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RUMO A 2012: CAEM OS DITADORES? A VEZ DO "MUNDO" ÁRABE

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Mensagem  fadinha Dom 30 Jan 2011 - 12:11

Olá amigos.

Estamos chegando em 2012 e assistindo ao início de conflitos dentro de países como a Tunísia e Egito que podem se espalhar por todo o Oriente Médio ameaçando ditadores que oprimem o povo há décadas.
Depois do caos, a paz.
Vamos esperar que uma nova civilização surja nesse espaço do mundo e que os conflitos sejam resolvidos e a união dos povos aconteça.

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Protestos no Egito: um 1989 árabe?

É possível que estejamos vivendo um "1989 árabe", ou ao menos, magrebino. Depois da rebelião na Tunísia, os impressionantes protestos contra a ditadura de Hosni Mubarak no Egito levantam a chance de uma mudança importantíssima, com consequências para o Norte da África e para o Oriente Médio.

Já escrevi neste blog sobre o longo declínio do Egito nos últimos 30 anos. O país que foi um dos centros mais importantes do pan-arabismo tornou-se uma ditadura estagnada economicamente, com um regime decrépito e sem apelo ideológico. As especulações sobre a capacidade do general Mubarak em transmitir o poder a seu filho ganharam nova intensidade com o impacto da rebelião democrática na Tunísia, cujo efeito no Egito tem sido devastador.

Os protestos atuais são as mais impressionantes manifestações públicas desde os dias de Nasser - ainda mais significativos porque desta vez ocorrem contra o governo, o que não é pouca coisa diante de um regime autoritário com longo histórico de violência contra seus opositores, sejam os democráticos, sejam os fundamentalistas islâmicos - e o Egito é um dos berços do movimento.

À semelhança da Tunísia, a incipiente rebelião egípcia é motivada pela falta de oportunidades econômicas e pelo desgosto com a corrupção no governo. Internet, celulares e novas mídias desempenham papel importante na organização e mobilização dos manifestantes. A juventude tem sido protagonista, de modo trágico: enquanto escrevo, já foram seis os rapazes que atearam fogo ao próprio corpo, seguindo o exemplo do rapaz tunisiano cujo suicídio detonou a rebelião.

Há, porém, um elemento fundamental que torna o Egito um caso muito mais explosivo que a Tunísia: o país tem papel-chave no conflito árabe-israelense, sendo desde a década de 1970 um aliado dos Estados Unidos e tendo assinado um acordo de paz com Israel. A guinada diplomática veio após 25 anos de guerras e uma aliança malsucedida com a União Soviética, e custou a vida ao presidente Anwar Sadat. Seu sucessor, Mubarak, aprendeu a lição e reprimiu duramente os dissidentes, introduzindo reformas muito tímidas, sobretudo no sentido de um pouco mais de autonomia ao judiciário.

A teoria da paz democrática afirma que regimes dessa natureza não travam guerras entre si. Essa formulação foi feita pensando basicamente nos casos da Europa e da América do Norte e não num cenário regional marcado pela polarização política e intensos conflitos nacionais, religiosos e culturais. Uma mudança de regime no Egito provavelmente trará, pelo menos no curto prazo, mais instabilidade ao Oriente Médio, pois os líderes do país terão que lidar com fortíssimas pressões de sua base social para, digamos, ações mais decisivas em defesa dos palestinos em Gaza. Contrabalanceada pelo que será enorme campanha internacional para que o governo no Cairo mantenha sua posição diplomática diante das alianças da região.

Ainda é cedo para prever se os manifestantes conseguirão depor Mubarak, ou se o ditador conseguirá se manter no poder por meio de uma combinação de repressão e reformas pontuais. Mas me impressionou a declaração de um dos rapazes rebeldes, afirmando que quer mudar o regime, e não apenas o presidente. Ventos de mudança sopram pelo mundo árabe.
Postado por Mauricio Santoro às 08:00
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Mensagem  fadinha Dom 30 Jan 2011 - 12:31

Só para lembrar:

A quinta profecia maia :

Todos os sistemas que se baseiam no medo sofrerão uma drástica mudança junto com o planeta e o homem passará por uma transformação para dar caminho a uma nova e harmônica realidade. Os sistemas falharão e o homem terá de olhar para si a fim de encontrar uma resposta para reorganizar a sociedade e continuar o caminho à evolução, que o levará a entender a criação.

A sétima profecia :

Esta profecia aponta que, entre os anos 1999 e 2012, uma luz emitida do centro da Galáxia sincronizará todos os seres vivos e permitirá que voluntariamente iniciem uma transformação interna que produzirá novas realidades. Os maias mencionam que cada um terá a oportunidade de mudar e quebrar suas limitações, criando uma nova era, em que a comunicação será pelo pensamento. Os limites desaparecerão, uma nova era de luz e transparência terá início e as mentiras desaparecerão.

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Mensagem  Convidad Seg 31 Jan 2011 - 10:13

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Cool
http://www.latimes.com/news/nationworld/world/la-fg-egypt-protest-pictures,0,6051761.photogallery

Convidad
Convidado


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Mensagem  fadinha Seg 31 Jan 2011 - 13:54

O-panka...

lindas fotos, inspiradoras.

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E os ditadores tremem nas bases com medo do efeito dominó no Oriente Médio:

Os protestos no Egito foram supostamente inspirados pelas manifestações que levaram à derrubada do governo da Tunísia, no início do mês, gerando o temor em muitos países da região de um possível efeito dominó. Milhares de pessoas vêm protestando também desde a semana passada contra o governo no Iêmen, pedindo a renúncia do presidente

Egito gera reações cautelosas e temor entre árabes e muçulmanos
31 de janeiro de 2011 • 11h08 • atualizado às 13h24


Foto: AP

As incertezas provocadas pelos protestos populares contra o governo egípcio vêm gerando uma série de reações cautelosas entre outros países árabes e muçulmanos nos últimos dias.

Os protestos no Egito foram supostamente inspirados pelas manifestações que levaram à derrubada do governo da Tunísia, no início do mês, gerando o temor em muitos países da região de um possível efeito dominó. Milhares de pessoas vêm protestando também desde a semana passada contra o governo no Iêmen, pedindo a renúncia do presidente.

Nesta segunda-feira, um estudante foi morto em Cartum, capital do Sudão, após as forças de segurança locais terem disparado contra manifestantes que protestavam contra o governo, inspirados pelos protestos egípcios.

Manifestações populares também foram registradas em países como Argélia, Jordânia, Arábia Saudita e Líbano, onde centenas de pessoas protestaram contra o aumento dos preços de alimentos e combustíveis e contra aumentos de impostos.

Irã
No Irã, o presidente do Parlamento, Ali Larijani, declarou apoio às manifestações populares no Egito e criticou o Ocidente, afirmando que "a essência de uma revolta não pode ser alterada por meio de falsas propagandas".

Sem mencionar o nome do líder oposicionista egípcio e prêmio Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, que retornou ao país na semana passada para se juntar aos protestos, Larijani acusou o Ocidente de promover "uma ação oportunista" ao tentar "introduzir algumas falsas figuras como líderes principais de sua revolução".

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, não fez referência direta ao Egito, mas disse que é dever dos iranianos "esclarecer a mensagem da Revolução Islâmica de 1979" e "enfrentar as estruturas arrogantes de poder e administração e também organizar a futura administração do mundo".

As autoridades de linha-dura do Irã vêm buscando capitalizar os levantes das últimas semanas, afirmando que eles são uma repetição da revolução de 1979, que derrubou o regime pró-americano do xá Reza Pahlevi e levou os clérigos islâmicos ao poder.

A oposição iraniana, porém, tem outra visão sobre os protestos no Egito. O ex-candidato presidencial Mir Hossein Mousavi comparou os protestos egípcios às manifestações populares no próprio Irã em 2009, após as eleições presidenciais nas quais Mousavi foi derrotado pelo presidente Ahmadinejad, acusado de fraude.

As manifestações contra a reeleição de Ahmadinejad foram as maiores no Irã desde a Revolução Islâmica de 1979.

Apoio
Apesar de declarações cuidadosas em toda a região, o presidente do Egito, Hosni Mubarak, recebeu algumas declarações de apoio.

O rei Abdullah, da Arábia Saudita, afirmou no sábado que "nenhum árabe ou muçulmano pode tolerar qualquer intromissão na segurança e na estabilidade do Egito árabe e muçulmano por aqueles que se infiltraram entre a população em nome da liberdade de expressão, para infiltrar seu ódio destrutivo".

A Arábia Saudita e o Egito são os dois mais importantes e poderosos aliados americanos entre os países árabes e eram comumente vistos como ilhas de estabilidade na região.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, telefonou a Mubarak para afirmar sua "solidariedade com o Egito e seu comprometimento com a segurança e a estabilidade" do país, segundo assessores.

Outro a se manifestar sobre as manifestações no Egito foi o presidente da Síria, Bashar al-Assad, que disse, em declarações publicadas pelo jornal americano The Wall Street Journal, que os protestos representam "uma nova era" no mundo árabe.

Apesar disso, Assad afirmou que seu país está "imune" a esse tipo de agitação. O presidente sírio afirmou que seu governo é estável, apesar de enfrentar mais "circunstâncias difíceis" na economia do que o restante do mundo árabe.



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Mensagem  fadinha Ter 1 Fev 2011 - 23:19

Analistas: ganância e despotismo são fontes da revolta árabe

Os povos árabes estão se rebelando contra dirigentes "corruptos" e "arrogantes", acusados de administrar o Estado como se fosse uma propriedade particular, e contra um modelo que combina a "abertura selvagem dos mercados e um despotismo medieval", estimam analistas. Ao examinar as causas da onda de manifestações que abalam os países árabes, Bourhane Ghalioune, diretor do Centro de Estudos Árabes da Sorbonne de Paris, destaca a existência de uma "elite corrupta, apoiada pelos países ocidentais".
"Seu único estímulo é a acumulação de riquezas, quando seus predecessores exibiam uma vontade de mudar a vida dos mais pobres", indica Ghalioune.

