos pelas sacolas!!! Eles dizem que elas eram dadas.
2-As sacolas são reutilizadas como comprova estudos!!!! Eles se referem a elas como descartáveis.
3-Querem vender as sacolas compostáveis!!! Estas sacolas necessitam de usinas de compostagem e nossa realidade de descarte é aterros sanitários.
4-Querem vender mais sacos de lixo!!! Se este movimento der certo eles passaram a vender mais sacos de lixo que são feitos dos mesmos materiais das sacolas.
5-Querem vender mais sacolas retornáveis!!!! Como não temos o hábito de levar sacolas as compras muitos consumidores terão que comprar as retornáveis e por várias vezes.
6-Querem oferecer caixas de papelão como alternativa!!! As caixas devem ser recicladas e não ser colocadas para que os clientes levem o lixo gerado por eles, sem contar que as caixas não podem ser reutilizada para estes fins devido contaminações.

Miladynovo


Essa medida é hipocrisia pura! O meio ambiente foi usado como desculpa em mais uma artimanha para arrancar dinheiro do consumidor.
Seremos inclusive obrigados a comprar sacos de lixo, já que as sacolas de plástico que todos usavam para esse fim não mais existirão. (Pergunta que não quer calar: por acaso esses sacos de lixo também são biodegradáveis?)
Os supermercados têm OBRIGAÇÃO de fornecer sacolas, é o mínimo que deveriam fazer por respeito ao consumidor!!! Sugestão: vamos todos fazer compras e, se o supermercado não fornecer as tais sacolas biodegradáveis, largamos tudo no caixa e vamos embora. Que tal?

Waldemir Carnevalli Filho
ontem

Bom dia, a todos! Vale a pena olhar o site da Plastivida que fala sobre a obrigação dos mercados em dar sacolinhas plásticas gratuitamente aos consumidores q exigirem a mesma.
O grande problema que está ocorrendo é que as MÍDIAS não estão divulgando o comunicado do CONAR para a APAS q ordena imediatamente que o acordo seja cancelado e que os mercados deem sacolas para quem exigir a mesma.
quem nao quiser sacolas use caixas mesmo, pois os mesmos q pedem um país sustentável, não param pra pensar que as caixas, provem da celulose que a mesma é feita a partir da madeira.
Espero que quem é a favor da sacolinha, entre no site da PLASTIVIDA, que defende um país sustentavel, mas que nao prejudique o consumidor final. a propósito, voces sabem Quanto custa mais ou menos 1 Kg de sacolinha bio-degradavel? por volta de R$ 10,00 que a mesma vem mais de 1000 sacolas.
Vejam qual é o país dos tolos que irá pagara R$ 0,20 cada sacola. Abraços a todos

Sobre o que o Waldemir escreveu quero completar o seguinte: sacolinhas de papel ou de papelão quando vão para o lixão ao se decompor formam um líquido negro e mal cheiroso chamado de chorume o mesmo líquido que escorreu quando houve os desabamentos nos aterros. polui mais que o plástico.

fadinha

outros comentários:

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/04/02/sacolas-plasticas-deixam-de-ser-distribuidas-em-sao-paulo-na-quarta-feira.jhtm#comentarios










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Mensagem  fadinha Ter 3 Abr 2012 - 23:48

Amigos,

tive que retornar para postar esse comentário ingênuo:

Denisrs

ontem

O meio ambiente, sinceramente, foi o menos lembrado com essa decisão. Oras..usamos os saquinhos de mercado para por lixo..alguns defendem que a matéria prima do saquinho de mercado é virgem...porque não utilizam matéria reciclada, então?Na Europa se cobra 0,02 de euro (R$ 0,05) por sacolinha..porque aqui querem cobrar R$ 0,18?No mercado Assaí se paga R$ 0,12 cada sacolinha (bem grande) e parte da renda vai para a casa Hope. Porque não fazer algo assim em todos os mercados?Pague um valor pela sacolinha e ajude uma instituição, mas com sacolinhas de matéria prima reciclada?Tenho certeza que uma pessoa que usar 5 sacolinhas e gastar R$ 0,60 não vai reclamar se for por uma boa causa.