"Além disso, os dirigentes que se agarram ao poder há 30 anos querem que a sucessão ocorra em família, o que a população percebe como uma provocação", afirma Ghalioune, professor de sociologia política, de origem síria.

Na Síria, por exemplo, Bashar al Assad sucedeu o pai, morto no ano 2000, enquanto Hosni Mubarak deseja transmitir o poder ao filho Gamal no Egito.

A queda do presidente tunisiano Zine El Abidine Ben Ali, após 23 anos no poder, e a onda de protestos sem precedentes que Mubarak agora enfrenta simbolizam "o fracasso de um modelo que combina uma abertura selvagem para os mercados a um despotismo medieval", destaca o catedrático da Sorbonne.

"As regiões do Oriente Médio e do norte da África são as mais repressoras do mundo, onde 16 de 20 países podem ser classificados como autoritários", explica Ghalioune, referindo-se às categorias estabelecidas pela Economist Intelligence Unit (EIU).

Iraque, Líbano, a Autoridade Palestina e Israel são considerados "regimes híbridos", e todos os demais são catalogados como autoritários.

Todos os países estão situados na metade inferior do tabuleiro mundial, que inclui 167 países.

Outro catedrático, Ghassan Salamé, professor de Ciências Políticas em Paris, fala em uma evolução calamitosa nos últimos 30 anos, embora o mundo árabe esteja familiarizado com a tirania desde a descolonização.

"Burguiba e Bumedian viviam de forma austera e não consideravam o Estado como sua propriedade", afirma Salamé.

Habib Burguiba, pai da independência tunisiana, governou durante 30 anos a partir de 1957, e Huari Bumedian presidiu a Argélia de 1965 a 1978.

Para Salamé, "nos anos 70, esses regimes começaram a se voltar para o neoliberalismo, utilizando-o para seu proveito, e a governar de forma corrupta, apoderando-se de setores inteiros da economia".

A revolta nasceu da rejeição a uma minoria que enriquece enquanto a maioria vive na pobreza, e reivindica a liberdade de expressão.

"As sociedades árabes estavam a ponto de explodir há anos. Que a faísca tenha saltado na Tunísia e o fogo tenha se espalhado pelo Egito foi uma coisa do acaso", argumenta Paul Salem, diretor do Centro Carnegie para o Oriente Médio, com sede em Beirute.

"O mais notável nestas revoltas é que as metas que mobilizam milhares de pessoas na Tunísia e no Egito são os direitos humanos e civis, a democracia social e a justiça econômica", diz Salem.

"Trata-se de um programa democrático, não ideológico", destaca.

"Nos últimos 30 anos, a única oposição verdadeira aos regimes autoritários era o movimento islâmico. Mas, na realidade, os movimentos no Egito e na Tunísia conseguiram em poucas semanas o que os partidos islâmicos não conseguiram em décadas".

"Isso prova que a democracia tem atualmente uma ressonância mais potente que o islamismo, o nacionalismo árabe ou as ideias de esquerda", conclui Salem.




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Mensagem  fox_2001 Qui 3 Fev 2011 - 18:49

Oportuno tema cara amiga,
Se esta mudança no mundo árabe não cair em mão de governos religiosos islâmicos extremistas, então temos seguramente sem margem de duvidas a mudança necessária , onde mulheres e homens serão tratados igualmente.
Um SER muito sábio proferiu estas palavras "quando vires nação contra nação sabei que o fim esta próximo", especulou-se durante muito tempo que seria país contra país agora vemos que e constatamos que a nação (país)revolta-se contra ela própria tentando-se libertar do polvo que foi engordando a sua riqueza e suprimindo a do povo, duvidas não haverá para quem nunca as teve a Ascenção mudança está curso e se como o vento que que varre as folhas assim levará esta forma egoísta e materialista que corrompe esta débil Humanidade , o Reiki é um sistema de cura, assim como o Amor a lealdade e fraternidade curaram as feridas nos corações não amados dos Homens e Mulheres.
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Mensagem  fadinha Sex 4 Fev 2011 - 0:26

É verdade, amigo,

corre esse risco...que não queremos, nós que não professamos o Islamismo.
Mas tal e qual acontece no Brasil, hoje, quem decide eleição são as regiões mais populosas que defendem os seus interesses e de tal forma se comporta a tendência para o mundo. Queiramos ou não. Enquanto o mundo islâmico cresce o mundo cristão diminui por uma questão de melhoria de vida e consequente diminuição de nascimentos.
Veja só a notícia que encontrei, é interessante.

Os Conflitos no Mundo Árabe e o Cristianismo
Clóvis Santana

http://clovisliter.blogspot.com/2011/02/os-conflitos-no-mundo-arabe-e-o.html

Desígnios?


“Naquele dia, terás imaginações no teu coração e conceberás mau desígnio. (...) Virás, pois, do teu lugar, dos lados do norte, tu e muitos povos contigo, montados todos a cavalo, grande multidão e poderoso exército; subirás contra o meu povo de Israel, como nuvem, para cobrir a terra. Nos últimos dias, hei de trazer-te contra minha terra.” (Ez. 18.10; 15:16)


Quando percebi a grandiosidade das revoltas nos países árabes ao norte da África, pensei: “tem alguma coisa muito estranha acontecendo”.

Vendo toda aquela multidão nas ruas em mais de cinco países querendo derrubar seus governos ditatoriais de uma média de trinta anos de poder... comecei a ter prognósticos em nada bons sobre o futuro da humanidade. Enfim, na minha concepção haverá fogo porque há fumaça. Aí é claro, virá aqueles que poderão dizer alguma coisa sobre pessimismo; algo como desencantamento do mundo; mito conspirativo e o caralho a 4. Todavia, as evidências falam por si próprias.

Anteontem, em minha odisseia em diversos telejornais ouvi um cientista político falando que o Egito ruim sem Mubarak, pior poderá ser sem ele... Oh! A declaração se dá pelo fato de o Egito, mesmo tendo tido guerreado contra Israel nas guerra dos 6 dias, juntamente com a Jordânia; desde 1979 tem um acordo de paz com Israel mediado pelos Estados Unidos e o montante de um bilhão de dólar anual enviado por este ao ditador. Juntamente a isso, o envio de armamento de guerra torna o Egito o 10º maior e mais poderoso exército do mundo. Ou seja, o Egito e Mubarak, mesmo num governo ditatorial, eram muito importantes para a América porque o Tratado de paz trazia “equilíbrio” entre o mundo árabe e o mundo globalizado ocidental. Mubarak esteve no centro desses dois mundos- representava a neutralidade entre o mundo globalizado e o mundo árabe e, poderíamos levantar uma hipótese de que a intifada islâmica se cansou disso? Só sei que há fumaça.

O Egito tem aproximadamente 70 milhões de habitantes e mais de 80% da população são islâmicos.

Todo o temor agora se dará pela possível subida ao poder de radicais islâmicos que adoram explodir pessoas que não obedecem a Alá.

Primeiro tivemos a Tunísia com a derrubada do ditador e posteriormente o Iêmen; o grande levante no Egito e toda grande estrutura política que os muçulmanos estão arquitetando (só que eles não sabem disso, a população, por exemplo, é uma grande massa de manobra política que reivindica trabalho e queda da inflação e não sabe sobre desígnio).

Com todo esse evento que já entrou na História, o mundo globalizado poderá e será ainda muito mais afligido por radicais islâmicos que poderão tomar o poder no Egito e nos outros países que estão derrubando seus governos. O equilíbrio geral no oriente médio será esfacelado e Israel será o primeiro a sofrer com as perseguições islâmicas questionando enfaticamente a Resolução da ONU de 1948 que reconheceu a independência do Estado de Israel.

Posterior a essas revoltas, teremos então daqui a algumas décadas, países como a Rússia, a Síria, a Pérsia, o Líbano, a Tunísia, o Iraque e o próprio Egito na ofensiva contra os judeus e consequentemente contra o cristianismo.

Não querendo ser presunçoso, mas, todas essas revoltas eu já sabia. Que aconteceriam e que virão a se tornar uma grande estrutura política muçulmana (neste caso referente aos seguidores efetivamente do extremismo islâmico que já vem preparando terreno político para isso). Para quem quiser tomar conhecimento das evidências que estão se mostrando na História- leia a Bíblia. Está tudo lá.

Vista a informação num site (Renascença), transcrevo uma notícia de última hora e que também foi transmitida recentemente por alguns canais da televisão aberta. O fato é: a população muçulmana mundial crescerá duas vezes mais do que o restante do mundo durante as próximas décadas, altura em que o crescimento deverá abrandar, segundo um estudo da Pew Reseanch Center. Neste momento estima-se que 23.4% da população mundial é muçulmana. O número deverá aumentar para 26.4% em 2030. Todavia, esse crescimento não chegará ultrapassar o número de cristãos, que neste momento ronda os 30 à 33%.

Mesmo que o estudo desmente que a Europa se tornará um bastião islâmico, penso o contrário e sim, a Europa já vem registrando todo esse aumento significativo no seu território. Para o estudo, mesmo em países como França e Reino Unido, que tem uma significativa população islâmica, o número não deverá ultrapassar os 8%; enquanto a Bélgica e o Luxemburgo registrarão cerca de 10%.

O estudo da Pew prevê ainda que o Paquistão ultrapasse a Indonésia como maior país muçulmano em termos demográficos e que a Nigéria passe a ter mais muçulmanos que o Egito.

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Mensagem  fadinha Sáb 5 Fev 2011 - 18:58

Porém,

parece que a Irmandade Islâmica pretende ficar à parte...