Que boa causa? agora aqui onde moro vou fazer uma compra na farmácia e lá vem eles querendo "arredondar" o valor em prol de uma ou outra instituição de caridade...imagine: a contribuição é feita em nome da farmácia, que desconta do seu próprio imposto de renda segundo a lei, e quem paga é você! Quanta boa vontade do Assaí! pega a doação dos clientes e desconta do imposto de renda e ainda faz papel de bonzinho...não é demais?

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Mensagem  fadinha Qua 4 Abr 2012 - 0:32

PARA OAB-SP SUSPENSÃO NA DISTRIBUIÇÃO SACOLAS DESAMPARA CONSUMIDOR

Registramos que a suspensão na distribuição de sacolas plásticas fomenta a demissão em massa e desampara o consumidor, diz OAB-SP.
março, 2012

Para OAB-SP, suspensão na distribuição de sacolas plásticas desampara o consumidor e não prestigia o meio ambiente
A TRIBUNA (JALES) - WEB - WEB - 30/03/2012

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB SP) de São Paulo realizou nessa quinta-feira (29), em sua sede na Praça da Sé, um debate para discutir os aspectos jurídicos e do consumidor em torno do tema Sacolas Plásticas. Com abertura do presidente da entidade, Luiz Flávio Borges D”Urso, o evento contou com a participação do advogado José Eduardo Tavolieri de Oliveira, presidente da Comissão de Direito e Relações de Consumo da OAB-SP; Lívio Giosa, vice-presidente da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) e presidente do Instituto ADVB de Responsabilidade Socioambiental; Miguel Bahiense, presidente da Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos e do INP - Instituto Nacional do Plástico, Jorge Kaimoti, advogado da Plastivida, e do vereador Francisco Chagas (PT). Também foram convidados para o debate o Secretário de Estado do Meio Ambiente, Bruno Covas; João Galassi, presidente da Associação Paulista dos Supermercados (APAS) e Paulo Arthur Góes, diretor executivo do PROCON.

No entanto, não houve representação de tais instituições para discutir o tema. Na abertura do debate, o presidente da OAB, Dr. Luiz Flávio D”urso, declarou que “a casa vai realizar outros debates para esclarecer a questão das sacolas plásticas em São Paulo, e para que possa se posicionar da melhor forma em benefício da sociedade”, e admitiu que toda a discussão em torno do tema fez com que ele descobrisse que as sacolinhas plásticas não são as vilãs do meio ambiente. “Descobri, por exemplo, que elas podem ser recicladas”.

Entre os convidados, Lívio Giosa, do Instituto ADVB, comentou que as sacolinhas plásticas são o terceiro item de custo dos supermercados, e que elas representam apenas 0,2% do lixo nos aterros sanitários.

Giosa também afirmou que a sustentabilidade não foi considerada no acordo da APAS, para bani-las voluntariamente dos supermercados de São Paulo.
Já Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, foi mais enfático. “O Governo de São Paulo e a APAS nunca apresentaram dados científicos que mostrassem que as sacolas plásticas não são sustentáveis. A Plastivida foi buscar estudos que comprovam que as sacolas plásticas são o meio mais sustentável de se carregar as compras, os que oferecem o menor risco de contaminação, além de serem a preferância da população”, completa.

Para Jorge Kaimoti, advogado da Plastivida, a suspensão na distribuição das sacolas plásticas é um deserviço à população. Ele ainda explicou que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) só se aplica quando há lei. Segundo ele, o TAC assinado pela APAS, Ministério Público e Procon, além de não ter validade jurídica, pois não há lei vigente no estado de São Paulo, desconsidera os direitos do consumidor, pois coloca prazo (60 dias) para que ele se adapte a não ter mais as sacolas plásticas oferecidas pelos supermercados - um produto que é de seu direito -, já que as sacolinhas continuam sendo cobradas com valores embutidos nos produtos.