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Irmandade Muçulmana: não há "revolução islâmica" no Egito

(10h30) A Irmandade Muçulmana, principal força de oposição no Egito, não quer "que a insurreição no país" contra o regime do presidente Mubarak seja interpretada como uma "revolução islâmica", segundo declarações de seu porta-voz Rashad al Bayumi, em entrevista concedida à edição da próxima segunda-feira à revista alemã "Der Spiegel". "Nos manteremos num segundo plano" durante as manifestações, por "não querer que elas sejam apresentadas como uma revolução da Irmandade Muçulmana ou islâmica. É um levantamento do povo egípcio", diz al Bayumi

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/02/05/protestos-no-egito-chegam-ao-12-dia-acompanhe-as-ultimas-noticias.jhtm


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Mensagem  fadinha Qui 10 Fev 2011 - 10:51

Ao contrario do que podemos pensar, por falta de notícias, a revolta no Egito aumentou muito.
Força, povo egípcio! a Liberdade é um direito de todos!

fadinha

Artistas criaram um vídeo para homenagear as manifestações contra o ditador Hosni Mubarak, que já duram 16 dias no Egito.



http://www1.folha.uol.com.br/mundo/873176-artistas-fazem-video-em-homenagem-a-protestos-no-egito-assista.shtml

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Mensagem  fadinha Qui 17 Fev 2011 - 11:21

Olá amigos.

Quiroga falando sobre o fim da tirania...



O FIM DA TIRANIA.

Data estelar: Sol e Netuno em conjunção, Vênus e Saturno em quadratura; Lua é quase Cheia em Leão.


A revolta contra a tirania que explodiu no Oriente não é diferente da revolta que se cozinha a fogo lento nos países denominados emergentes, nos quais imperam políticas coercivas e injustas que exploram os cidadãos em troca de absolutamente nada. Pagamos ao governo por segurança, limpeza, habitação, por transitar pelas ruas. Em troca o governo, na sua incompetência administrativa, nos oferece ruas sem sinalização e esburacadas, falta de saneamento básico e uma malha de corrupção que mais serve de exemplo ao crime do que incentivo a se fazer a coisa certa. Este é o espírito de tirania perante o qual todo cidadão de bem desenvolve sua justa revolta, sua guerra santa. O fim da tirania está escrito com a mão de ferro do destino.



http://www.astrologiareal.com.br/(sbq0lguegyljuzjrw1ihygur)/index.aspx

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Mensagem  estel Qui 17 Fev 2011 - 13:28

Adorei a "data estelar", me lembrou Jornada nas Estrelas.

Tomara mesmo irmãzinha que seja o início da revolta contra todas as formas de injustiças neste mundo.

Ninguém aguenta mais.


Abraços,
Estel.

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Mensagem  fadinha Seg 21 Fev 2011 - 10:05

Olá amigos.

A convulsão social nos países árabes continua. Tremem os ditadores!
Que bom! o povo enfim se revoltando e dizendo o que quer.

fadinha


A primavera árabe se espalha

De onde o continente africano encontra o oceano Atlântico, no Marrocos, cruzando a extensão dos mares Mediterrâneo e Vermelho, englobando a península arábica para atravessar o golfo Pérsico até os limites da Ásia, no Irã, mais de 300 milhões de pessoas vivem em uma região sob ameaça de convulsão social decorrente de eventos que podem representar a maior redistribuição de forças no tabuleiro geopolítico global desde o fim do comunismo no Leste Europeu. A expressão barril de pólvora nunca fez tanto sentido. O artigo é de Wilson Sobrinho.
Wilson Sobrinho (*)

A Primavera Árabe, como parte da imprensa tem se referido aos acontecimentos iniciados em dezembro na Tunísia e que na metade de fevereiro derrubaram o governo do Egito, transformou-se em uma rebelião tão grande que agora já transborda os limites daquele que é um dos verdadeiros parâmetros de grandeza do planeta Terra, o deserto do Saara.

De onde o continente africano encontra o oceano Atlântico, no Marrocos, cruzando a extensão dos mares Mediterrâneo e Vermelho, englobando a península arábica para atravessar o golfo Pérsico até os limites da Ásia, no Irã, mais de 300 milhões de pessoas vivem em uma região sob ameaça de convulsão social decorrente de eventos que podem representar a maior redistribuição de forças no tabuleiro geopolítico global desde o fim do comunismo no Leste Europeu. A expressão barril de pólvora nunca fez tanto sentido.

Argélia – Os argelinos primeiro foram as ruas para protestar contra a alta no preço dos alimentos em janeiro último. Os confrontos deixaram um saldo de 5 mortos e 800 feridos. No sábado (12/02) depois da queda do governo egípcio, mais protestos foram convocados pela oposição. Duas mil pessoas compareceram às ruas da capital Argel. 30 mil soldados os esperavam. Relatos dão conta de que 350 pessoas foram presas na ocasião. Mais protestos estão programados para este final de semana, apesar do estado de emergência, em vigor desde 1992, que proíbe manifestações públicas no país. Na segunda cidade da Argélia, Orã, por exemplo, as autoridades deram permissão para manifestações, contanto que aconteçam em locais fechado.

A dissolução da lei de emergência e a saída do presidente Abdelaziz Bouteflika são algumas das bandeiras dos manifestantes. Bouteflika, que está no poder desde 1999 e recentemente alterou a regra que limitava o número de vezes que pode concorrer à reeleição, anunciou que deverá revogar a lei de emergência em semanas. Nos anos 1990, uma guerra civil ceifou entre 150 e 200 mil vidas no país.

Arábia Saudita – Parcos foram os eventos até agora no país que guarda em seu subsolo um quinto das reservas de petróleo do mundo e que é o alicerce maior dos EUA no Oriente Médio. E poucos acreditam que o pavio saudita possa ser acesso, mas diante de tanta instabilidade ninguém ficará surpreso caso isso aconteça.

Neste sábado (19/02), membros da minoria xiitas do país teriam organizado uma manifestação pacífica e silenciosa em apoio aos seus pares de Bahrein, relata a agência Reuters.

Bahrein – As manifestações começaram no dia 14 de fevereiro, três dias depois da queda de Cairo. Quatro pessoas morreram quando as forças do governo tentavam retirar manifestantes da praça Pérola, na quinta-feira (17/02), em Manama, a capital dessa ilha do golfo Pérsico que abriga a Quinta Frota da marinha dos EUA. No enterro dos mortos, mais violência resultou em pelo menos 50 feridos. O governo, que primeiro pediu que os manifestantes abandonassem as ruas, passou chamar o diálogo, rejeitado pelas forças de oposição sob o argumento de que não há conversa possível com o exército nas ruas.

Com 1,2 milhões de habitantes apenas, essa ilha do golfo Pérsico espremida entre o Catar e a Arábia Saudita está longe de ser a mais desimportante das repúblicas em convulsão. Analistas alertam que Bahrein pode representar a porta de entrada da Arábia Saudita na crise. Já que as demandas da maioria xiita do país são semelhantes a dos xiitas árabes, minoria concentrada na região leste do país.

Egito – Uma semana depois da queda de Hosni Mubarak – o mais espetacular dos eventos alcançados pelos manifestantes nessa onda de revolta árabe até o momento – milhares de pessoas voltaram à praça Tahrir para celebrar o feito. Mas a manifestação pode ser compreendida também como um sinal de alerta às forças armadas que tomaram o poder depois da saída de Mubarak. Depois de derrubar um regime de 30 anos, em 18 dias de protestos, os egípcios sabem que sua revolução ainda não terminou até que o poder provisório dê lugar a um com regras bem claras e estabelecidas.

Iêmen – no sul da península arábica, esse país tem, segundo a revista britânica The Economist, o maior potencial para ruptura social entre todos os envolvidos na revolta até agora. Há 32 anos no poder, Ali Abdullah Saleh anunciou em início de fevereiro que não irá buscar um novo mandato em 2013, nem irá apontar seu filho como herdeiro político. O comprometimento veio depois de uma manifestação que levou 16 mil pessoas às ruas da capital, Sana, pedindo a queda do governo.

No dia seguinte ao anúncio, 20 mil pessoas voltaram às ruas da capital e de outras cidades para reforçar o pedido de fim do regime. Depois da queda de Mubarak, no Egito, manifestações diárias vem acontecendo no Iêmen. A maior delas, na sexta-feira, 18, quando milhares de manifestantes antigoverno foram às ruas da capital. Reprimidos pelo exército e por ativistas pró-governo, que chegaram a atirar uma granada em um grupo de pessoas, a contagem de mortos entre os manifestantes já chega a 12.

Irã – Embora aplauda o levante popular em outras partes do mundo islâmico, Teerã – que divide com a Líbia o posto de maior inimigo dos EUA na região – não quer que o mesmo aconteça em seu território. Por outro lado, a oposição pretende aproveitar a onda de rebeldia para recobrar forças e voltar a desafiar o governo de Mahmoud Ahmadinejad.

Dois manifestantes foram mortos na segunda-feira, dia 14, na capital, em confrontos envolvendo grupos de oposição e forças do governo. Como resposta, a oposição está chamando para domingo, dia 20, uma manifestação contra o governo, que por sua vez colocou os líderes oposicionistas em prisão domiciliar.

Jordânia – Outro país onde as manifestações começaram em janeiro, fomentadas por altas nos preços de comida e energia. Em 28 de janeiro, 3,5 mil ativistas tomaram as ruas da capital, Amã, exigindo a saída do primeiro-ministro e uma ação mais forte do governo em relação ao desemprego e a alta do custo de vida. O rei Abdullah II foi rápido ao intervir e a dissolução do governo foi anunciada em começo de fevereiro. As manifestações seguiram, agora com a oposição pedindo reformas políticas e democracia.

O único confronto registrado até agora na Jordânia aconteceu na sexta-feira, 18 de fevereiro, quando um grupo de manifestantes favoráveis ao governo atacou os oposicionistas com paus e pedras, até a polícia intervir.

Líbia – Excluindo-se o rei da Tailândia e a rainha da Inglaterra, ninguém está no poder há tanto tempo quanto Muammar al-Gaddafi. O homem que comanda a Líbia desde o fim dos anos 1960 viu a revolta oposicionista ser incensada pelos eventos do Egito e da Tunísia. Desde o dia 15 de fevereiro, terça-feira, as manifestações contra Gaddafi são diárias no país principalmente na cidade de Bengasi, a segunda maior do país. Segundo agências internacionais, mas de 80 pessoas já teriam morrido em confrontos entre manifestantes e forças do governo.

Em Trípoli, porém, não há relatos de grandes protestos até o momento e e o único evento relacionado à crise foi uma resposta de seguidores do governo ao protestos convocados pela oposição. Há relatos de que o governo teria bloqueado o acesso à internet no país, ou pelo menos a sites como Facebook e Twitter, armas reconhecidas dos oposicionistas em outros países.

Marrocos – Os protestos em massa no país ainda não ganharam as ruas, mas estão prestes a fazê-lo. A oposição está convocando uma manifestação neste domingo (20/02). Organizados via Internet os manifestantes afirmam não ser um movimento antimonarquia e que apenas querem “um governo que represente as pessoas e não a elite”, como descreveu para a Associated Press nessa semana um dos membros do grupo chamado 20 de Fevereiro.

Tunísia – Quando Mohamed Bouazizi colocou fogo em si mesmo, no dia 17 de dezembro de 2010, como um ato de desespero depois de ter suas mercadorias confiscadas pelas autoridades policiais da Tunísia, ele não teria como imaginar o que se seguiria. O ato do jovem vendedor de rua serviu de gatilho para a Primavera Árabe. Menos de um mês depois, o presidente de mais de 24 anos no comando do país africano havia sido colocado para correr e os portões do inferno haviam sido abertos para todos os déspotas da região.

Mais de 200 pessoas morreram no processo, que ainda não acabou. Apesar da mudança de governo, os manifestantes tunisianos seguem mobilizados para garantir que antigos membros do governo não voltem à cena e que a transição para a democracia ocorra de fato.

(*) Correspondente da Carta Maior em Londres.



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RUMO A 2012: CAEM OS DITADORES? A VEZ DO "MUNDO" ÁRABE Empty Mudanças

Mensagem  fox_2001 Seg 21 Fev 2011 - 18:34

Caros Vivemos a mais alta época de incerteza da historia da Humanidade, a revolução do mundo Árabe é uma incongnita entre o fanatismo religioso e uma democracia justa para homens mulheres e crianças, se presenciar-nos neste futuro muito próximo uma democracia justa, que sirva o povo que defenda as mulheres e crianças e sem uma intromissão na consciência colectiva das aspirações de liberdade, fraternidade e amor ao próximo pela elite fanática religiosa , então regogilemo-nos pois o paraíso está descendo a terra e o homem voltado a sua casa ao embrião da vida.
Pouco ou nada posso opinar mas a chave penso que será a queda ou não do regime iraniano.

Orações; muita Fé, e cura da alma
Namasté
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Mensagem  fadinha Seg 21 Fev 2011 - 23:08

Fox,

só posso concordar com o que você disse.
O que move os povos árabes, o cidadão comum é a grande injustiça social, o descontrole da ambição desses governantes que se arrogam em donos desses povos sofridos e apartados do mundo.
A ganância e o despotismo dos seus governantes são a causa da revolta árabe.
Ditadores corruptos, arrogantes, medievais.
Nunca pensaram em mudar a vida da população cuja maioria é pobre.
São autoritários, tiranos e sanguinários.
Privam o povo de seus direitos civis e humanos, da democracia e justiça econômica há décadas.
Tenho um primo que, por ocasião de uma revolta que teve contra o Muamar Khadafi, morava na Líbia com a família. Ele trabalhava na Braspetro. Enquanto na tv aqui no Brasil anunciava que estava tudo bem com os brasileiros, a família dele já estava chegando em São Paulo e ele, meu primo, preso lá. Depois ele foi solto e não voltou a trabalhar na Líbia. Ele contou que a rebelião foi dominada e os rebeldes foram executados em um estádio de futebol e a população obrigada a assistir..comendo pipoca, tomando sorvete, igualzinho fosse uma partida de futebol.
O que é isso?
Barbárie.
Então, acredito que as coisas estão como não se pode prever nesse país em especial. São 42 anos de repressão, o povo tratado com deprezo pelas suas vidas. Portanto, muito provavelmente a selvageria corra
solta. Não posso duvidar dessa reportagem.
Vejam só a notícia do MSN:



Aeronaves militares abrem fogo em vários locais de Trípoli

LONDRES (Reuters) -
Aeronaves militares atacaram uma multidão de manifestantes antigoverno em Trípoli, capital da Líbia, disse a televisão Al Jazeera.

O líbio Soula al-Balaazi, que disse ser ativista da oposição, afirmou à rede por telefone que caças da Força Aérea líbia bombardearam 'alguns locais em Trípoli'. Ele disse que falava de um subúrbio de Trípoli.

Nenhuma verificação independente da notícia estava disponível no momento.

Outro morador da capital também afirmou à TV que diversas áreas da capital estão sendo bombardeadas.

'O que estamos testemunhando hoje é inimaginável. Aviões de guerra e helicópteros estão bombardeando indiscriminadamente uma área depois da outra. Há muitos, muitos mortos', disse Adel Mohamed Saleh.

Um analista da consultora Control Risks, com sede em Londres, afirmou que o uso de aeronave militar contra o seu próprio povo indica que o fim está próximo para Muammar Gaddafi.

'Esses realmente parecem ser os últimos e desesperados atos. Se você bombardeia a sua própria capital, é muito difícil ver como você pode sobreviver', disse Julien Barnes-Dacey, analista da Control Risks para o Oriente Médio.

'Mas eu acho que Kaddafi vai comprar a briga. Acho que os rumores dele fugindo para a Venezuela vão se provar errados. Na Líbia, mais do que em qualquer outro país na região, há a perspectiva de violência grave e conflito direto.

O secretário de Relações Exteriores britânico, William Hague, afirmara mais cedo que Gaddafi poderia estar se dirigindo para a Venezuela, mas uma fonte do governo em Caracas negou a informação.
(Reportagem de Giles Elgood)


http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo.aspx?cp-documentid=27750379

Apesar disso, vemos que tem que haver essa "primavera árabe" para que daí nasça uma nova ordem social e econômica, justiça social. Claro, uma democracia não é igual à outra, nem um país é igual ao outro e cada país encontrará seu modo único de viver a paz.
Porém a ordem sairá do caos.
Vamos torcer muito por eles, rezar para que se saiam bem nessas legítimas aspirações.
Certamente um novo Mundo vem aí e vamos ver isso acontecer.

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Mensagem  estel Qui 24 Fev 2011 - 12:52

Parece que agora é a vez da China.

Estão falando em revolução do jasmin, que o porta voz do governo já tratou de abafar.


Abraços,
Estel.

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RUMO A 2012: CAEM OS DITADORES? A VEZ DO "MUNDO" ÁRABE Empty Re: RUMO A 2012: CAEM OS DITADORES? A VEZ DO "MUNDO" ÁRABE

Mensagem  fadinha Sex 25 Fev 2011 - 12:19

Olá Estel.

Também ouvi falar mas ainda não consegui ler algo mais profundo a respeito e nem formar opinião. Ando com falta de tempo. Se voce souber alguma coisa, coloque aqui, nós todos agradecemos.

Ah, só para não perder o hábito: esse Muammar Khadafi, visto do ponto de vista da evolução espiritual seria uma pessoa que tem que aprender a lidar com o Poder, pertence ao raio azul. Apenas ele não sabe que o Poder deve vir acompanhado da SABEDORIA e do AMOR. Com Sabedoria e Amor ele seria um líder completo e do bem.

fadinha

Recebi hoje e vou postar aqui porque achei muito bom:

ESPECIAL STUM:

Nada será como antes!

De onde se origina tanta coragem e também tamanha covardia?
O que impele cidadãos normais, homens e mulheres que em tudo se parecem com muitos de nossos vizinhos e amigos a desafiar de peito aberto as tropas que atiram contra eles indiscriminadamente?
Que governantes são esses que mandam matar seus compatriotas desarmados que pacificamente se reúnem em praças e avenidas clamando por mudanças, por dignidade, liberdade e justiça?
Como ainda era, e é possível, no XXIº século, manter milhões de pessoas em condições sócio-econômicas, culturais e materiais degradantes, impedidas de ter acesso a uma vida plena, norteada pelo livre-arbítrio e pelas leis naturais?
O que fazem as "grandes potências", além de pensar em ameaçar a imposição de "pesadas" sanções econômicas a esses ditadores que durante décadas foram por elas apoiadas?

Finalmente, al go extraordinário permitiu que pessoas subjugadas e até então esmagadas, manifestassem a força da Unidade, seu poder inato, a determinação a dar um basta a tantos desmandos, corrupção, nepotismo e violação dos direitos humanos. No mundo de hoje, em que a poderosa mídia (privada e estatal), ainda manipula e esconde a verdade, filtrando cuidadosamente aquilo que pode ser lido, divulgado e o que deve ser censurado e vetado, uma ferramenta nova que V. conhece muito bem está revolucionando nosso planeta: sim, me refiro à democrática e onipresente Internet. "A Rede" é hoje um enorme multiplicador de idéias e reivindicações. A utilização focada e correta das redes sociais se encontra na origem do sucesso de todos os movimentos que estão riscando de vez do mapa ditadores vitalícios, governantes medievais que tratavam a maioria da população como gado, como escravos, como seres descartáveis.