O vereador Francisco Chagas (PT), representante dos trabalhadores, também deu sua opinião sobre o assunto e expôs a situação da categoria no tratado entre o Governo de São Paulo e a APAS: “O acordo impactou 30 mil empregados diretos, e 100 mil indiretos”, afirma Chagas. E completa: “o acordo foi assinado da noite para o dia, sem a participação da indústria ou de representantes dos trabalhadores, e sem que fosse dito aos consumidores como proceder, nem à indústria como se adequar”.

Por fim, José Eduardo Tavolieri de Oliveira, presidente da Comissão de Direito e Relações de Consumo da OAB-SP, afirmou que a entidade só tomará um posicionamento após a ampliação da discussão, mas que, após o debate, alguns pontos ficaram bem esclarecidos: “registramos que a suspensão na distribuição de sacolas plásticas fomenta a demissão em massa e desampara o consumidor, que precisa ter um meio de transportar suas compras. Além disso, em nenhum momento essa campanha prestigia o meio ambiente”, concluiu.

Situação das sacolinhas plásticas no Estado de SP

Não há lei que proíba a distribuição de sacolas plásticas no Estado de São Paulo.

O que está ocorrendo é um acordo voluntário encabeçado pela Associação Paulista dos Supermercados (APAS) e pelo Governo do Estado de São Paulo, a fim de que os supermercados não distribuam mais sacolinhas.
Denominada “Vamos tirar o planeta do sufoco”, a campanha sofreu forte rejeição da população e em 1º de março, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) decidiu por unanimidade que a campanha publicitária da APAS contra as sacolas plásticas deve ser suspensa por se tratar de propaganda enganosa.
De acordo com a decisão, “os princípios éticos exigidos no Anexo U do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária não foram respeitados pela campanha.
Segundo apurou o Conar, a campanha contraria os oito itens da ética publicitária no que se refere à sustentabilidade.
Durante o processo no CONAR, a APAS não apresentou qualquer dado científico que embase os apelos ambientais citados na campanha.




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Mensagem  fadinha Seg 28 maio 2012 - 13:47

E a historia continua...

5 horas por blogdorizzattonunes
Ainda as sacolinhas plásticas e outros abusos das vendas casadas
Por Rizzatto Nunes


É impressionante ver como há empresários que se especializaram em burlar as leis de proteção ao consumidor com o único e exclusivo objetivo de auferir lucro, mas uma espécie de lucro exagerado, sem fim. A ganância é mesmo uma das bases do sistema capitalista contemporâneo. E, atualmente, os maiores violadores do sistema são exatamente aqueles que não precisariam fazê-lo, pois seus ganhos são por demais excessivos.

Lembro um caso que já tive oportunidade de contar e que atinge muita gente: o do zelador do prédio onde mora meu amigo Outrem Ego. Ele foi a uma agência bancária solicitar um empréstimo de apenas R$500,00. Pediram-lhe toda a documentação de praxe e ele a levou. Aprovado o empréstimo, trouxeram-lhe o contrato e também outro documento para assinar: tratava-se de um seguro residencial. O zelador, então, disse que nem casa ele tinha, pois morava com sua família no apartamento pertencente ao condomínio.
Não adiantou: o funcionário do banco disse que para receber o empréstimo ele tinha que fazer o seguro. E, olha, não foi pouca coisa. Para um empréstimo de apenas R$500,00 “enfiaram-lhe pela goela abaixo” (desculpe-me a expressão, mas ela é adequadíssima) R$64,20 ou o equivalente a 12,84% do total emprestado!

Esse episódio, tão corriqueiro como, infelizmente, qualquer assalto à mão armada em plena rua de uma cidade brasileira, nos joga na cara esse lado estranho da condição humana que criou a hipocrisia e mais ainda o cinismo. Lendo-se a apólice de seguro, percebe-se a farsa, a comédia e a tragédia. Nosso zelador-consumidor (assim como qualquer um de nós) vive oprimido pelo abuso que as grandes corporações do capitalismo dito neoliberal (descontrolado) lhes impinge. Ele, morador de um apartamento dentro do condomínio no qual trabalha, acabou fazendo seguro contra “queda de raio” com coberturas contra “vendaval e fumaça” !