E a Internet está tão presente na vida dos governos do mundo inteiro, das empresas, das famílias, dos sistemas de saúde, educacionais, na ordem pública, em cada serviço e evento, que já não pode mais ser silenciada, tirada do ar, paralisando -além dos que protestam-, todo um pais, criando insustentáveis perdas na economia, bem como no funcionamento de toda sua infra-estrutura...
Parece que somente agora estamos percebendo a que veio esta ferramenta que informa, ensina, une e permite nos comunicar instantaneamente com nossos semelhantes em qualquer parte do mundo, trazendo na tela de nossos micros via Twitter ou Facebook textos e imagens aterrorizantes, impactantes, que nunca veríamos divulgadas. E, principalmente, organizando estratégias vencedoras e eficazes de agrupamento, defesa e fuga nos enfrentamentos contra as milícias dos tiranos.

Uma onda de profunda transformação está varrendo a Terra.
Para quem acompanha o que acontece agora no mundo, Tunísia, Egito, Bahrein e Líbia, para citar os principais , trata-se de algo absolutamente sem precedentes, comparável, quem sabe, à queda da cortina de ferro e do comunismo em 1989.
A partir de agora, nenhum governo, eleito democraticamente ou não, seja uma monarquia ou republica, poderá ignorar onde e com quem fica de fato o poder, que emana da verdade, da vontade, até o momento desprezada, dos seres humanos despertos, conscientes mais e mais de sua força e de seus direitos.

Percebemos claramente a podridão e a fraqueza que impregnam todas as estruturas que ainda dominam as nações, e não somente os governos, mas ainda os bancos, os sistemas educacionais, os jurássicos serviços públicos, os contaminados sistemas de saúde, as religiões que nos iludem e tentam nos controlar, as grandes corporações transacionais, os fabricantes de armas e os senhores das guerras, os que se abarrotam com desvios de verbas e comida, que despudoradamente poluem o ar, a Terra, a água. Sem falar da produção e distribuição de alimentos transgênicos , com os obscuros senhores da mídia escondendo, camuflando a verdade dos fatos, trazendo até nós banalidade, fofocas, consumismo desenfreado e medo, muito medo.

O Universo está mostrando que chegou a hora.

O grito de dor dos oprimidos se tornou forte demais, rasgando o éter e dando a volta ao mundo, sendo ouvido forte e claro por toda parte. Só não o escuta quem não quer, quem se coloca acima dos demais, acha-se diferente, superior, como ungido por algo sobrenatural, satânico. Em realidade, de nada servirão as riquezas amealhadas saqueando os povos, ou as poderosas armas guardadas em seus arsenais e palácios, obrigados que são a comprar a felicidade, a fidelidade e os prazeres das "Mil e uma noites". Talvez ainda sejam tão ignorantes acerca das leis da vida que não conheçam nem a primeira, a do carma, que os colocará, quando de sua passagem a outro plano, a sofrer tudo que eles, conscientemente ou não, impuseram a outros irmãos de caminhada.

Nada será como antes, a História está acontecendo a passos largos e nós também somos convidados a fazer nossa parte, enviando Luz a todos que são perseguidos, maltratados, feridos ou que desencarnam nos confrontos, que hoje em dia afetam a vida de todos os habitantes do globo, inclusive a de muitos brasileiros que lá trabalham a serviço de grandes empreiteiras daqui e que ainda não conseguiram sair da Líbia em ruínas, nem por mar nem pelo ar.

Devemos permanecer atentos e qualificar como extremamente positivos todos esses acontecimentos que estão apenas começando, interpretando a mensagem do Universo como uma enorme injeção de ânimo e esperança para os muitos que se sentiam abatidos, esmagados pelo aparente isolamento, pelas infinitas injustiças e pela tirania reinantes.

Estamos começando a valorizar mais e mais nossa missão, a ver nossa caminhada como parte de um plano superior que visa recolocar Luz e ordem no caos, espalhando boas novas, bem-av enturança e trazendo de volta a beleza e a harmonia de todos os reinos e tudo o que existe.

Homens e mulheres livres, despertos e de olhos bem abertos farão do mundo um lugar de paz, de amor, de felicidade. Sim, somos todos um só, somos muitos e estamos nos reencontrando, resgatando os valores da Unidade, da Fraternidade, da Verdade que liberta, dispostos a realizar com honradez, coragem e determinação o que nos cabe por direito divino.

Vamos em frente e para cima, não existem outras alternativas...
Sei que muitos dos que lerem esta mensagem ainda vivenciarão o Paraíso aqui mesmo. É só uma questão de tempo, mantendo a coerência e a integridade!

Agradeço aqui os queridos e pacientes Guias e mais a turma toda que permite que o site exista: Rodolfo, Sandra, Teresa, Marcos, Anderson, Ian, Lidiane... e Você!

Namastê (O Deus que existe em mim saúda o Deus que habita em Você).

Sergio STUM




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Mensagem  estel Sex 25 Fev 2011 - 13:21

Artigo postado no site do Terra:

A ideia de uma "Revolução do Jasmim" acontecer na China, alimentada pelas recentes convocações de protestos em cidades do país asiático, é "ridícula e nada realista", destacou um porta-voz do governo chinês citado nesta quinta-feira pela agência oficial Xinhua.

De acordo com Zhao Qizheng, porta-voz da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (principal órgão assessor estatal), os problemas denunciados pelos manifestantes, como corrupção e desigualdade, "são assuntos aos quais o governo não está alheio". "Muitos desses problemas estão sendo solucionados, está progredindo", ressaltou Zhao aos jornalistas.

Em 20 de fevereiro, cerca de 100 pessoas se manifestaram em Pequim, Xangai, Cantão e Hong Kong, respondendo a uma convocação de protestos em 13 cidades chinesas pela internet para exigir mais postos de trabalho, moradia e justiça. O movimento foi denominando "Molihua Gemin" ("Revolução do Jasmim", assim como os protestos ocorridos na Tunísia).

As manifestações foram respondidas com uma forte presença policial e acabaram sendo um relativo fracasso, mas apareceram novas convocações na internet para os próximos domingos nos mesmos lugares do dia 20. O objetivo é reivindicar que o regime ponha fim à corrupção, dê ao povo o poder de supervisioná-lo, melhore a liberdade de imprensa e garanta a independência da Justiça.

Causou polêmica o fato de o embaixador americano na China, Jon Huntsman, ter sido visto nos protestos do último domingo, em imagens divulgadas através de um vídeo postado na internet na terça-feira.

A embaixada americana em Pequim assinalou nesta quinta-feira que Huntsman e sua família se encontravam no local, por coincidência, após uma visita turística à Praça da Paz Celestial.



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Mensagem  estel Sex 25 Fev 2011 - 13:23

Se é verdade ou não, o fato é que as pessoas não aguentam mais, é inevitável que mudanças aconteçam.

Os poderosos estão começando a se preocupar com a situação.

Esse Kadafi agora quer distribuir dinheiro par ao povo, porque não fez isto antes?


Abraços,
Estel.

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Mensagem  fox_2001 Sáb 26 Fev 2011 - 17:39

estel escreveu:Se é verdade ou não, o fato é que as pessoas não aguentam mais, é inevitável que mudanças aconteçam.

Os poderosos estão começando a se preocupar com a situação.

Esse Kadafi agora quer distribuir dinheiro par ao povo, porque não fez isto antes?


Abraços,
Estel.

Os poderosos estão neste momento a tremer porque por vezes o que parece certo dá errado, e o que aparenta estar errado dá certo, penso que alguma ilusão de implementação de uma NOW, será mera ilusão, um grande mestre destes nossos tempos tem na pedra do seu túmulo que o reiki se espalhará pelo mundo e curará o mundo, e objectivamente eu como Reikiano creio nessa afirmação.
o Mundo está em mudança na essência da sua consciência, largos passos precisão ainda de ser dados, o Mundo só será mundo se todos convergirmos e respeitarmos os outros sem olhar a raças credos ou outros preconceitos.
Fica uma noticia que me alegra, o mundo é de todos e não apenas de um punhado deles

Brasil: Juiz manda suspender construção da barragem de Belo Monte
fonte:http://aeiou.expresso.pt/brasil-juiz-manda-suspender-construcao-da-barragem-de-belo-monte=f634676


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Mensagem  fadinha Qua 2 Mar 2011 - 22:49

Olá amigos.

As coisas se tornaram muito cruéis na Líbia.
Infelizmente esse ditador Kadafi se comportou como era esperado, como um sanguinário, uma pessoa sem nenhum sentimento, enfim, uma pessoa de uma crueldade sem limites. Nós que somos um tanto mais avisados nos perguntamos: qual será a origem desse homem? e dos seus asseclas? qual?

No entanto me parece que os jovens árabes aos quais os ditadores estão imputando essa revolta não tem motivação religiosa e nem são degenerados como O Kadafi diz, influenciados pelas idéias estrangeiras e drogas. A revolta que deles se apossou é muito legítima com a falta de perspectiva de suas vidas porque ao acessarem a internet, uma tv internacional, podem ver outros jovens como eles tendo uma vida que eles também podem ter...mais de acordo com o momento mundial que é de evolução... sem fronteiras. Porém eles tem fronteiras: começa que não têm liberdade de ir e vir. A falta de perspectivas de futuro e o conhecimento gerado pelo contato com outros povos fêz deles revoltados contra quem os oprime.
Essa opressão que não está sendo tolerada, essa escravidão. A motivação da revolta é a repressão de milênios, bárbara, cruel, assassina.

Sabemos que das nossas atitudes, das nossas mentes, do nosso pensamento, mas, sobretudo e o que nunca se fala, da nossa espiritualidade, depende a criação do Novo Mundo.
Como será esse novo mundo?
Aí é que podemos mostrar que aprendemos alguma coisa, nosso futuro depende disso, somos hoje o resultado do passado (carma + darma) mais a influência do momento pelo qual passa a Terra como corpo global.
A Terra está evoluindo. E nós também.
Então é ver nesse movimento tão sério, tão necessário de libertação de um povo todo com o maior positivismo. Sabemos que existe a sombra. Nem vamos olhar para ela, vamos olhar só para a Luz, valorizar a luz que vemos nesses povos, realçá-la muito e assim ajudá-los pois essa é a nossa tarefa como trabalhadores da luz!