Não gostaria de voltar ao assunto que considero por demais conhecido, que é o das sacolinhas plásticas que passaram a não ser mais entregues gratuitamente nos supermercados do Estado de São Paulo. Todavia, sou obrigado a voltar ao tema porque a prática é tipicamente uma operação casada, que é vedada pelo Código de Defesa do Consumidor. Na realidade, o que se constata é que obrigar o consumidor a adquirir uma sacola, qualquer que seja ela, de plástico, papel ou tecido, para poder levar consigo os produtos que adquiriu no próprio estabelecimento comercial, é uma típica operação casada porque obriga o consumidor a comprar e pagar por algo que não queria comprar e muito menos pagar. E a regra estabelecida atualmente pelos empresários do setor é esta: leva nos braços ou paga pela sacola.

Faço aqui um parêntese para apresentar algumas colocações trazidas por Outrem Ego. Disse ele o seguinte: “Imagine que um consumidor vai a uma joalheria adquirir um par de brincos para sua namorada. Após escolher o produto, perguntar o preço e concordar em comprá-lo, ele diz:’ vou pagar com cartão de crédito’. A vendedora então pergunta:’ o senhor vai levar os brincos na mão?’. Ele responde: ‘não, na caixinha’, ao que ela devolve: ‘bem, é que a caixinha para colocar os brincos custa R$ 10,00’… Imagine agora a consumidora que vai a uma loja de esportes adquirir um par de tênis. Ela compra os tênis, vai ao balcão, faz o pagamento e o vendedor lhe entrega o par solto na mão. Daí ela diz:’ eu gostaria de levar os tênis na caixa’ e o vendedor responde:’ são mais R$ 15,00’.“

Outrem Ego, com razão, mostrou que os exemplos poderiam multiplicar-se indefinidamente porque, claro, quando o consumidor compra qualquer produto, esse produto tem que ser entregue em condições nas quais ele possa levá-lo consigo. Não tem sentido comprar algo e ter de pagar pelaembalagem. Isso seria operação casada, abusiva e ilegal, assim como também o é o da venda de sacolas pelo supermercados.

• A operação casada é proibida

A chamada operação casada ou simplesmente venda casada é uma imposição feita pelo fornecedor ao consumidor. Ela se dá quando o vendedor exige do consumidor que para ele comprar um produto tem que obrigatoriamente adquirir outro (o mesmo se dá com os serviços).

Algumas dessas operações são bem conhecidas. Dentre elas estão certas imposições feitas por bancos para abrir conta ou oferecer crédito, como, por exemplo, somente dar empréstimos se o consumidor fechar algum tipo de seguro (residencial, como o do zelador ou seguro de vida). Outro exemplo é o do comerciante que só serve a bebida no bar se o consumidor comprar um prato de acompanhamento etc.

Alguns cinemas estão também operando ilegalmente quando deixam que o consumidor entre na sala de exposições com comidas compradas no próprio local (sacos de pipocas, refrigerantes etc), mas impedem que ele leve consigo o produto comprado fora do local ou que tenha levado de casa. O expositor pode até impedir que todos entrem com comida, mas se permite que ela seja consumida após adquirida ali mesmo, não pode impedir que o consumidor a traga de fora. É uma prática abusiva casada às avessas, pois quer forçar o consumidor a comprar os produtos vendidos no local.

Outrem Ego lembrou o caso das pizzarias. Há algumas que vendem pizzas de mais de um sabor, mas cobram pelo preço da mais cara. Por exemplo, se uma pizza de camarão custa R$70,00 e uma de mussarela custa
R$30,00 e o consumidor pede meio a meio (meio de camarão, meio de mussarela) é cobrado R$70,00. Um absurdo. O preço somente pode ser de R$50,00, que corresponde à metade do preço de cada uma. Essa é também uma espécie de operação casada travestida, pois impõe o preço mais caro para o consumidor que quer comprar a pizza meio a meio.

Um setor que pratica bastante a operação casada é o de venda de automóveis e seus conhecidos opcionais. Muitas vezes o consumidor tem de comprar o veículo com o “opcional” na marra e, na maior parte dos casos, os preços anunciados não incluem os mais desejados.

Isso e muito mais é simplesmente ilegal e abusivo e dependendo do tipo de operação, o consumidor pode aceitá-la no momento do fechamento do negócio para, em seguida, anular parte dele. Por exemplo, se for caso de banco que exige que seja feito um seguro para obter um empréstimo, o consumidor pode primeiro obter o empréstimo e, depois, cancelar o seguro, o que pode ser feito até de forma bem simples com o envio de uma carta/notificação tratando do abuso e exigindo o cancelamento.

• Operação casada legítima
Só para não esquecermos: Apesar da proibição, existem exceções para algumas operações casadas.
É que certas exigências casadas são legítimas, dentro de critérios razoáveis. Assim, por exemplo, o comerciante pode se negar a vender apenas a calça do terno, por motivos óbvios. Da mesma maneira, o industrial pode embalar o sal em pacotes de 500 g, mesmo que o consumidor queira adquirir apenas 200 g etc.




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Mensagem  fadinha Sex 31 Ago 2012 - 9:26

Olá.


para encerrar o assunto...as sacolinhas estão de volta.
Que o poder público e os maus empresários não pensem que podem fazer a população de boba pois como sabemos a mentira tem perna curta. Mas não me esquecerei dos políticos responsáveis nas eleições.


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Mensagem  fadinha Qui 30 Jan 2014 - 11:27

Olá amigos.

Fica uma pergunta: de onde eles pensam que vem o papel e como consequência o jornal? será que não sabem que o papel vem de milhares de árvores cortadas todos os dias? preservar um meio ambiente destruindo outro?

fadinha


Aprenda a forrar lixo com jornal e aposente sacos plásticos

Dobradura de papel é alternativa ecológica para cobrir cestos pequenos como os usados na cozinha e no banheiro

O principal dilema de quem quer reduzir o número de sacolas plásticas em casa é ter algo para forrar o lixinho da cozinha e do banheiro de forma limpa e organizada. Depois de muito pensar em uma forma mais consciente de descartar o lixo, Juliana Valentini, desenhista industrial e autora do blog “De Verde Casa”, encontrou a solução em uma paixão de criança, o origami.

“A ideia caiu do além na cabeça. Pensei em materiais que temos sempre à mão, lembrei do jornal e pensei no copinho de origami que tinha aprendido a fazer quando era criança”, explica. A alternativa foi fazer um copinho em proporções bem maiores, usando jornal. Com duas folhas sobrepostas e dobradas é possível confeccionar um copão resistente a vazamentos e rasgos, que cabe perfeitamente na maior parte dos cestos de lixo para banheiro e cozinha.



A dica é recolher os saquinhos de jornal e ir colocando em um cesto de lixo maior na área de serviço – este sim, forrado com um saco que pode ser de plástico biodegradável para ser recolhido pelo caminhão de lixo.

De acordo com Juliana, a medida ajuda consideravelmente a diminuir o plástico descartado. Se você joga as sacolinhas de supermercado em um saco de lixo maior está embalando plástico com plástico. O saco de dentro demora mais para se deteriorar porque não está em contato com os agentes da natureza como sol e chuva.

A designer lembra, ainda, que forrar cestos de lixo com saquinhos de papel não é um método apropriado só para quem assina jornal e tem grande quantidade do produto em casa. “Compro jornal apenas no final de semana. Como não tenho tanto volume de lixo, dá para a semana toda”, afirma Juliana.

http://vidaeestilo.terra.com.br/casa-e-decoracao/faca-voce-mesmo/aprenda-a-forrar-lixo-com-jornal-e-aposente-sacos-plasticos,26a0e00d87ed3410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html

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