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RUMO A 2012: CAEM OS DITADORES? A VEZ DO "MUNDO" ÁRABE Empty Re: RUMO A 2012: CAEM OS DITADORES? A VEZ DO "MUNDO" ÁRABE

Mensagem  fadinha Dom 6 Mar 2011 - 17:55

Alguém que se entusisma também com a revolta árabe e pensa que este mundo ainda tem jeito! será que estamos sendo testemunhas da história?

fadinha

Revoltas árabes ecoam Revolução Francesa, diz historiador
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CLAUDIA ANTUNES
DO RIO

Historiador da Revolução Francesa, Robert Darnton anda emocionado com as imagens e informações que chegam do Oriente Médio. "É o tipo de coisa que faz o seu peito apertar, traz lágrimas aos olhos e faz você pensar que a humanidade pode se regenerar."

O professor de Harvard vê neste 2011 ecos de 1789 e outros períodos revolucionários --na rebelião contra a tirania e na reafirmação do que chama de "possibilismo", espécie de explosão utópica que faz populações acreditarem que são capazes de mudar regimes que antes pareciam inamovíveis.

Testemunha da queda do Muro de Berlim, em 1989, Darnton adverte porém que é cedo para chamar os eventos atuais de revoluções. "Vamos demorar a saber se haverá uma mudança fundamental."

Abaixo, a íntegra da entrevista.

FOLHA - Observando os acontecimentos no Oriente Médio, o sr. diria que o lema da Revolução Francesa liberdade, igualdade, fraternidade está vivo?

ROBERT DARNTON - Bem, não tenho tanta certeza sobre a fraternidade porque há mulheres envolvidas, e a palavra teria sentido diferente hoje do que tinha no século 18. Tivemos o movimento de liberação feminina, e está claro que esses protestos no Cairo e em outros lugares não foram feitos só por homens.
Mas certamente liberdade e igualdade estão presentes, em especial a liberdade. O interessante é que a maioria dos protestos no mundo árabe se dirige contra o que é visto como tirania ou despotismo. Claro que as pessoas querem empregos e melhores condições de vida, mas parecem protestar especialmente contra os abusos e a corrupção do poder.
Isso é fascinante porque acho que era o que ocorria também no século 18. Segundo a interpretação marxista, a Revolução Francesa foi uma luta de classes [da burguesia contra a aristocracia feudal]. Havia conflitos de classe, claro, mas não acho que isso explique aquela revolução. Do mesmo modo, não acredito que explique o que está acontecendo no mundo árabe, mesmo que a pobreza seja um fator crucial.
Muito da minha pesquisa sobre a Revolução Francesa é revisionista no sentido de que mostro que o despotismo era o fator fundamental nas primeiras fases e mesmo durante o período do Terror [de execução em massa dos considerados contrarrevolucionários]. Esse é um dos aspectos em que encontro ecos de 1789 em 2011.

Quando me refiro a fraternidade no caso, me refiro à humanidade, não só aos homens.

Acho que o seu entendimento é correto. A referência [no século 18] era às reivindicações universais de liberação. Nesse sentido, a fraternidade é ainda hoje relevante. Mas não acho que você encontrará pessoas usando essa palavra no mesmo sentido usado há 200 anos.

No livro "Ecos da Marselhesa", o historiador Eric Hobsbawm, que é marxista, diz que a Revolução Francesa plantou uma ideia mais ampla do que a luta de classes, a de que a ação dos povos pode mudar a história. O sr. concorda?

Completamente. Sou amigo de Hobsbawm e acho que ele está certo nisso. Mas a antiga fórmula marxista é que uma revolução é uma contradição entre as relações sociais de produção e as forças produtivas. E não vejo nada disso acontecendo hoje.
Temos em geral dois modelos que competem pela interpretação das revoluções: o marxista e o que vem de [o pensador francês Alexis de] Tocqueville, que tem muito apelo no Ocidente liberal. Sua ênfase é na centralização do poder em um só lugar, em geral a capital, na ideologia e na melhoria de condições econômicas como fator de aumento das expectativas, que então são frustradas.
Tenho procurado sinais desse modelo no Egito e em outros lugares. Não tenho a pretensão de ser um especialista na região, mas vejo lá três coisas que sobressaem.

E quais são elas?

A importância da comunicação e da opinião pública; o que chamo de possibilismo, que é do que fala Hobsbawm quando se refere à mobilização das massas; e por fim o poder dos símbolos.

O sr. comparou os "rumores públicos" da época da Revolução Francesa com as redes sociais virtuais de hoje...

Os analistas destacam o papel de Twitter, Facebook, câmeras digitais etc.
Diria que é um pouco mais complicado. Além da existência crucial de novos meios, está o que chamo de força eletrizante de acontecimentos reais, que foram transmitidos e amplificados por eles, criando uma consciência, uma imaginação coletiva.

O movimento de 25 de Janeiro no Cairo foi isso. Não podemos simplesmente dizer que mídia moderna possibilitou a derrubada de regimes tirânicos. É o modo como a mídia é usada.
O fato de esse rapaz, Wael Ghonim [diretor do Google], ter posto no Facebook a imagem dessa pobre vítima de violência policial [o jovem Khaled Said] é tão importante quanto a existência do Facebook. O que importa é a habilidade de encontrar símbolos que energizam a imaginação coletiva.

E o que o sr. quer dizer com possibilismo?

Me refiro à liberação de uma espécie de energia utópica com manifestações massivas. O poder da rua, do contato humano, a transmissão oral de mensagens _afinal quando a internet foi cortada a palavra foi transmitida boca a boca. É isso que os franceses queriam dizer quando falavam de "emoções populares" para se referir a tumultos, revoltas.
Há uma dimensão passional que torna as pessoas convencidas de que elas podem mudar coisas que antes pareciam inamovíveis, obter coisas que antes pareciam fora de suas possibilidades.
Creio que esse sentido de energia utópica, ou possibilismo, foi liberado nas grandes manifestações no Oriente Médio e norte da África.

E o sr. identificaria os símbolos que potencializam esse sentimento?

É o meu terceiro ponto, o poder simbólico, que é um poder real, capaz de derrubar regimes. Ele envolve ações coletivas como tomar uma praça central, como a Tahrir, e outras praças na região. É como tomar a Bastilha, que se tornou um símbolo do despotismo, apesar de só haver sete pessoas lá no 14 de Julho de 1789.

Passei meses lendo os arquivos da Bastilha e vi que não era um centro de tortura. Mas era um símbolo do abuso de poder. O que acontece é que os manifestantes se unem em torno de um símbolo e particularmente de um inimigo comum, que foi o que [o ex-ditador egípcio Hosni] Mubarak se tornou. Você via esses retratos de Mubarak que as pessoas levavam para os protestos, com orelhas de burro, chifres. Elas estavam dessacrando um símbolo, e acho que isso tem um poder imenso para energizar pessoas que estavam apavoradas com o poder arbitrário que ele representava.

O sr. fez uma comparação entre o papel do revolucionário francês Camille Desmoulins [que chamou à tomada da Bastilha] e o de Ghonim, que deu novo impulso aos manifestantes egípcios ao chorar na TV após sua libertação da prisão.

O interessante é que a maneira como essa entrevista eletrizou os egípcios tem a ver com o ceticismo das pessoas em relação à TV, até então controlada pelo governo. De repente elas estão assistindo e ele [Ghonim] desaba ao saber que manifestantes haviam sido mortos e deixa o estúdio. Havia tanta autenticidade em sua reação que ela rompeu a artificialidade das transmissões habituais.
Na Polônia [comunista], quando a TV anunciou que o sindicato livre Solidariedade havia sido reconhecido pelo regime, ninguém acreditou. É uma situação parecida. A mídia é tão manipulada nesses regimes autocráticos que as pessoas param de acreditar, e algo como esse incidente com Ghonim desafio esse ceticismo. Há esse elemento de autenticidade que pode ser a pólvora que desencadeia as emoções populares.

O sr. diz que a libertação da tirania é a reivindicação mestra nas rebeliões atuais. Um dado interessante é que mesmo os governantes que não eram herdeiros de dinastias monárquicas, como Mubarak ou o líbio Muammar Gaddafi, pretendiam transferir o poder aos filhos. Há um elemento de republicanismo também comum a 1789, não?

Certamente. Dinastias estavam sendo criadas por pessoas que no passado se disseram revolucionárias, mas ficaram no poder por tempo demais. Nesse sentido podemos dizer que as revoltas têm caráter republicano, palavra que tem conotações importantes. Fala-se em republicanismo cívico para evocar o ideal de comunidade e participação cidadã na vida coletiva de uma entidade política. Algo assim está acontecendo e aconteceu na Revolução Francesa, uma emoção republicana, um surto de consciência coletiva dirigido contra o alvo visto como tirânico.

Podemos identificar uma revolução no momento em que ela acontece ou temos que esperar? No Oriente Médio, não está claro que tipos de regime surgirão.

A palavra revolução é usada para tudo e perde sua força. Fala-se em revolução nas técnicas do futebol, na moda. Mas se por revolução nos referimos à transformação de um sistema político pela violência, por rebeliões populares, temos que esperar. Vamos demorar a saber se haverá uma mudança fundamental ou não. Nos sentimos muito tocados pela bravura do povo egípcio, por exemplo, por sua audácia, e queremos chamar o que está acontecendo de revolução. Mas temos que esperar a poeira assentar e examinar todos os elementos que entraram na crise, na explosão e na reconstrução antes de poder determinar a profundidade desses eventos.

No caso da Revolução Francesa, as pessoas que a estavam vivendo a chamavam já desse modo, não?

Sim. Passei algum tempo pesquisando o significado da palavra em francês, e ela está ligada ao verbo girar, um movimento de volta a um ponto inicial. Mas quando as pessoas falavam que estavam fazendo uma revolução estavam dando um novo significado à palavra. Mas ouso dizer que em alguns casos há pessoas que se denominam revolucionárias que na verdade promovem apenas um tumulto que se esgota e não muda nada.

O sr. fala de revoluções de expectativas crescentes, segundo a tese de Tocqueville, e nos casos de Tunísia e Egito isso fez parte do diagnóstico: uma população jovem, com maior nível de educação que seus pais e avós, mas que não via meios de progresso num sistema autoritário.

Acho que esse foi o caso. E envolveu também intelectuais alijados. Está claro que muitos manifestantes nesses dois países eram jovens universitários que se uniram também a trabalhadores. Eram desempregados qualificados que sentiam que sua vida estava sendo desperdiçada, que não havia lugar para eles no velho regime. O fato de essas pessoas serem tão jovens e tão educadas é para mim crucial e isso se encaixa no modelo geral de Tocqueville para revoluções.

Uma outra comparação possível é com as revoluções de 1989 no Leste Europeu. Lá, como no Oriente Médio, não havia uma vanguarda política clara como os jacobinos na França ou os bolcheviques na Rússia. Após o fim do comunismo, ex-comunistas assumiram o poder em muitos países. Isso pode acontecer também no Oriente Médio?

Acho que é um ponto válido, e não sei a resposta. No caso dos clubes dos jacobinos, ele não existiam antes de 1789, se desenvolveram naquele ano e nos seguintes. Alguns historiadores argumentam que eles tinham precursores nas chamadas "sociedades de pensamento", grupos de intelectuais, mas não acho que isso seja verdade. No caso da Revolução Russa, havia um partido leninista altamente organizado. Não vejo nada parecido no Egito, Tunísia ou Iêmen.

As pessoas mencionariam os grupos islamistas, como a Irmandade Muçulmana no Egito. Pode ser que ela se torne o ingrediente jacobino, mas não sei. Minha impressão é que há uma noção muito variada e desorganizada do "povo" indo às ruas, como havia na França em 1789. Mas não vejo nenhum tipo de estrutura preexistente em torno da qual o poder pode se concentrar para empurrar a revolução para o próximo estágio. Pode ser que esteja lá e não a descobrimos ainda.

Por que as revoluções são tão raras e tão difíceis de prever?

Não sei. Ninguém previu esta explosão agora. E eu estava em Berlim em 1989 quando o Muro caiu, no Instituto de Estudos Avançados, com especialistas de todo tipo, e ninguém tinha a mínima noção de que estava para acontecer o momento que poria fim à Guerra Fria.
Na verdade não entendemos as forças profundas da história. Eles entram em erupção subitamente e nos fazem repensar nossas categorias de entendimento. Por isso falo em "possibilismo". Nós historiadores que apenas medimos o preço dos grãos fracassamos em levar isso em consideração.

Por que a influência global da Revolução Francesa é maior do que a da Americana [1776], se houve influência mútua entre ambas e esta aconteceu antes?

É difícil medir influência. No entanto é irrefutável que a Revolução Francesa teve tremenda influência nos séculos 19 e 20. A apropriada pelos marxistas, se tornou um ingrediente da Guerra Fria. Foi vista como a mãe de todas as revoluções, e tenho que admitir que essa é a minha visão. Mesmo Leon Trotsky [1879-1940] na Rússia estava tão convencido do modelo francês que começou a ver sintomas de uma reação termidoriana [referência à condenação à morte de Maximilien Robespierre e ao fim do comando jacobino da revolução, em 1794].
A Revolução Americana jamais foi tratada dessa forma. Mas foi um evento revolucionário e importante de outras maneiras, em particular na noção de uma colônia derrubar o país-mãe e criar uma nova sociedade com seu próprio sistema constitucional. Me parece que esse exemplo também teve ressonância. Há diferentes tipos de revolução, mas acho que a dimensão, o drama e a violência da Francesa foram muitos maiores do que os da Americana.

Há algo mais que o sr. gostaria de acrescentar?

Só que eu acho que [os acontecimentos no Oriente Médio] são comoventes demais, e inspiradores. É o tipo de coisa que faz o seu coração apertar, traz lágrimas aos olhos e faz você pensar que a humanidade pode se regenerar. Há essa enorme população de pessoas vivendo na pobreza, submetidas à tirania e à tortura, e elas tiveram a coragem de ir às ruas e derrubar regimes que monopolizavam o poder. É de tirar o fôlego. Eu só espero que isso não degenere em guerra civil e no restabelecimento de sistemas de interesses escusos e corrupção.

fadinha

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RUMO A 2012: CAEM OS DITADORES? A VEZ DO "MUNDO" ÁRABE Empty Re: RUMO A 2012: CAEM OS DITADORES? A VEZ DO "MUNDO" ÁRABE

Mensagem  Convidad Seg 7 Mar 2011 - 9:31

Jornais e TV´s do mundo escondendo a verdade por interesses sujos : Pedindo preces, paz e luz para o povo irmão da Líbia :

(pt) Urgente: massacre e revolução na Líbia [en, fr, ca, it]
Date Fri, 25 Feb 2011 19:55:44 +0100


Os relatos provenientes da Líbia são impressionantes. O regime de Gaddafi
está perpetrando um massacre cruel sobre a insurreição da massa. Os
mercenários recrutados pelo regime de Gaddafi (o equivalente aos ?baltagi?
do regime de Mubarak), ao lado do exército regular e as forças de
segurança, abriram fogo contra o povo líbio desarmado, ou, em alguns
casos, armados apenas com armas de fogo muito leves. As forças repressivas
do regime não apenas usam armas de fogo, mas também de artilharia,
tanques, aviões e helicópteros de combate. Do ponto de vista militar, esta
não pode ser considerada uma guerra. Aliás, esse é um massacre conduzido
pelo regime de Gaddafi sob a supervisão das potências imperialistas da
Europa e dos Estados Unidos que, como sempre, só se preocupam com petróleo
e dinheiro, apenas para o lucro, e não os direitos humanos ou até mesmo
vidas humanas.

O governo Europeu e estadunidense estão mantendo um silêncio vergonhoso,
que diz mais do que qualquer possível declaração. No fundo eles estão
apoiando os assassinos, a ditadura, contra a rebelião em massa, como
fizeram na Tunísia e no Egito, para em seguida mudar de lado quando o
triunfo da revolução torna-se inevitável. E não há nenhum segredo nisto.
Trata-se apenas de todo o petróleo e dinheiro que deve permanecer nas mãos
de ditadores, e não dos povos. E, como aconteceu antes no Bahrein, Tunísia
e Egito, a maioria das armas antidistúrbio e sua munição usada pelas
forças do regime para assassinar e reprimir o povo, são provenientes de
empresas européias e estadunidenses. Duas noites atrás, o filho do ditador
líbio ameaçou as massas e ontem seus assassinos e mercenários passaram de
ameaça à ação. A ditadura de Gaddafi na Líbia é um exemplo perfeito de um
regime totalitário, como aquela sociedade opressiva descrita por George
Orwell, em seu romance "1984". Agora, o "Grande Irmão" tem travado uma
verdadeira guerra contra o seu próprio povo, ou mais precisamente, guiando
uma matança sangrenta contra os líbios em rebelião. Mais uma vez, estão
apelando para o "fantasma" dos fundamentalistas. Esta não é uma luta entre
os fundamentalistas e o regime; a luta está sendo travada entre as massas
e a ditadura.

Isto é simplesmente uma escandalosa manipulação da realidade; uma
tentativa descarada de justificar não só a repressão do regime, mas também
os seus crimes bárbaros, quando a verdade é que nada, absolutamente nada,
pode justificar os crimes do regime de Gaddafi, como o uso de tanques e
aviões de combate contra as massas desarmadas, contra as crianças e suas
mães.

Nós, os anarquistas e libertários, não devemos descartar a possibilidade
de alguma força repressiva (islâmica ou não) se apropriar da revolução.
Mas diante disso, não preferimos uma força de repressão não religiosa a
uma religiosa. Optamos pela verdadeira liberdade das massas, por uma
sociedade autogerida e organizada de forma livre e voluntária, de baixo
para cima. Diante deste cenário, vemos que a única resposta apropriada é a
ação direta popular desenvolvida pelas massas, e não para qualquer outro
tipo de repressão brutal exercida por uma ditadura feroz.

Aqui estão algumas notícias e comentários do blog de um companheiro
anarquista líbio (apenas em árabe). O link para o blog é:
http://saoudsalem.maktoobblog.com

? Centenas de pessoas assassinadas na Líbia - Gaddafi, o açougueiro,
escondido em sua fortaleza.

? Testemunhas relataram o fato de que um verdadeiro massacre acontece na
cidade de Benghazi, no leste da Líbia, onde dezenas de pessoas foram
mortas e centenas feridas. E os hospitais da cidade estão sobrecarregados
com pessoas feridas. Um advogado e ativista declarou à Al Jazeera que o
número de pessoas assassinadas pelas forças de segurança em Benghazi pode
aumentar para 200 e entre 800 e 900 feridos (escrito em 20 de fevereiro).

? Gaddafi bombardeou os líbios... e os líbios estão avançando para Trípoli.

? Benghazi, segunda maior cidade da Líbia, a mais importante depois da
capital Trípoli - onde a primeira centelha da revolta ocorreu em fevereiro
- está enfrentando um genocídio (escrito em 20 de fevereiro).

? A família governante (ou seja, a família Gaddafi) na Líbia, perdeu a
paciência e chamou os manifestantes de "bandidos".

? Parece que o abuso de poder por parte do regime e seu massacre contra os
manifestantes saiu pela culatra, tanto que até mesmo muitos membros das
forças armadas e da polícia se recusaram a disparar contra os
manifestantes e se uniram a eles, forçando o regime de Gaddafi a recrutar
mercenários de países pobres da África (escrito em 21 de fevereiro).

Mazen Kamalmaz

Anarquista sírio.

agência de notícias anarquistas-ana


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Mensagem  fadinha Qua 9 Mar 2011 - 10:35

OLá...

A onda de revoltas começou na Tunísia, em 17 de dezembro, após um desempregado de 26 anos, que fazia bico como vendedor ambulante, atear fogo no próprio corpo para chamar a atenção para a sua situação e protestar contra o autoritarismo da polícia, que o expulsou do local onde ele comercializava seus produtos. A morte do camelô virou símbolo da insatisfação popular contra o ditador Zine El Abidine Ben Ali e inspirou os tunisianos a se organizarem contra o governo.



Carta escrita por Mohammad Bouazizi antes da imolação.


Estou viajando mãe. Perdoe-me.
Reprovação e culpa não vão ser úteis.
Estou perdido e está fora das minhas mãos.
Perdoe-me se não fiz como você disse e desobedeci suas ordens.
Culpe a era em que vivemos, não me culpe.
Agora vou e não vou voltar.
Repare que eu não chorei e não caíram lágrimas de meus olhos.
Não há mais espaço para reprovações ou culpa nessa época de traição na terra do povo.
Não estou me sentindo normal e nem no meu estado certo.
Estou viajando e peço a quem conduz a viagem esquecer.


Então...sem palavras...

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Mensagem  Yvytu Qua 9 Mar 2011 - 22:24

Movimentos sociais convocam mobilização mundial
Assembléia dos Movimentos Sociais convoca mobilização mundial para o dia 20 de março de 2011 em apoio ao processo revolucionário nos países árabes. "Os movimentos sociais do mundo inteiro têm no dia 20 de março o compromisso de mobilizar-se massivamente para enviar uma mensagem clara aos poderosos do mundo: hoje, como os povos da Tunísia e do Egito demonstraram, os povos do Sul e do Norte já não aceitam pagar pela crise do modelo e estão prontos para retomar seus destinos em suas mãos e avançar na direção da justiça social e do respeito aos direitos da natureza", diz o comunicado.

A Assembleia dos Movimentos Sociais divulgou comunicado chamando para uma mobilização geral no dia 20 de março de 2011, em apoio ao processo revolucionário nos países árabes. Segue a íntegra do comunicado:

Depois dos avanços e vitórias concretas na América Latina durante os últimos anos, agora é do mundo árabe que vem o vento da liberdade e da esperança. A revolução da Tunísia não somente derrubou um ditador sanguinário, mas também abriu o caminho para outro mundo livre de opressão e exploração. Um após outro, os povos árabes rompem com a lógica do medo e recuperam seus destinos em suas próprias mãos irrompendo na cena política.

Como símbolo para todos os povos que lutam pela liberdade, dignidade e justiça social, é possível esperar que esse processo revolucionário vá mais além do mundo árabe. Mas a história nos ensina a não subestimar as forças do capital. Dia após dia, as potências imperialistas, do mesmo modo que as forças retrógradas internas, se organizam para contra atacar esse movimento de emancipação e retomar o controle. Eles utilizam todos os meios a sua disposição para impedir que os movimentos consigam obter suas demandas ou aprofundá-las. Além disso, os capitalistas dispõem de ferramentas poderosas: controlam os bancos, os meios de comunicação e o poder econômico.

Frente a esta ameaça permanente e organizada, frente a este capitalismo globalizado, só resta aos povos a opção de apoiar-nos mutuamente e lutarmos juntos. Hoje, os povos árabes necessitam urgentemente do nosso apoio. Quem não foi chamado a manifestar seu apoio e solidariedade?

A Assembleia dos Movimentos Sociais (MAS), reunida dia 10 de fevereiro, durante o Fórum Social Mundial 2011, em Dakar, chamou às forças e atores populares de todos os países a uma mobilização coordenada em nível mundial no dia 20 de março de 2011, para apoiar o processo revolucionário no mundo árabe. Nós, os movimentos sociais do mundo inteiro, temos no dia 20 de março de 2011 um compromisso com os povos árabes que se levantam hoje para demandar uma verdadeira democracia e construir um poder popular.

Nós, movimentos sociais do mundo inteiro, temos no dia 20 de março o compromisso de nos mobilizar massivamente para enviar uma mensagem clara aos poderosos do mundo: hoje, como os povos da Tunísia e do Egito demonstraram, os povos do Sul e do Norte já não aceitam pagar pela crise do modelo e estão prontos para retomar seus destinos em suas mãos e avançar na direção da justiça social e do respeito aos direitos da natureza. Nós, os movimentos sociais do mundo inteiro, faremos do 20 de março de 2011 o símbolo do início da reconquista popular conquistada há tanto tempo pelas forças capitalistas.

Redação
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17507


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Mensagem  Yvytu Qua 9 Mar 2011 - 22:30

RUMO A 2012: CAEM OS DITADORES? A VEZ DO "MUNDO" ÁRABE Foto_mat_26868
Sem as mulheres, não há revolução
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Agora, com as revoluções árabes, volta à tona a participação das mulheres nas revoluções. Nós também queremos igualdade, liberdade e não temos medo. Durante uma revolta social nossa participação é fundamental para que os avanços não fiquem só no plano formal e para que haja um questionamento profundo dos papeis atribuídos às mulheres e uma ruptura dos mesmos. Contamos com vários exemplos históricos nos quais temos visto que, quando as mulheres participam nas revoluções, a luta lado a lado com nossos companheiros de classe faz crescer a consciência. O artigo é de Angie Gago.

Angie Gago – Em Luta (Espanha)

Este mês volta a celebrar-se um novo 8 de março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. Durante esta jornada de protesto, milhões de mulheres em todo o mundo sairão às ruas para reivindicar seus direitos. Nestes momentos de crise econômica, nós mulheres estamos sofrendo os efeitos dos cortes sociais mais profundos em muitos anos. A reforma trabalhista, a reforma da Previdência e os cortes nos orçamentos dos serviços sociais (saúde, educação, etc.) afetam duplamente a mulher, que já está em uma posição de precariedade em relação a do homem. Encarregadas dos cuidados das crianças e anciãos e obrigadas a trabalhar por menos salário, as mulheres sofrem uma dupla cadeia dentro do sistema capitalista: a exploração e a opressão.

Mas nós também temos aparecido, ao longo da história, a frente das lutas sociais e democráticas. O dia 8 de março é um dia de visibilidade da luta pela libertação das mulheres. Mas cada dia, de maneira “invisível”, nós lutamos para conseguir nossa emancipação. Seja dentro dos sindicatos ou grupos políticos, seja dentro dos coletivos feministas ou com a luta diária de trabalhar e chegar ao fim do mês, temos um papel ativo essencial na transformação social.

Nas últimas semanas temos visto em repetidas ocasiões imagens de mulheres durante as revoluções árabes: Tunísia, Egito, Argélia, etc. Na primeira frente de batalha, na Praça Tahir ou na Praça Primeiro de Maio, as mulheres compareceram em massa aos protestos para derrubar os regimes autoritários que têm dominado seus países nas últimas décadas. Elas são destes países que o mundo ocidental quer invadir para libertá-las. Mas não se cansam de dizer que só serão libertadas por elas mesmas.

Ainda que haja infinitos exemplos nos quais as mulheres lutaram nas revoluções democráticas e sociais, sua imagem é sempre silenciada e sua história eliminada, a serviço do pensamento sexista e de um sistema econômico que necessita deixar as mulheres em um segundo plano. Ainda assim, ao longo da história, as mulheres se levantaram uma e outra vez para gritar que elas não são o segundo sexo.

Isso aconteceu na Revolução Russa de 1917, quando milhares de mulheres participaram na luta pela liberdade e o socialismo. Os avanços nos direitos foram rápidos e os mais avançados da época: direito ao divórcio, anticonceptivos, salário igual, socialização dos cuidados, etc. Ainda que a experiência tenha sido curta devido ao isolamento da revolução e à contrarrevolução levada a cabo pela burocracia stalinista, a experiência criou um precedente.

O tema já clássico “sem as mulheres não haverá revolução” foi se repetindo em diferentes ocasiões nas quais a luta pelos direitos sociais da classe trabalhadora andou de mãos dadas com a luta pela libertação da mulher. Durante a II República, as mulheres também conseguiram uma série de direitos que situavam a democracia do Estado espanhol como uma das mais inclusivas da época. E, durante a Revolução Espanhola, as mulheres tiveram um papel chave na conquista dos direitos sociais.

Nos momentos nos quais os povos se levantaram contra a tirania e o capitalismo, nós temos sido protagonistas dos movimentos de emancipação. No entanto, em nossa sociedade segue dominando a imagem da mulher passiva. Quantas revoluções mais faltam para eliminar este estereótipo?

Agora, com as revoluções árabes, volta à tona a participação das mulheres nas revoluções. Nós também queremos igualdade, liberdade e não temos medo. Durante uma revolta social nossa participação é fundamental para que os avanços não fiquem só no plano formal e para que haja um questionamento profundo dos papeis atribuídos às mulheres e uma ruptura dos mesmos. Contamos com vários exemplos históricos nos quais temos visto que, quando as mulheres participam nas revoluções, a luta lado a lado com nossos companheiros de classe faz crescer a consciência. Mas esse não é um processo automático. Por esta razão, nossa participação nas revoltas é fundamental para conseguir nossa libertação.

Recentemente, temos visto também como milhões de mulheres saíram às ruas na Itália para protestar contra a cultura machista promovida por Berlusconi. “Se não é agora, quando será?”, gritavam as companheiras italianas. Aqui, no Estado espanhol, também temos milhares de razões para sair às ruas. Cada ataque do governo aos direitos conquistados pela classe trabalhadora é um ataque a nossos direitos como mulheres. E se a isso somamos o genocídio contra as mulheres pela violência machista, a pergunta das companheiras italianas é nossa também. Neste 8 de março, sairemos todas à rua para lutar, mas no dia seguinte não voltaremos para casa.

(*) Angie Gago é militante de Em Luta (Espanha)

Tradução: Katarina Peixoto
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17521
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